Um sentido para a vida

Um sentido para a vida
Autor Teresa Cristina Pascotto - [email protected]
Facebook   E-mail   Whatsapp


Enquanto somos prisioneiros do ego, nossa vida não faz sentido. Por conta disso, o ego tenta desesperadamente encontrar um sentido para que possa se sentir mais pleno e satisfeito. Esse sentido da vida que o ego tanto busca ele nunca encontrará, pois o único sentido real é o que a Alma traz consigo. Somente estando aberto e entregue às forças da alma é que podemos começar a encontrar um real sentido para a nossa vida.

Mas o ego não nos dá trégua e vive encontrando meios de nos fazer querer algo, fazendo de conta que esse algo é o sentido que tanto almejamos. Durante toda a nossa vida, dentro deste padrão de comportamento, acabamos sempre elegendo “um algo” para querer e vivemos obsessões profundas na intenção de valorizar esse algo que se torna nosso objeto de desejo mais intenso. Esse “querer” sem nunca de verdade “ter”, passa a ser o sentido do ego e ele acredita mesmo que quando alcançar este algo valioso, ele também encontrará o sentido para a nossa vida. Como isto se torna um circulo vicioso, porque o ego só quer se movimentar, só quer que a nossa vida tenha algum rumo (como no exemplo da “cenoura pendurada à frente do burro”), cria em nós um comportamento obsessivo-compulsivo – para alguns, é somente um comportamento, mas para outros, em estado mais grave, isto se torna uma patologia, o TOC -, onde passamos a vida acreditando que: quando finalmente conseguirmos resolver e realizar nossos intentos, então poderemos descansar e relaxar, pois teremos alcançado nosso sonho mais profundo. Mentira. O ego é ignorante e se acha o senhor da verdade.

Um exemplo: quando algumas pessoas são obcecadas pelo desejo de serem reconhecidas, elas acreditam que quando finalmente forem reconhecidas e validadas pelo mundo, então, serão felizes e sua vida fará sentido. Elas vivem um comportamento obsessivo-compulsivo, em que a obsessão pelo reconhecimento e o tormento por nunca se sentirem reconhecidas, faz com que busquem um alívio para as intensas aflições que isso lhes causa e partem para as compulsões na (falsa) tentativa de encontrarem um meio de serem reconhecidas. Como esta necessidade de reconhecimento é do ego e não da alma, é claro que o ego nunca se sentirá reconhecido, pois quando alguém faz algo “para” alcançar o reconhecimento, não existe aí a pureza da alma que simplesmente faz o que deve ser feito, sem se importar com o julgamento e o reconhecimento. Quando a intensão é dissimulada, obviamente o ego nunca será reconhecido, pois está manipulando estratégias, energias e o outro –psiquicamente– e isso nunca trará o resultado que ele deseja, pois quando o outro se sente manipulado, mesmo que inconscientemente, este reage de forma contrária à necessidade do ego. Portanto, se o ego manipula para ser reconhecido, o outro reagirá não o reconhecendo e, para horror do ego, também o desprezará e o julgará de forma negativa.

Como o ego nos aprisiona no comportamento obsessivo-compulsivo, a busca incessante pelo reconhecimento, acaba se tornando uma “droga” à qual o ego fica viciado. Se ele conseguir finalmente o tal reconhecimento do jeito que ele deseja, isso significará que terá acabado com esse circulo vicioso e não terá mais o “prazer da droga”. Assim, como todo viciado, ele não quer abrir mão dos “benefícios” da droga. Ele sofre com as reações destrutivas das “toxinas dessa droga” (este é um comportamento tóxico), mas ainda assim não consegue abandonar seu vício. Para sobreviver a isso, ele nos anestesia para que nunca venhamos a perceber esse mecanismo suicida – claro, não nos sentimos de verdade vivos quando estamos presos dentro disso – e faz com que acreditemos que estamos buscando um sentido para nossa vida e continua nos motivando a nos movermos nesta busca frenética e sem fim.

Se desejamos nos curar de verdade, encontrando um sentido para nossa vida, teremos que mergulhar profundamente dentro de nós, para encontrarmos essa realidade dentro da qual estamos aprisionados. Somente reconhecendo esse mecanismo em nós é que vamos perceber que o que tanto desejamos nunca acontecerá e que, na verdade, não queremos que aconteça. Para a alma, não precisamos disso.

Com humildade e coragem, precisaremos ACEITAR que é “isso o que está acontecendo dentro de nós”, para que então relaxemos e nos entreguemos à nossa alma, pedindo a ela, gentilmente, que nos conduza à cura. Mesmo que a alma esteja aprisionada pelo ego e mesmo que ela esteja muito enfraquecida, ainda assim ela é nossa essência e nunca morre, portanto, quando nos voltamos para ela e nos entregamos aos seus cuidados, ela nos indica os caminhos para nossa cura. Esta comunicação com a alma não acontecerá através de orientações óbvias, mas sim, através da intuição.

O primeiro sentido para nossa vida passará a ser, de verdade, a busca pela nossa cura. Quando assumimos a responsabilidade de nossa cura, com este nível de consciência e quando isto toca nosso coração, trazendo uma profunda autocompaixão, com certeza isto se torna um sentido real e profundo. Será por nós e não pelos outros ou para os outros. Será porque aprenderemos a nos apreciar e a nos aceitar de verdade e isto muda tudo, muda todo o sentido que falsamente tínhamos a respeito de nossa vida. Este é um novo rumo, com novas diretrizes. Teremos condições de nos conduzirmos à cura de nosso comportamento obsessivo-compulsivo que, no caso do exemplo, será, num primeiro momento, tomarmos consciência de que NÃO precisamos do reconhecimento e da validação através dos outros, pois se isso fosse alcançado, ainda assim, não nos satisfaria, porque jamais o reconhecimento externo significará “eu te amo e eu te aceito”, se houver algum reconhecimento através do outro, apenas siginificará que o outro valida nossa Presença. O ego acredita que quando o outro nos valida isso quer dizer que nos inclui e, como isso não é verdade, o ego sente sempre que não pertence, que não é bem-vindo e que não é adequado, isso faz com que ele queira forçar (explicita ou dissimuladamente) aos outros a nossa presença.

Portanto, devemos nos trabalhar para conseguirmos abrir mão da necessidade de reconhecimento e isto só é possível quando atingimos este nível de compreensão e consciência, pois o entendimento superficial desta verdade é só o começo deste longo e profundo caminho do autorresgate de nossa verdade mais profunda que, naturalmente, faz com que resgatemos nossa alma. Quando atingimos este nível, nossa vida ganha um novo sentido, tudo faz sentido; na verdade, nossa existência, a Vida como um Todo, começa a fazer mais sentido para nós.

Antes de se preocupar em “como eu vou fazer isso?”, apenas leia este texto e depois medite com a intenção de alcançar a compreensão elevada de tudo isto. Sua alma o guiará amorosamente a um nível de sabedoria e discernimento. Deseje meditar com desprendimento e sem a necessidade de saber racionalmente e de urgência. Lembre-se, consciência é cura em movimento.

Texto revisado

Gostou?    Sim    Não   

starstarstarstarstar Avaliação: 5 | Votos: 135



Compartilhe Facebook   E-mail   Whatsapp
foto-autor
Conteúdo desenvolvido por: Teresa Cristina Pascotto   
Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas.
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

Saiba mais sobre você!
Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui.