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Duas Vidas

Publicado por Rodolfo Fonseca em Corpo e Mente

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Adoro esse filme!
Ele conta a história de Russ Duritz interpretado por Bruce Willis, um bem sucedido empresário que vai fazer 40 anos e atua como Consultor de imagem, ou seja, avalia às pessoas no que elas aparentam e o estipula o que se deve mudar para melhorar seu desempenho global visando status e sucesso...

Russ vive sua vida de maneira muito mesquinha e egoísta apenas preocupando-se em trabalhar e faturar, aparentando o tempo todo um ar rude e arrogante com os seus amigos e até com os seus clientes. Toda vez que encontra seu pai, Russ sempre age com muito desprezo e nunca atende ao mais simples pedido dele.

Mas um dia ele encontra, dentro de sua casa, um menino de 8 anos que curiosamente lembra muito alguém conhecido...
Acreditando estar afetado pelo stress do trabalho, Russ procura uma medica que lhe receita um calmante e pede para que ele relaxe e descanse. Russ, acreditando estar seguro com o tratamento, volta para casa e encontra novamente o menino e, desesperado, recorre imediatamente ao remédio que, porém não faz efeito nenhum. Ele tenta se livrar de toda forma do menino, que parece estar perdido e não consegue voltar para casa. Em pouco tempo, Russ vai percebendo fortes semelhanças no jeito de se expressar do menino e por fim acaba percebendo e acreditando que o menino seja ele mesmo mais novo!

O menino então começa a perturbar a rotina de Russ, atrapalhando seu sofisticado trabalho de consultor com perseguições e comportamentos nada discretos. Coagido, Russ revela o intrigante acontecimento a Amy, sua assistente, que tenta ajuda-lo a entender a presença do menino.
Um belo dia os 3 vão ao casamento de um amigo e lá o menino tenta aproximar afetivamente Russ e Amy, pedindo a mão de Amy em casamento e deixando Russ furioso. A reação de Amy é uma verdadeira lição em Russ, provando o quanto ele é insensível e estúpido. Mesmo assim, ela percebe às vezes uma pontinha de bondade nele. Mas Russ, pra variar, dá outra de suas patadas insensíveis e magoa Amy profundamente.

Ele e o menino vão para casa e então Russ tem uma intuição; ele acredita que se puder lembrar de seu passado, poderá levar o menino de volta para casa. Eles passam a noite conversando sobre os acontecimentos da infância e o menino fica tentando ajudar Russ a lembrar de algo relevante, mas isto é muito difícil para Russ, que levou anos tentando esquecer tantos fatos que só traziam vergonha e tristeza. Quando os dois estão no carro, o menino consegue lembrar de um caso muito importante que marcou sua infância... e como mágica eles conseguem voltar ao passado.

Eles então vão para a escola onde o menino estuda; e esse é o dia do aniversário dos dois! Como que voltando no tempo, Russ revive a luta quando apanhou dos seus colegas, e percebe que este fato tenha sido o responsável por seu fracasso social por tantos e tantos anos… então ele dá todas as dicas de que se lembra de como foi a luta para o menino que, com muita coragem, enfrenta os outros meninos e desta vez ganha a luta! Pronto, tudo resolvido... mas será?

Como o menino briga na escola, sua mãe, que está muito doente, tem de busca-lo e quando seu pai chega em casa e descobre o esforço que a mãe fez por causa do menino, fica furioso e briga asperamente com ele dizendo que sua mãe está morrendo e que ele é o culpado. A partir daí o pai exige que ele não chore mais e cresça finalmente!
Nesta ora o menino vai muito triste encontrar Russ que assistiu tudo, e pergunta sobre a mãe, e Russ confirma e explica melhor a situação, dizendo que ele não é o culpado pela doença de sua mãe, apenas seu pai está com medo e muito triste e nervoso, percebendo daí o real motivo de sua atual frieza e estúpida postura com seu pai, e também no trabalho e nos relacionamentos. Eles então saem para tomar um milkshake e tentar comemorar o aniversário.

Na lanchonete, um pouco mais animados, eles encontram um 3o Russ que é o responsável por toda essa trama, já com 70 anos e piloto de avião (sonho desde a infância de Russ). O piloto fala como foi bom encontrar os outros 2 felizes, percebe que seu plano deu certo e se despede indo embora com sua família…
Detalhe: Amy estava lá como sua mulher bem como o cachorro que tanto ele queria.

Russ não se sente mais como um fracassado e agora sabe que sua vida pode ser ótima sim e os dois comemoram pulando e gritando muito felizes... quando Russ se acalma, percebe que está só e de volta ao presente, agradece a presença do menino e agora já consciente de tudo que pode fazer, corre para dar um novo rumo a sua ‘Vidanova’.

FimConclusão e Comentários

Imaginem se tivéssemos a oportunidade que Russ teve?
A oportunidade de poder rever nossa infância, conversando com nossa versão jovem e assim ajuda-la a ser melhor para, no futuro - o nosso presente - nos tornarmos adultos melhores...
E se eu dissesse que isso é possível! O que V. faria?

O tema captado pela Walt Disney é simplesmente maravilhoso. Ele usa a fantasia que um encontro de um frustrado homem de negócios tem com sua versão mais nova, feliz e inocente.
Imagine esse encontro para uma pessoa como Russ que sofreu traumas na infância influenciando-o a escolher uma postura mais séria do que o necessário para toda sua vida futura.

Não temos uma medida certa para o amadurecimento, mas podemos perceber o quanto as pessoas ficam mais sérias quando a idade vai aumentando. Elas dizem que agora podem ver como o mundo é cruel, os homens são injustos, viver custa muito dinheiro, contas para pagar... Mas será que isso é o necessário para nos fazer perder nossa pureza? Será que realmente devemos aparentar tanta maturidade?

Me reconheci muito com esse filme e com as escolhas que Russ fez. Também sofri a separação de meus pais ao 7 anos, morei com minha mãe até os 13 quando decidi passar a morar com meu pai. Comecei a trabalhar aos 15, aos 18 já era profissional autônomo prestando consultoria em informática e aos 21 me tornei empresário. Hoje estou à beira dos 23 e vejo como os últimos anos passaram rápido. Olho para minha expressão no espelho e sempre vejo um cara muito sério e geralmente de cara fechada. Nunca participei de uma turma de rua, nunca fui de sair e jogar bola com os amigos, mesmo quando era convidado e autorizado pelos meus pais. Acabei fazendo, talvez muito cedo, uma escolha de vida séria e responsável; detalhe, não fui cobrado disso, foi escolha minha.

Mas o caso de Russ é mais sério, ele sofreu um grave trauma na infância, quando seu pai o acusou de estar “matando sua mãe”, essas palavras, mesmo sem má intenção, é para uma criança, um trauma irreversível na maioria dos casos, contribuindo para formar uma personalidade geralmente muito revoltada e agressiva.
Russ provavelmente não poderia ter se tornado uma pessoa alegre ou espontaneamente feliz. Mas seu reencontro com sua personalidade antes do trauma, trouxe lembranças e também a verdadeira conscientização que ele até então não havia tido: a de que ele não era culpado pela morte de sua mãe e deveria perdoar seu pai pelo momento de desespero ao acusa-lo injustamente disso.

Ao escolher relembrar os fatos que Russ fez tanta força para esquecer, ele decidiu também por buscar soluções que sempre carregou dentro de si mesmo.
E a simples descoberta foi que a resposta para todas era o perdoar. O perdão limpou sua alma e sua história de sofrimento e auto-cobranças por uma postura sempre séria e responsável.
Precisamos sorrir e porque não rir, gargalhar até fazer xixi nas calças. A chuva não vai nos matar como tantos acham ainda hoje. A padaria não é tão longe que precisamos ir de carro... Sim! Podemos sim fazer as coisas de maneira simples e natural como nos parecia possível antigamente.

As duas lições que aprendi com esse filme foram:
- Buscar sempre a visão clara que eu tinha do mundo antigamente, pois ela na maioria dos casos pode resolver tranqüilamente meus problemas atuais.

- Perdoar PRA VALER qualquer pessoa ou acontecimento do passado ou presente o quanto antes, para assim poder continuar minha vida deixando todo o espaço possível para vivenciar o que está acontecendo agora.


janeiro de 2002

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Rodolfo Fonseca é co-fundador do Site Somos Todos UM
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