Racionalismo excessivo - bloqueador do desenvolvimento

Racionalismo excessivo - bloqueador do desenvolvimento
Autor Teresa Cristina Pascotto - [email protected]
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O que mais bloqueia o desenvolvimento ascensional do ser humano é o excesso de racionalismo. A mente tornou-se dona da realidade e da vida do ser. Ela se acha a única que é capaz de conduzir-se a uma vida de satisfação. Isso é puro “achismo” da mente, pois o que mais se encontra é a insatisfação percebida, manifestada e aceita ou, no pior dos casos, a insatisfação camuflada por uma vida de ilusões ou compulsões para não ser percebida em sua exatidão. É justamente por causa do excesso de necessidade de poder que a mente tem, que ela vive se desenvolvendo (será?) e buscando mais recursos para ser cada vez mais capaz de racionalizar a vida e as experiências que vive.

Obviamente que esse caminho sempre leva a mais insatisfações e a bloqueios gravíssimos na vida da pessoa. Quanto mais a pessoa se deixa levar pela mente, mais ela se perde num mar de ilusões, frustrações e fracassos gerais. E sempre que chega a este ponto, mais tensões a mente cria na tentativa de sair dos abismos escuros e profundos aos quais se lançou. Porém, ela somente busca um jeito de sair dos abismos, mas nunca se rende às evidencias de que foi ela mesma quem se projetou nos abismos e ela é a única responsável pelo estado degradante e perturbador em que sua vida se encontra. Seu desespero aumenta e ela continua tentando manter-se no comando, buscando recursos que sejam racionalizáveis o suficiente para que ela possa continuar equacionando as experiências, num excessivo turbilhão de pensamentos, negando as emoções e sentimentos, porque está obcecada pela ideia de encontrar uma fórmula racional o suficiente para saber exatamente o passo-a-passo de sua saída do abismo, sem nunca se dar a permissão de compreender o que de verdade a fez cair no abismo e de descobrir quais são as verdades ocultas no seu inconsciente, que são justamente os motivos verdadeiros que a fazem correr insanamente ao encontro de objetivos impossíveis e a fugir intensamente da vida real que a alma poderá lhe trazer. Os conteúdos ocultos no inconsciente contêm as verdades que desmascaram a mente, mostrando porque ela está sempre fazendo de tudo para estar no poder, contêm as verdades contra as quais ela se debate, a ponto de escolher uma vida de ilusões e sofrimentos, a ter que confrontar a realidade oculta, para então descobrir quais são esses misteriosos conteúdos do inconsciente que a influenciam a fugir ao invés de enfrentar, a se perder ao invés de se encontrar e a ter uma vida de dor e sofrimento.

A mente precisa sair do controle e do poder. Muitas pessoas que procuram um trabalho terapêutico estão extremamente aprisionadas a um racionalismo extremo, são pessoas que estão buscando uma ajuda real, pelo nível de sofrimento que estão experimentando, justamente porque suas mentes as conduziram a um estado de perturbação e sofrimento máximo. Algumas conseguem realmente se render a essas evidências e reconhecem esse estado de perturbação e isto é muito bom, mas algumas pessoas, apesar de estarem num grave estado de perturbação mental, ainda assim são rígidas e suas mentes continuam querendo fazer de conta que está tudo sob controle e que apenas precisam de uma “ajudinha básica”. Estas últimas estão num estado realmente grave, pois não conseguem reconhecer a verdade perturbadora na qual se encontram e ainda continuam rigidamente racionais, buscando apenas recursos que possam racionalizar e controlar.

Num geral, muitas mentes estão excessivamente rígidas e se protegendo contra um estado mais elevado de consciência, se e quando raramente alcançam este estado, usam isso apenas para que possam ter certo alívio e para tentarem encontrar nesse estado, algum recurso “mágico” que possam usar racionalmente para consertarem o estrago que elas mesmas causaram em suas vidas, e raramente se permitem reconhecer que tudo é de suas responsabilidades, normalmente estão sempre se sentindo injustiçadas, adoram o vitimismo e sempre querem eleger culpados em suas vidas. Jamais querem assumir as responsabilidades pelo que lhes acontece.

Este tipo de pessoa vive negando seus sentimentos e emoções e, obviamente, quando está vivendo alguma situação que lhe causa um desequilíbrio no seu rígido (e falso) autocontrole absoluto, fazendo com que se perca nas emoções e sentimentos que explodem naturalmente devido à situação específica, entram em pânico, pois estão tão habituadas a serem controladas, que qualquer sensação de ansiedade mais grave ou de medo, por exemplo, as deixa em pânico justamente porque não conseguem controlar essa explosão de sensações e sentimentos. Nesse momento, tentam ainda mais usar seu “poder de controle”, tentando racionalizar os motivos que as levaram a esse momento de descontrole, para tentarem controlar ainda mais. Claro que quanto mais se tenta controlar e racionalizar uma experiência incontrolável e irracionalizável, mais se perde o controle. Aí então e só então, elas correm desesperadas em busca de algum recurso para, primeiro, não sentirem mais essas sensações que as tiram do controle e, segundo, para entenderem racionalmente tudo o que está lhes acontecendo. A mente só quer entender para reassumir o controle, ela não quer resolver da forma que a alma deseja e, se conseguir encontrar “explicações” sobre os conteúdos do inconsciente que a levaram a esse estado de desequilíbrio, não se atém a considerar esses conteúdos como peças preciosas para serem exploradas e identificadas dentro de si, para que sejam então aceitos, trabalhados e transformados. Isto é o que a alma deseja, mas o que a mente faz com esses recursos e conteúdos que se manifestam é algo totalmente insano, ela tenta explorar racionalmente os conteúdos, descartando toda e qualquer informação de sua responsabilidade dentro disso e busca encontrar qualquer conteúdo, por mínimo que seja, para encontrar um ponto de apoio que faça dela a vítima.

Após conseguir encontrar esse ponto de apoio ao seu vitimismo, que a alivia – a tomada de consciência de sua responsabilidade deixa a mente muito tensa, com medo de perder o poder, por isso ela despreza – a mente começa então a querer racionalizar ainda mais os conteúdos, para criar estórias ilusórias, na tentativa de encontrar um apoio que a tire da dor e da perturbação. Ou seja, a mente apenas quer racionalizar os recursos e as experiências, para manter-se confortavelmente na densidade da dualidade à qual está habituada e a protege do que é sutil, menos denso e de frequências mais elevadas. Ela faz isso para nunca ter que se entregar ao mundo misterioso do seu inconsciente, num plano invisível, do qual ela tem certa noção de sua existência, mas faz de tudo para ficar bem longe e viver em negação. Reconhecer, aceitar e entregar aos mistérios do inconsciente seria o mesmo que fazer da mente racional apenas um observador que participa de eventos e experiências que não controla, que não entende e que não consegue modificar apenas com sua intenção racional, que é o que acontece o tempo todo quando a mente somente foca no seu “próprio umbigo” e na vida externa como se esta fosse sua vida real. A nossa realidade interna é que determina nossa vida externa e nossas sensações e sentimentos dentro disso. Se a pessoa tem a coragem de descobrir esse mundo oculto, se aventurando dentro dele, para assumir plena responsabilidade sobre tudo em sua vida, conseguirá manifestar uma vida que será mais satisfatória, pois tudo é uma consequência natural.

As mentes, num geral, estão criando uma densa camada rígida de racionalismo, o que faz com que tudo o que seja mais sutil, de frequências mais elevadas, seja bloqueado e interceptado para ser usado pelo “sistema racional” criado pela mente coletiva, mas nunca para ser usado pela força da egrégora da consciência coletiva. Esta egrégora é muito fraca ainda e quanto mais ela se fortalece mesmo que fragilmente, mais a densa camada do denso “sistema racional” se intensifica, criando assim uma grave e rígida vibração que protege o sistema contra as forças mais sutis. Assim, apesar da humanidade nos dias atuais estar mais aberta para o sutil, para o elevado e para a compreensão e percepção do mundo paralelo gerado pelo inconsciente coletivo, ainda assim esbarramos e paralisamos no ceticismo e rigidez da grande massa, lembrando que dentro de nós também contemos uma fração ou uma imensidão desse mesmo ceticismo.

Assim a mente racional busca, mas nunca encontra porque não reconhece e não identifica como preciosos e válidos os recursos que a alma, em sua sutileza, lhe traz tão beneficamente. A mente não acredita em nada e nunca se rende às evidências que, muitas vezes, lhe são trazidas de forma até mesmo muito racional, para que ela se sinta mais segura, apesar de se tratar de conteúdos tão sutis. A mente quando busca de verdade, por estar num estado de perturbação grave, poderá encontrar uma ajuda terapêutica, por exemplo, em que encontrará respostas muito coerentes e que façam muito sentido dentro de suas limitadas percepções, ela poderá receber informações sobre conteúdos que são captados nas profundezas de seu inconsciente, poderá entender tudo, perceber como tudo “se encaixa” perfeitamente naquilo que está vivendo e querendo entender, poderá encontrar o alívio por ter recebido todas as informações tão divinas e tão claras, mas, infelizmente, ela imediatamente começa a tentar levar tudo o que está recebendo, para um nível superficial, tentando juntar, racionalmente, as “peças do quebra-cabeça” que ela está recebendo. E isto é impossível, apesar de tudo ficar muitíssimo claro para a mente, em termos de entendimento mesmo, ela precisa sempre racionalizar mais e mais e, além disso, precisa sempre querer saber “como fará para resolver” sua situação, ou seja, quer saber como poderá usar esses conteúdos e verdades, para consertar sua vida. E não é assim que as coisas funcionam nestes níveis e nestas questões. As próprias verdades que são apresentadas, neste exemplo, pelo terapeuta, são os únicos recursos e instrumentos que naturalmente irão causar alguns ajustes internos e farão pequenas mudanças dentro da pessoa. Não há como dar para a mente uma informação como uma fórmula pronta para que ela possa acompanhar as diretrizes dessa fórmula. Não há fórmulas que a mente possa possuir e usar, mas há inúmeras fórmulas no nível da alma, prontas para serem usadas naturalmente, apenas pelo fato da pessoa ter sido capaz de se entregar a um momento de descobertas das verdades e conteúdos que estavam ocultos nas profundezas do seu inconsciente, e assim mantidos e aprisionados pela própria mente.

Quando a pessoa está passando por uma situação de vida, com certeza aquilo está ocorrendo porque os conteúdos do inconsciente que estão relacionados à situação estão naturalmente aflorando, quer a pessoa saiba disso ou não, quer aceite ou não. Assim, quando uma pessoa busca apoio de todas as formas e se abre para receber, a vida sempre trará as chaves para que encontre as verdades. E, se a pessoa se propuser a buscar ajuda mais profunda, bastará apenas que se entregue e deixe acontecer, para que os conteúdos do inconsciente, que já estão ativos e influenciando sua vida externa, possam ser percebidos, sentidos e vistos, para que possam vir à luz de sua consciência. Tomar consciência do que há de tão secreto e obscuramente oculto no inconsciente, por si só, já traz a força inicial para que a pessoa possa se sentir mais capaz de assumir as rédeas de sua vida a partir de uma força real e interna que ela contém e já a ajuda a se soltar mais e a começar não somente a entender, mas a saber que é sua mente que a destrói, quando assume o controle de sua vida. A mente é um “corpo” fundamental para o ser humano, porém, não é a mente que manda na vida da pessoa, e sim sua alma e sua Presença Divina. A mente precisa sair da frente e do controle e deixar que o fluxo de vida aconteça e que sua Presença assuma a liderança.

O problema é que, quanto mais racional a pessoa for e quanto mais conhecimentos acadêmicos e “conhecimentos superiores” ela tem, mais rígida ela se torna. Este tipo de pessoa, quando entende que precisa de ajuda terapêutica, é o tipo que busca e, quando encontra alguma terapêutica que atraia a sua atenção racional, quer se cercar de todas as garantias de que a ajuda que encontrou será adequada e será condizente com o que sua mente procura. Ela quer provas, explicações extremas para ter a certeza de que encontrou a terapêutica certa. Ela quer saber quais serão os benefícios que terá com a terapêutica. Isto é impossível, não há explicações que satisfaçam uma mente deste tipo, pois os benefícios não podem ser calculados e programados pela mente, pois a mente acha que determinado benefício é o ideal, quando o que receberá são os benefícios condizentes para a alma. Se ela buscou e encontrou, é porque os benefícios com certeza acontecerão, mas não da forma como ela calcula. Ela sempre vai querer garantias de que a ajuda lhe proporcionará o que deseja e nunca entenderá que a ajuda apenas a conduzirá a encontrar o que sua alma quer lhe mostrar e a fazer conhecer. Ela não entende que não basta apenas receber os recursos sagrados da alma, mas que o que fará com o que receber, é que determinará o tipo de benefícios que terá, e que ela é a única responsável por seu progresso e cura. A mente quer colocar sobre alguém a responsabilidade de curar sua vida. Ela não entende que se há uma busca real, os objetivos da alma com certeza serão encontrados quando ela se entregar à ajuda que escolheu.

Numa terapêutica deste nível, a pessoa encontrará os recursos necessários para alcançar os níveis profundos de seu inconsciente, para descobrir aquilo que está pronto para ela conhecer sobre si mesma e, também, encontrará verdades no nível da alma, verdades sobre sua origem espiritual, sobre sua missão, sobre a jornada da alma como um grande plano vivido durante várias vidas, várias experiências em outros reinos, em outros planetas, em outras galáxias e em outros universos paralelos. É disso que a pessoa precisa e não apenas de conteúdos e respostas que poderão ser racionalizadas ao ponto de serem usadas pela rígida e controladora mente racional que apenas quer recursos e verdades tão preciosos e divinos, para seu uso limitado e mesquinho. A mente só quer resolver seus probleminhas pessoais, só olha para o próprio umbigo e se acha o centro do Universo, vive dentro de um círculo vicioso, num comportamento (ou transtorno) obsessivo-compulsivo, um lugar de onde nunca quer sair, mas que quer apenas e unicamente arrumar para que fique de acordo com seus ideais ignorantes e limitados.

Quando uma mente já foi trabalhada e está mais equilibrada, ela começa a aceitar mais a jornada da alma e, quando se perde e se perturba, sabe que deverá buscar e quando encontra a ajuda que procurou consegue se permitir saber e sentir que ali está o que precisa. Assim, esta mente mais sábia simplesmente se entrega e deixa acontecer, pois não precisa de milhões de perguntas e garantias para que receba o que o seu racionalismo quer e, apesar de ainda ter esse lado racional, esta mesma mente é capaz de simplesmente ter a certeza de que buscou e encontrou o que precisava, mesmo que as coisas não fiquem racionalmente claras para ela. Assim, ela se entrega ao recurso e consegue não somente apreciar o que recebe, mas principalmente acolher e ancorar as forças “milagrosas” dos recursos e verdades que sua alma está lhe oferecendo através daquele recurso/caminho/terapêutica ao qual se entregou.

Portanto, antes mesmo de reconhecer que encontrou o que buscava e de ter a capacidade de apreciar e utilizar com bom senso e sabedoria os recursos que recebeu, a pessoa precisa trabalhar sua mente, dando limites a ela, para tirar a mente do poder sobre sua vida. Isto é imprescindível para que a pessoa possa se beneficiar de tudo o que busca e encontra. Caso contrário, passará a vida prisioneira da mente, buscando sem nunca encontrar e sempre se queixando de que nada adianta, sempre dizendo que não acredita em mais nada e que quer desistir de tudo. É só por isso que este tipo de pessoa tem sempre a sensação de que faz muito e conquista pouco. Enquanto viver na mente, pela mente e sendo puramente mente extremamente racional, estas sensações desagradáveis serão uma constante em sua vida. É a mente que precisa ser iluminada, tratada com carinho, para que saia do controle e se deixe conduzir pela sabedoria interior que ela contém.



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Conteúdo desenvolvido por: Teresa Cristina Pascotto   
Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas.
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