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Shantala: massagem e carinho para o seu bebê

por Adília Belotti em Autoconhecimento
Atualizado em 22/09/2003 12:17:36


Os médicos não cansam de recomendar: bebês saudáveis e tranqüilos em geral são aqueles que desenvolvem vínculos fortes com os adultos que cuidam deles. Mas para muitas mães, a hora da mamada acaba sendo o único momento de verdadeira intimidade com o filho. E mesmo nesta hora, o corre-corre da vida pode acabar atrapalhando. Que tal tirar alguns minutos para fazer um exercício de concentração e de amor junto com seu bebê?

Shantala, uma massagem especial para bebês, baseada na yoga e na medicina ayurvédica, oferece uma lista enorme de benefícios, sendo o mais forte deles o contato prazeroso entre pais e filhos. A técnica – uma seqüência de movimentos feitos através dos dedos e que passa por todos os chacras do corpo – foi trazida da Índia pelo famoso obstetra francês Fréderick Leboyer nos anos 70. Em seu país de origem, a massagem é ensinada de mãe para filha, uma tradição oral que não recebe nenhum nome específico. No Ocidente, a técnica foi batizada de Shantala pelo obstetra, uma referência à indiana que lhe ensinou a técnica e se deixou fotografar massageando uma criança. Essa moça chamava-se Shantala e o material colhido por Leboyer deu origem ao primeiro livro sobre o tema.

No Brasil, a Shantala é pouco conhecida, mas já possui uma lista considerável de adeptos. É bom lembrar que a prática não necessita ser conduzida apenas pelas mães: os pais têm carta branca para estabelecer esse lindo contato familiar.

Benefícios
Bastam alguns minutinhos diários da Shantala para deixar o bebê mais tranqüilo. A Shantala tonifica músculos e articulações, ativa a circulação sangüínea e atua como um método preventivo de cólicas, insônia e falta de apetite, além de estimular a coordenação motora. A instrutora Cristiana Faria do Amaral ensina a técnica para as mães aplicarem em seus filhos e ressalta mais um ponto interessante sobre a massagem: “a Shantala mexe muito com a auto-estima das crianças”, diz a especialista. Acredita-se, inclusive, que bebês que recebem as massagens tornam-se adultos mais equilibrados.

Cristiana conta uma história que ilustra bem a questão da auto-estima: “certa vez, uma amiga em viagem pela Índia conheceu um jovem guia, com cerca de uns 10 anos. O menino era bem feio e magrinho e numa das conversas com a minha amiga soltou a seguinte frase: “Sou forte e bonito assim porque minha mãe fez massagem em mim quando era um bebê!”.

Toques de amor
Brincadeiras à parte, a Shantala requer alguns cuidados indispensáveis. Como se trata de uma verdadeira troca de energia, a mãe deve estar relaxada na hora do contato. “Qualquer sinal de estresse ou ansiedade passa para a criança”, alerta Cristiana. A instrutora orienta as mães a relaxarem junto com seus bebês: “aproveite ao máximo esse momento de intimidade, olhe nos olhos de seu filho, estabeleça uma comunicação não-verbal”, diz.
Francisco tem 4 meses e está em seu primeiro mês de Shantala. Sua mãe, Andréa Almeida Prado, confessa que às vezes chega a “relaxar mais que o próprio Francisco”.
A Shantala pode ser praticada em todos os bebês de um mês em diante até quando ele quiser ou quando a rotina da mãe permitir.
A própria posição em que ficam mãe e bebê durante a massagem ajuda a criar o vínculo tão importante. Sentada no chão e com as pernas estendidas, a mãe recebe o bebê em seu colo, facilitando o toque e a troca de olhares.

O ambiente deve ser calmo e aquecido. Antes da massagem, um óleo vegetal sem conservante e sem perfume deve ser aplicado no corpo do bebê. Não existe um horário determinado para a massagem, mas é importante que a criança não esteja de estômago cheio, nem vazio e que esteja descansada, sem sono. O bebê deve estar predisposto e participativo, “A mãe não pode forçar nada, se a criança estiver reclamando ou dormindo, é preciso parar”, alerta Cristiana. “Tem que ser uma relação prazerosa”, diz. Esse também é o motivo pelo qual a Shantala não deve ser feita quando a criança está doente.
Andréa conta que a primeira vez que Francisco foi massageado, sua reação foi superpositiva: “Ele riu o tempo todo”.

De fato a Shantala faz a criança sentir-se amada. Precisa de mais algum argumento?

Agradecimentos: Cristiana Faria do Amaral - Instrutora de Shantala há 1 ano e meio, foi aluna da professora Fadynha, que introduziu a técnica no Brasil. O curso da professora é ministrado no Instituto de Yoga e Terapias Aurora, no Rio de Janeiro. Email: [email protected]
Artigo de Maria Letícia Zioni Gomes


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adilia
Adília Belotti é jornalista e mãe de quatro filhos e também é colunista do Somos Todos UM.
Sou apaixonada por livros, pelas idéias, pelas pessoas, não necessariamente nesta ordem...
Em 2006 lançou seu primeiro livro Toques da Alma.
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