Solidão da alma

Solidão da alma
Autor Teresa Cristina Pascotto - [email protected]
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Experimentamos este sentimento de solidão através de um vazio profundo, uma insatisfação intensa, que nada tem a ver com as insatisfações e vazios do pretensioso ego. Este nível de solidão, que acomete a alma, somente pode ser percebido e sentido quando chegamos a um nível de consciência mais elevada, que nos encoraja a mergulhar o mais profundamente possível em nosso inconsciente. Neste ponto, encontramos a triste realidade de nossa alma.

Finalmente, entendemos que nossas buscas incessantes por aplacarmos nossas aflições de vida nunca serão realmente alcançadas, porque estamos sempre buscando algo externo que nunca irá nos saciar. Vivemos nossos círculos viciosos, buscando sem nunca querermos alcançar para que continuemos nos movimentos frenéticos que nos distraem, para nunca sentirmos a dor do autoabandono, na real solidão dentro de nós.
Enquanto buscamos aliviar nossa solidão através dos outros, estamos sempre virando as costas para nós mesmos e nos abandonando em um lugar profundo dentro de nós, num lugar vazio, sombrio e extremamente solitário. O ego tranca a parte mais poderosa e essencial de nossa alma nesse lugar oculto e acaba esquecendo de sua existência e cria toda uma vida de buscas por pertencer a um mundo externo que nunca nos abrirá os braços da forma que o ego deseja. Se nós mesmos nos rejeitamos e nos abandonamos à solidão interior, por que acreditamos tanto que o mundo irá nos suprir em nossas necessidades de acolhimento e pertencimento?

Para que nos sintamos falsamente inseridos e acolhidos pelo mundo, fracionamos uma parte de nossa alma em inúmeras partes que se dissociam de nós e as doamos ou deixamos que as roubem de nós, para que, ao estarmos nas mãos dos outros, prisioneiros de seu mundo interior/inferior, tenhamos a sensação de sermos queridos, pois achamos que os outros nos querem muito, a ponto de nos aprisionarem só para si.

Ao longo dos anos, a parte de nossa alma que está prisioneira no calabouço do ego, vai enfraquecendo e “morrendo”, esvaziando sua luz, principalmente, porque várias outras partes dela estão perdidas e aprisionadas em outras realidades paralelas. Ela não está completa em si mesma. A solidão da alma é proveniente desta incompletude, desta falta de pertença de si mesma. Ela está sozinha e trancada nesse lugar sombrio, mas está também isolada de si, da luz e da força divina. Esta solidão também se deve ao fato de que, ao estar isolada e fracionada, neste autoabandono cruel, ela não tem a Presença de nosso Eu Superior, nossa Real Presença, que pode conseguir ter a força para resgatá-la. O ego O interdita e não permite que Ele possa estar, ou melhor, SER a nossa presença real, para que assuma o comando e nos conduza à integração de todos os nossos corpos e dimensões.

Existimos em várias dimensões, o que significa que precisamos estar integrados para finalmente SERMOS. O ego acha que ele é o único “ser” real em nossa vida, e isso nos deixa perdidos em nós mesmos. Os encontros divinos que tanto buscamos e desejamos alcançar em nossa vida, através das pessoas, nunca acontecerão, pois ninguém fará com que tenhamos a real sensação de termos encontrado nosso lugar de amor e luz. Os encontros divinos de verdade são os que ocorrem dentro de nós e não fora. Ao nos voltarmos para dentro de nós, com autoaceitação, passamos a nos amar e isto, naturalmente, conduz ao despertar do amor por nós. Este amor manifestado é a liga necessária para que encontremos nossa alma que está trancada por trás desses conteúdos em nosso inconsciente dos quais tanto fugíamos, mas que passamos a enfrentar através da jornada interior pelo autoconhecimento.

Quanto mais mergulhamos nas camadas sombrias do inconsciente, mais nos aproximamos de nossa alma. Aos poucos, ela vai nos guiando e emanando sua fraca luz para nos mostrar o caminho que nos levará a ela, para que possamos, primeiro encontrá-la, para depois começarmos a tratá-la pois ela está muito doente, foi acometida pela doença da solidão do autoabandono. Esta é a doença mais grave dos seres humanos e é esta que vibra e reverbera pelos nossos corpos gerando os males gerais, sejam doenças físicas, emocionais, mentais e/ou espirituais. É desta doença da alma que precisamos tratar. E este tratamento começa no dia em que decidimos despertar a consciência.

Agora dá para compreendermos melhor porque nossa cura –de um modo geral-, é tão difícil de ser alcançada e porque, enquanto nos aprofundamos tanto em nosso processo de autoconhecimento temos a sensação de estarmos piorando ao invés de melhorarmos da forma como o ego idealiza. Se as “doenças externas” nos incomodam a ponto de fazer com que comecemos a buscar a cura, é claro que no mergulho interior iremos nos sentir pior em alguns momentos, pois estaremos mergulhando ao encontro de nossa alma que está muito doente e quanto mais nos aproximamos dela, mais sentimos suas dores que são muito mais intensas e dolorosas do que as doenças “externas”.
Não tem como passar pelo processo de cura real sem experimentarmos momentos de extrema dor. Se abandonamos nossa alma ao isolamento cruel, precisamos resgatá-la e curá-la. Apesar de ser muito doloroso passar por isto, devemos ficar felizes quando isto nos ocorrer, pois será o indicador de proximidade ao ponto em que a cura real irá começar a acontecer.

Com frequência, em meus atendimentos, “vejo/encontro” as almas isoladas, adoecidas e obscurecidas em seu calabouço profundo e sombrio. Quando “vejo/encontro” as partes das almas da pessoa que estão perdidas ou aprisionadas no “mundo externo”, nas realidades paralelas, também as encontro obscurecidas e adoecidas, mas nunca este estado está tão agravado quanto o estado em que se encontram as almas prisioneiras do ego. O autoabandono é a forma mais cruel de “matarmos” nossa alma em sua profunda dor da solidão.

Reflita sobre isso. Pergunte-se onde e como você está se abandonando. Pergunte-se o que você pode fazer para ser suficientemente honesto e humilde consigo mesmo, para de verdade começar seu processo de cura que o levará ao resgate de sua alma. Não espere a resposta de forma racional, pois ela virá de forma sutil, intuitiva e poderosa.

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Conteúdo desenvolvido por: Teresa Cristina Pascotto   
Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas.
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