Estímulos - podem ser apenas pontes

Estímulos - podem ser apenas pontes
Autor Teresa Cristina Pascotto - [email protected]
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Após um período em que passamos por alguma situação que tenha nos levado a um nível de estresse, insatisfação e dor mais intensos, atingimos um ponto tal de desequilíbrio que acabamos nos "anestesiando", na tentativa - inconsciente - de não sofrermos mais essas sensações dolorosas. Passamos, então, a viver rotineiramente, onde fazemos tudo de forma automática, sem experimentarmos nenhuma sensação de prazer ou alegria, mas também sem dor.

Começamos a reagir à vida de forma insensível e alheia à realidade - tanto interna como externa. Tudo passa a não fazer sentido e já não faz mais diferença se acontecem coisas boas ou não em nossa vida. Ficamos indiferentes a tudo. Este entorpecimento, que ocorre ao atingirmos um determinado grau mais grave de desequilíbrio, poderá ser até conveniente, num primeiro momento, pois poderá evitar que entremos num processo ainda mais destrutivo. Porém, se nos mantivermos nesse estado por muito tempo, acabaremos nos dessensibilizando demais, o que seria um caminho perigoso e nos causaria muitos malefícios. Portanto, tudo tem uma medida certa para acontecer. Devemos estar atentos para nunca nos deixarmos arrastar para condições internas - mentais e emocionais - de muito desequilíbrio, pois muitas vezes se tornam extremamente difíceis de se reverter.

Se em estado de atenção sobre nós mesmos, quando ligamos nosso observador interno, podemos passar por qualquer condição de vida, mesmo de desequilíbrio, que estaremos aptos a perceber até que ponto algum estado negativo, está em uma dose saudável, em que apenas nos tira da intensidade de emoções destrutivas ou se está chegando a um ponto de indiferença grave diante da vida.

Ao perceber o ponto em que o anestesiamento já deixou de ser saudável e estamos correndo riscos, devemos ter força de vontade para reagir, apenas no sentido de desejar encontrar meios de sairmos desse estado. Com este simples desejo, estaremos mais ligados e abertos para que, então, qualquer sinal de estímulo que a vida nos envie, possa ser captado por nós e, principalmente, ser utilizado em nosso benefício.

Se estávamos exauridos pela frustração e medo, o estímulo positivo, por mais simples que seja, poderá nos dar mais ânimo, disposição e vigor, tornando-se uma ponte que nos ajuda a fazer uma passagem de um estado de prostração a um estado mais desperto e de mais consciência, para continuarmos nossa trajetória, mas agora com mais atenção, para não entrarmos novamente nos turbilhões desenfreados que sempre nos levam ao desequilíbrio e conseqüente entorpecimento.

Porém, cabe redobrarmos nossa atenção, pois alguns estímulos podem se "parecer com o tal objetivo" que estamos desejando atingir. Assim, se não estivermos conscientes, poderemos criar a ilusão de que o pequeno estímulo é o que desejamos e nos envolveremos intensa e equivocadamente com este, o que nos levará, à velha frustração. O que quero enfatizar é que alguns estímulos apenas se assemelham como nosso objetivo final, mas não são, nem de perto o que nosso coração almeja de verdade.

Um bom exemplo para esclarecer isto é o caso de uma pessoa que estava em um relacionamento conturbado e que, ao término deste, ficou muito desequilibrada. É nesse desequilíbrio, que muitas pessoas se anestesiam, só para não sentirem a dor da realidade. Em dose adequada, isto é até um bom recurso, para que a pessoa saia da dor extrema que a está deprimindo e desequilibrando. Mas se ficar tempo demais nesse ponto passará a ficar insensível diante da possibilidade de se abrir para um novo relacionamento e se tornará indiferente a tudo nesse sentido. É aqui que a pessoa deverá cuidar de si mesma e ativar seu observador interno, para poder perceber que está na hora de despertar para a vida e se abrir para novas possibilidades de relacionamentos. Toda pessoa idealiza um companheiro adequado para se relacionar, mas ao se abrir novamente, talvez ela não esteja ainda 100% preparada e só conseguirá atrair alguém para viver um breve relacionamento. Neste momento, se uma pessoa aparecer em sua vida, pode ser que não seja a "a pessoa ideal", e ela talvez seja apenas um "estímulo" que a vida trouxe, no sentido de tirar a pessoa do entorpecimento e despertar, fazendo-a a voltar a ter interesse por se relacionar.

Se ela não estiver atenta, não conseguirá sentir e intuir que essa "não é a pessoa certa" e criará a ilusão de que encontrou seu par perfeito. Inevitavelmente, esse relacionamento chegará ao ponto de ruína do anterior.

Não quero dizer com isso que existe uma pessoa exclusivamente certa para nós, mas sim, que muitas vezes nos iludimos e não queremos perceber que determinadas pessoas são totalmente incompatíveis conosco, para um relacionamento verdadeiro, mas podem se tornar compatíveis com um determinado momento de nossa vida, em que precisamos apenas de uma "ponte" que nos encoraje e nos ajude a reagir, e nos leve até a outra margem onde talvez, encontraremos uma pessoa mais adequada aos desejos de nossa alma.

Isto não significa que estaremos usando a tal "pessoa-estímulo", não é isso, pois aquele breve relacionamento poderá ser extremamente importante e agradável para ambos e, ainda, talvez estejamos sendo igualmente uma "pessoa-estímulo" na vida dela. Não dá para racionalizarmos e calcularmos tudo, mesmo porque, quando baixamos nossas expectativas, muitas vezes uma pessoa que se parece com um simples estímulo, poderá se tornar nosso par adequado com quem teremos um relacionamento bastante consistente.

Não temos a capacidade de determinar o que é certo ou errado. Se seguirmos nosso coração, estaremos abertos à vida e receberemos sempre estímulos, que poderão ser passageiros ou podem se tornar algo mais consistente ou, ainda, estímulos verdadeiros que poderão nos trazer situações duradouras.

O importante é estarmos abertos de verdade e, se um estímulo for apenas uma ponte, que assim seja. Com certeza, será sempre bom para todos os envolvidos. A vida é muito sábia e justa e tudo o que nos traz são sempre condições importantes para o todo.

A vida está cheia de estímulos, mas se ficarmos entorpecidos, jamais os perceberemos e perderemos preciosas oportunidades.
Texto revisado


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Conteúdo desenvolvido por: Teresa Cristina Pascotto   
Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas.
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