Oscilações naturais

Oscilações naturais
Autor Teresa Cristina Pascotto - [email protected]
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Após muito tempo buscando conquistar a capacidade de nos colocarmos firmemente diante dos desafios divinos que nossa alma planejou, que nos levou diversas vezes à dor, ao medo e às infinitas dúvidas, não conseguimos mais acreditar que seremos capazes. Esta dificuldade em acreditar ocorre porque durante toda a trajetória nessa busca, o ego sempre nos sabotou, nos levando a viver as experiências de forma desequilibrada, sempre nos conduzindo a entrar em contato com os conteúdos em nosso inconsciente que tinham a ver com a situação específica, de forma intensa e distorcida, na tentativa de nos fazer temer e recuar. E isto nos deixa exaustos e sem forças após um longo caminho vivendo inúmeras vezes esse mesmo tipo de experiência.

O ego quer sim alcançar a capacidade de força total, mas para ter poder, para que ele seja o senhor soberano de nossa vida. Porém, quando essa trajetória é realizada com consciência e com o desejo de um despertar real de nossa divindade interior, isso nos leva de verdade a acessar nossos poderes e dons há muito usados minimamente ou, em pior caso, atrofiados e desestruturados pela imposição de controle do ego. Mesmo que as forças dos dons estejam danificadas, ainda assim, são nossos dons e conservam o potencial de se reconverterem em sua força pura. Na determinação e no avanço real na jornada, muitas vezes, sem tomarmos consciência, acessamos nossos poderes e dons e conseguimos também purifica-los e reconverte-los em força e poder novamente, e os usamos mesmo sem percebermos que já os estamos usando. Isto na forma adequada conforme a alma escolheu que esses dons seriam usados. Tudo ocorre de forma inconsciente e isto é necessário, pois a tomada de consciência durante este processo poderia causar uma ruptura nessa condição tão divina, pois isso nos remeteria imediatamente às memórias de vidas passadas – não exatamente de forma consciente – em que usamos a força desses poderes e dons e ferimos os outros ou fomos feridos por possui-los. E isso nos remete a um medo que não compreendemos, mas que é o suficiente para nos bloquear. Enfim, a inconsciência, neste caso, é saudável para que possamos usar os dons sem perceber, para que isso seja natural e espontâneo e evolua aos poucos.

Justamente por conseguirmos acessar esse potencial sagrado em nós e de forma adequada, o ego se sente ameaçado e potencializa esses medos e os transforma em pânico, quer tenhamos consciência ou não. Um pânico consciente é fácil de ser ajustado e equilibrado. Porém, quando acontece de forma inconsciente, somos arrastados para um lugar profundo e sombrio dentro de nós, nos sentimos muito mal, mas não conseguimos saber o que de verdade está acontecendo. Por não compreendermos, começamos a tentar controlar o que sentimos, na tentativa de nos livrarmos do mal que nos acometeu e o desespero aumenta. Está tudo ocorrendo intensamente em nosso inconsciente, estamos vivendo ali os horrores de nossos piores medos e de nossas piores memórias de dor, sofrimento e culpa, mas não percebemos. Isto é algo muito doloroso, pois estar em pânico e nem saber disso e ter que sentir sensações, sentimentos e emoções que nos aterrorizam, mas não nos deixam claro que “estamos em pânico”, é infinitamente pior do que “estar verdadeiramente em pânico” e saber que está em pânico – e neste caso, basta aceitarmos que estamos em pânico e deixarmos fluir, que logo tudo se equilibra em nós. Caso venhamos a ter consciência de que o que nos levou ao pânico foi a nossa busca e que ela nos levou a entrar em contato com medos antigos ou até soubermos das vidas passadas em si, isto nos levará a viver o pânico com muito menos intensidade. Porém, se entrarmos em pânico e estivermos conscientes de todo este processo, e estivermos em profunda aceitação, o equilíbrio se restabelece facilmente e logo estaremos novamente dispostos a prosseguir, com mais coragem e alegria, pois conseguimos vencer mais um ponto obscuro dentro de nós.

Independentemente de vivermos a experiência de pânico com consciência e sabedoria ou com total ignorância dos fatos por inconsciência plena, esta experiência não é nada agradável e não gostamos de imaginar que a cada passo na nossa jornada inúmeras outras vezes isso ocorrerá, pois sempre avançaremos e esbarraremos nos próximos conteúdos que são ativados dentro de nós pelas próprias sensações que experimentamos a cada nova experiência (quer seja interna ou externa), trazendo à tona naturalmente os conteúdos que precisam ser conhecidos por nós para que possamos ajusta-los e conduzi-los ao equilíbrio, além do que, a cada passo na jornada que trilhamos, com essa consciência e determinação, mais acessamos de nossos poderes e dons e viveremos outras tantas vezes as experiências que já foram citadas acima.

A cada passo e a cada despertar desses movimentos internos que nos levam ao medo ou ao pânico, sempre estagnamos, paralisamos ou até mesmo recuamos. E nos questionamos em nossa decisão: Sofremos (porque o ego faz assim, pois não precisaríamos sofrer) e nos esforçamos tanto para “chegar até aquele determinado ponto”, para termos que sofrer ainda mais no aflorar de outros conteúdos ocultos no inconsciente que nos deixam em sofrimento intenso? Para depois nos reerguermos novamente, para avançar mais e termos que lidar com mais conteúdos e pânicos? Chega um momento em que já não suportamos mais esse “vai-e-vem”, essa condição que faz com que sempre tenhamos a sensação de estarmos cometendo uma loucura em “acreditar” em algo melhor e mais divino. Somos tomados por uma frustração e exaustão extremas, ficamos tão cansados e decepcionados que não conseguimos mais acreditar em nada e nem temos mais vontade de prosseguir. Nossas forças acabam e nos sentimos fracassados e derrotados pela vida. A tristeza toma conta de nosso ser, nos levando a uma prostração e até mesmo morbidez em casos mais graves deste estado.

O ego se sente quebrado, derrotado e totalmente perdido. As sensações vividas aqui são muito ruins, o tormento e a perturbação da mente podem se extremar e quanto mais isto ocorrer, mais o ego tentará resgatar o controle de sua pseudo-sanidade e isso nos levará a mais dor, perturbação e sofrimento. Aqui o ego ainda está tentando sobreviver a uma condição que alcançamos, pelo nosso avanço na jornada, à qual é impossível sobreviver (dentro do que o ego idealiza como sobrevivência). Assim, em outras palavras, o ego experimenta uma sensação de ameaça de morte. E até mesmo uma real sensação de que está morrendo, caso ele reaja muito ao que está nos acontecendo, pois a resistência sempre agrava as condições.

Este tipo de experiência de “morte” para o ego é fundamental para a alma, pois o ego, a cada passo da jornada, por sentir-se mais ameaçado com nossos avanços, sempre se fortalece para poder nos bloquear nos intentos da alma. É ele quem causa os males que vivemos, é sua resistência ao poder saudável e essencial da alma que faz com que passemos por todas essas experiências naturais - que poderiam nos trazer apenas reações suaves, mesmo que “ruins”- de forma tão dolorosa e perturbadora. A resistência e rebeldia do ego se intensificam a cada dia, ele entra em pânico só de imaginar que a alma estará no poder de nossa vida e ele faz de tudo para impedir que isso ocorra. Por isso, toda a gravidade de nossas reações é potencializada por ele, pois sabe que se entrarmos numa frequência mais harmônica da aceitação, entraremos mais facilmente em sintonia com as frequências da alma, o que favoreceria para que vivêssemos as experiências do afloramento natural de conteúdos do inconsciente de forma mais sábia, com muito mais aceitação, o que promoveria mais fortalecimento em nós e mais conscientização de que estamos no caminho certo. O ego, na sua tentativa insana de sobreviver e manter-se no poder, joga sujo e nos destrói, se preciso for, para não perder essa batalha que ele trava com a alma, mas na qual a alma nunca entra.

Ao se quebrar e “morrer” por sua própria causa, o ego então enfraquece e perde um pouco do poder que tem sobre nós. Além do mais, ele experimenta a agonia do fracasso. Isso o leva a se render – somente neste momento, o ego sempre se recupera e volta a lutar e assim é... – e, desesperado, aceita qualquer ajuda para sair desse estado de agonia e morte. É aqui que a alma consegue assumir um pouco de controle saudável sobre nós e nos guia rapidamente a recuperarmos as forças, a coragem e a fé! Nesse momento, somos tomados por uma força interna indescritível, pois não precisamos entender o que ela significa, mas simplesmente sabemos que “esse ser atuante e cheio de vigor é nosso ser real”. Gostamos disso, na verdade amamos, pois nos sentimos poderosos em amor e luz, e não precisamos mostrar isso para ninguém, só nos basta termos a certeza de que “somos Deuses”, centelhas divinas. Este é um momento sublime, pois conseguimos fazer coisas que acontecem naturalmente a partir de nossa Presença e percebemos que “nascemos para fazer isso” e vivemos momentos de felicidade, pois mesmo com nossa vida acontecendo da mesma forma de sempre, ou seja, sem mudar nossa vida, sentimos que amamos nossa vida exatamente do jeito que ela é. Sabemos que tudo está certo e que estamos em sintonia com a força Universal e que não precisamos mudar nossa vida, apenas precisamos aceitar a vida como ela é, para que então tudo flua de forma saudável e natural. Viver estas experiências nos faz ter a certeza de que queremos prosseguir.

Vivemos experiências divinas no simples atuar em nossa rotina, tudo muda de “cor, sabor e luz”, tudo é lindo e puro! Finalmente sabemos que é possível sim e entendemos que nossa trajetória continuará e que viveremos outras tantas experiências similares às que já vivemos. Aqui já entendemos que as oscilações serão naturais e que não precisamos deixar que o ego faça de nós o que bem quer. Acessar este saber - que nem sempre acontece dessa forma tão consciente conforme citei, mas que acontece com certeza dentro de nós e isso basta para termos nossas certezas a partir do coração – nos engrandece e fortalece e passamos a deixar a vida acontecer em seu fluxo natural.

Porém, como já disse, o ego nunca desiste e, mesmo com toda a capacidade e sabedoria alcançada, em alguns momentos, inevitavelmente, “cairemos” novamente nas garras do ego. Claro, ele agora está ainda mais assustado e com muito medo de perder plenamente o controle que tanto deseja. Ele também já sabe o caminho para nos sabotar e fará de forma mais aprimorada seu papel de sabotador. Isto é bom em termos de desenvolvimento, apesar de ser ruim viver estas experiências. É bom porque isso faz parte do planejamento da alma, são desafios, situações que nos instigam, que nos estimulam a lutar, recuar, atacar, dissimular e outras tantas condições manifestadas internamente. Isto é fundamental para nosso desenvolvimento. Se entendermos que a jornada sempre será similar a esses movimentos e se aceitarmos, nossa vida será mais agradável, mesmo com o ego sabotador nos levando à loucura em determinados estágios dessa jornada. Quanto mais elevados em consciência somos, mais nos tornamos sensíveis à densidade da dualidade. Se o ego quer nos tirar “das alturas divinas”, ele sabe que precisará criar condições para nos derrubar de lá e nos conduzir “às profundezas do inferno”. Por isso, quanto mais tivermos avançado nesta evolução, mais as experiências de “queda” serão dolorosas e perturbadoras. É sempre um choque “sair da luz e cair nas trevas”.

Mas não se assustem sempre se lembrem de que “está tudo certo”. Mesmo vivendo os horrores dos desafios da jornada contra a qual o ego luta sempre, já teremos, dentro de nós, a certeza de que tudo está certo e de que logo sairemos daquele “lugar horrível em que entramos”. É ruim mesmo entrar nestes buracos sombrios, mas devemos sempre aceitar e, corajosamente, nos dizer: bem, é aqui que estou neste momento? Estou vivendo estes horrores e estou num pânico do qual não consigo me livrar? Ok, então eu aceito! Vou aproveitar para viver esta experiência com consciência e conhecer um pouco mais de meus conteúdos do inconsciente, vou me acolher amorosamente neste momento, para viver o que preciso viver, mesmo que tudo esteja intensificado pelas sabotagens do ego.

Esta atitude, fortalecida com a aceitação de que “assim é neste momento”, fará com que passemos de um estado de perturbação a um estado mais suave, perdendo a gravidade aos poucos. Conseguiremos ver, saber, sentir e perceber muitos de nossos conteúdos, poderemos acessar conscientemente vidas passadas e uma infinidade de outras informações e possibilidades. Isto nos conduz suavemente “para cima”, ao retorno do equilíbrio e, se perseverarmos e aceitarmos poderemos voltar ao “estado de graça” que já alcançamos em outros momentos. O próprio ego conseguirá perceber que sua sabotagem está fazendo mal para ele, obviamente. Ele já não quer mais passar por tanta dor, está cansado, machucado e é levado a considerar que sua resistência cria e gera muita dor e sofrimento extremo, assim poderá perceber que vale mais à pena tentar se entregar um pouquinho que seja para alma, a ter que viver uma vida de frustração, fracasso e tormento. Este processo será longo, pois o ego não se deixa envolver e conduzir facilmente, ele sempre reagirá e criará situações errantes e dolorosas, porque sempre vai querer fazer experiências que provem que ele ainda “está no poder”, ele quer ter a certeza de que se quiser desistir de se deixar conduzir, é só declinar do acordo feito com a alma e se libertar. Ele vai nos testando para ver se a qualquer momento poderá de verdade retomar o seu ilusório e ao mesmo tempo “real”, poder sobre nós. Nunca podemos confiar no ego, sempre precisaremos estar muito atentos a ele, mas com amorosidade e não tirania, pois ele não aceita esse tipo de condição e se torna rebelde e vingativo, mesmo que sua vingança o destrua também. Tudo isto deixa muito mais claro o quanto somos responsáveis pela nossa cura, para que possamos finalmente desistir de querer o que ego deseja e que nos diz que é bom e adequado para nós, dentro do mundinho limitado e ilusório que ele criou. A responsabilidade assumida neste nível de consciência faz de nós buscadores empenhados em ajudar a todos, pelo simples fato de manifestarmos essa força, deixando nossos “rastros energéticos” como um caminho que outros poderão trilhar, cada um dentro de sua vida e suas condições escolhidas pela alma.

Devemos prosseguir com certeza e confiança, mesmo que também estejamos cheios de dúvidas e sem confiança nenhuma na vida. Pois agora sabemos que é isto que promove tantas oscilações em nossa força e em nossa vida, mas que no final de tudo, sempre resgatamos a força e o poder interno e lá estamos nós, novamente erguidos, firmes e determinados em prosseguir! Não precisamos fazer destas oscilações “eternas” e insuportáveis (só se não aceitamos) um motivo para desistir, mas sim, um ponto de apoio para a certeza de que devemos caminhar e avançar... sempre! É possível, acreditem!

Lembrem-se bem: a ACEITAÇÃO é a essência de toda cura e equilíbrio. Lutar contra o que está nos acontecendo sempre nos leva a intensificar o quadro e a nos paralisar.



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Conteúdo desenvolvido por: Teresa Cristina Pascotto   
Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas.
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