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ESPECIAL STUM: Carpe diem - Agarre seu dia!

Estava mais uma vez desanimado... reconheço que não é pra ficar, mas não sei o que fazer a respeito, pois não conseguia chegar ao tema do boletim, mesmo num momento propício para escrever um texto, com a cidade mais silenciosa, quando o telefone pára de tocar e com todos os muitos e-mails respondidos. "Inspirado" por uma amiga e colaboradora querida, que havia perdido todos os dados armazenados em seu micro, estava fazendo backup dos meus últimos dados quando algo absolutamente inesperado aconteceu.
Moro em São Paulo, no último andar de um prédio delgado de 14 andares, o relógio do micro marcando nove horas e um minuto. O tranco foi muito forte, da esquerda para a direita, como se alguém tivesse dado uma marretada em minha cadeira de rodinhas; a mesa balançou e o monitor ameaçou uma manobra bem radical.
O gato, companheiro de jornada há dois anos, saiu em disparada e o encontrei - assustado e encolhido - sentado em cima de minha cama.

Sabia exatamente de que se tratava, lembrei na hora da última vez quando, em 1997, na Itália, tinha vivido esta experiência que tirou a vida de muita gente, danificando regiões inteiras e quase destruindo a linda basílica de São Francisco em Assis.
Voltaram também memórias esquecidas da infância, quando meu pai, no meio da noite, vinha buscar os 4 filhos e todo mundo descia para a rua em pijama, envolto em cobertores e esperava aquilo que se chamava segundo grande tremor, ou "assentamento", para poder voltar pra casa. Nunca teve, que me lembre, o tal de "assentamento", mas lembro da confraternização das pessoas - cada uma contando como tinha percebido o evento, o grande susto passado etc. - todas iguais naquele momento em que a natureza tinha falado em voz alta e clara sobre quem de fato estava no comando. Lentamente, cansada de tanto esperar no frio intenso, a turma começava a se despedir e voltava - ainda assustada e temerosa - pra cama.

Mas, diria o Rodolfo que formatou e colocou no ar este boletim, mais um arquétipo caiu, evaporou-se. Depois dos tornados que passaram por Santa Catarina em Fevereiro e Março deste ano, nesse momento, muitos habitantes de grandes Estados ficaram de repente irmanados, "globalizados", desfazendo de vez a lenda de que éramos imunes a essas calamidades. Na realidade, sendo a Terra uma grande bola, e sendo todos os seres vivos parte do Todo, sempre estivemos energeticamente conectados uns aos outros, compartilhando, inconscientemente ou não, o sofrimento das almas chamadas de volta e dos sobreviventes destes episódios, quer acontecessem na Califórnia, no Japão ou no Irã.

Estou escrevendo isso por uma simples razão. Quero compartilhar com Você esta experiência - estou sendo intuído e ajudado, como sempre - pois algo muito legal aconteceu por causa do tremor: comecei imediatamente a refletir sobre a vida, sobre o momento, de uma forma muito prática, muito real.
Vieram logo à mente os dois filhos amados; e eles estavam seguros em outras cidades. Estava em paz com eles, tínhamos nos abraçado e beijado com amor, um na sexta e outro no domingo. Lembrei, em seguida, dos familiares e amigos... estava em paz com todos eles. De verdade. Estavam e estão todos nos meus "Sinto muito - te amo" diários. Pouco mesmo podia ser feito; podia cair o prédio se houvesse o "assentamento final", mas tudo estaria em paz, na absoluta certeza de que se trataria de mais um teste, uma experiência, uma passagem.
Pensei no STUM e foi fabuloso perceber que ele continuaria funcionando desde que o mundo não acabasse... pois os servidores estão protegidos contra estas eventualidades; fiquei feliz que tudo, absolutamente tudo que tem valor (testes interativos - matérias, o conteúdo, boletins, etc.) está no ar e que nossos micros poderiam quebrar-se sem criar problemas ao funcionamento do Site. Tem mais, fora uma pequena preocupação em ter algum dinheiro no bolso para as pequenas despesas e o celular para me comunicar, nada de material, de bens, tipo o carro, a moto ou qualquer outra coisa, me preocupou. Nada.
Bom, fora o gato Zé... que recebeu uma dose extra de carinho e apertos.

Pois é, não quero dar uma de evoluído, de desperto. Quero dizer somente que me sinto pronto, que quando for chamado de volta somente levarei o carinho, o amor, as boas lembranças; com certeza não ficarei preso a objetos, coisas, ou algo parecido. Quero simplesmente afirmar que esta "simulação" que sem querer aconteceu em minha mente, foi, na verdade, um grande presente. Um enorme estímulo a fazer tudo ainda melhor, a cada instante e em cada lugar... esta sensação é muito forte, é real, palpável. Sinto que posso fazer muito, muito mais ainda, e também que estamos ficando todos mais unidos, mais conectados e que o que acontece comigo acontece com o mundo, pois não há separação, não existe o eu e o tu... sim, podemos viver melhor, muito melhor esta maravilhosa experiência que é a vida aqui no planeta azul.

O que ocorreu ontem, concluindo, foi um sinal e uma bênção ao mesmo tempo.
O sinal: a força da natureza, os quatro elementos que estão à base de nossa existência, pouco pode ser prevista e muito menos controlada quando a magnitude passa de determinados valores. Uma bênção, por ter permitido a muitas pessoas (como foi no meu caso), se confrontarem consigo mesmas, com seus medos, seus valores e sua sombra, permitindo-lhes avaliar a quantas andam sua harmonia, paz interior e seus relacionamentos com os entes queridos.

Com certeza, viver bem o momento, crescendo e ajudando os outros à sua volta em sua Caminhada - sempre com ternura -, seja talvez a melhor maneira... lembrando que o ontem já deixou de existir e o amanhã é apenas uma simples possibilidade...
Estava certo o poeta romano Horacio quando, ainda antes de Jesus nascer, escreveu: "Carpe diem quam minimum credula postero" (agarre o dia, não confie no amanhã).
Sejamos todos felizes e abençoados!
Sim, Somos Todos UM, uma grande Alma Universal.
Sergio STUM

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