Medo do real comprometimento

Medo do real comprometimento
Autor Teresa Cristina Pascotto - [email protected]
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Provavelmente, você só começou a buscar o autoconhecimento no momento em que se sentiu insatisfeito com sua vida ou passou por situações que o levaram ao sofrimento. Nesta busca, nenhum ego está de verdade disposto a ir além do alívio e da conquista da vida que idealiza. Ele jamais desejará ser conduzido a um caminho que o levará a um comprometimento real com a vida; principalmente, porque isto significa que estará comprometido com o Todo e que tudo o que fizer por si mesmo, de qualquer maneira irá ressoar em benefício de todos.
Com todo o “egoísmo do ego”, ele não quer ter que “se matar” de tanto buscar o equilíbrio e a satisfação pessoal, para ter que dar essa mesma oportunidade aos que nada buscam. Ele acha injusto demais caminhar na jornada do despertar, enquanto os outros ainda “dormem em sua preguiça e alheamento”. A partir de determinados aspectos, o ego “está certo”.
Existem muitas pessoas que nada fazem pelos outros e por si mesmas e estão sempre à espera de que alguém irá lhes proporcionar tudo o que desejam. Existem, sim, os oportunistas e vampiros que estão sempre à espreita de uma grande oportunidade para “arrancar” de alguém, tudo aquilo que tanto se esforçou para buscar e conquistar.
Os invasores e extratores, de verdade, não têm o direito de roubar os “potenciais sagrados” que o outro desenvolveu. Porém, a vida sempre encontra um caminho para equilibrar tudo, mesmo as questões vistas como “negativas”, sempre tem um papel fundamental para o “bem”.
Existem situações em que essa pessoa que busca, quando finalmente tem em suas mãos os potenciais sagrados que conquistou, sente medo, preguiça e/ou covardia e simplesmente “trava”, não utilizando os potenciais sagrados que estão à sua disposição. Isso porque sente medo do comprometimento. Se essa pessoa está com tudo o que precisa para se manifestar de forma “sagrada”, assumindo total responsabilidade e comprometimento em níveis elevados, e não consegue porque algo em seu inconsciente a faz paralisar, então um invasor/extrator torna-se a sua única oportunidade de tomar uma decisão: quer ou não quer assumir o que conquistou?

Se a pessoa está com os “potenciais sagrados” despertados e nada faz com essa dádiva, uma tentativa da alma é fazer com que ela perca o que conquistou com tanto esforço, para sentir o quanto irá sofrer por ter perdido. É apenas uma forma de ajudar a pessoa a fazer a escolha e ter a certeza de que “sim, ela quer assumir seus potenciais, com todas as responsabilidades e comprometimento que isso significa”. Assim, aquele “invasor/extrator” teve um papel fundamental na vida dessa pessoa, “o mal” que ele lhe fez, extraindo e roubando os seus potenciais sagrados, tornou-se um precioso “bem”. (Refiro-me às invasões e extrações que ocorrem nas dinâmicas ocultas do inconsciente).
Neste caso, trata-se de uma situação em que o preguiçoso e cobiçoso “invasor/extrator”, ajuda alguém, sem que saiba. Quando ele invade, extrai e rouba os potenciais de alguém, ele não está nem um pouco disposto a devolver, ele quer tudo pronto e potencializado para que ele apenas extraia e use para seu único beneficio. E ele não facilitará quando o “dono dos potenciais” vier tentar buscar de volta o que ele roubou. O invasor/extrator irá dissimular, se esquivar e lutar para defender o que acha que agora é seu por direito. Ele acredita que se alguém tem poderes divinos e não tem capacidade de usar, isso é muito injusto, pois ele não tem esses mesmos poderes divinos, mas tem a capacidade de usar.
É a velha expressão: “Deus dá asas a quem não sabe voar”. Ele acredita de verdade que foi injustiçado pela vida e que está sempre abaixo dos outros que têm em abundância, enquanto ele está sempre na escassez. Claro que há uma grave distorção de percepção, pois todos carregam em si potenciais divinos que precisam acessar e ativar, à medida que se esforçam por se lapidarem para adquirirem discernimento e sabedoria suficientes para poder então usar os potenciais sagrados de forma adequada. Assim, esse ser que em essência é um “invasor/extrator”, só precisa reconhecer os seus próprios potenciais e ter paciência e disposição para desenvolvê-los de forma sábia, para poder utilizá-los quando tiver perdido essa necessidade de sempre ficar de olho no que o outro possui e passar a olhar para dentro de si, para descobrir e aceitar que ele também carrega potenciais sagrados, dentro de suas necessidades, o que é suficiente para o desenvolvimento de sua missão.

Os preguiçosos que nada fazem e querem apenas receber tudo pronto, vampirizando e abusando dos outros, de verdade, não poderão se beneficiar das vibrações que irão ressoar a partir do que o buscador/conquistador conseguiu manifestar por seus esforços, eles apenas poderão receber a “informação vibracional” se abrirem mão de sua vida confortavelmente preguiçosa. Cada um receberá de acordo com seus esforços e nada será tirado daquele que alcançou seus potenciais sagrados e os desenvolveu e manifestou. Nada é “injusto”, todos têm o direito sagrado de receber os benefícios vibracionais daqueles que, enquanto almas, se propuseram a trilhar sua jornada de forma mais comprometida e, justamente por isso, trouxeram potenciais “mais poderosos” para que consigam estar “à frente” dos demais na jornada, como pioneiros, desbravadores e inovadores, que descobrem sempre novas possibilidades, dentro de tudo o que parece ser impossível a todos. Obviamente que se uma alma escolhe criar possibilidades de ultrapassar os limites que estão tão cristalizados no inconsciente coletivo, ela precisará carregar em si muito mais conhecimentos, sabedoria, capacidades, poderes e potenciais sagrados para poder concluir sua missão com êxito. Assim, por que seria injusto essa pessoa ter tantos poderes e potenciais, enquanto (mantendo o exemplo) o “invasor/extrator” carrega “muito menos” desse “tipo” de potenciais? Cada um tem sua função no Todo, no Grande Plano Cósmico, ninguém é menos do que ninguém, somos todos iguais em capacidades e poderes, mas cada um escolhe sua função dentro deste divino Plano. Enquanto almas, todos compreendem e estão satisfeitos com os potenciais sagrados que trouxeram para sua jornada, mas enquanto egos há insatisfação, o que gera inveja, cobiça e sentimento de inferioridade.

Todos esses jogos dos egos, daquele que “conquista e não quer usar”, daquele que “cobiça, invade e extrai”, daqueles que são os “eternos preguiçosos”, e de tantos outros perfis de condição humana, estes são apenas recursos de defesa que os egos usam para evitarem o comprometimento real com a vida. O “comprometimento real” significa que quando uma pessoa assume esse nível de comprometimento, ela se torna totalmente responsável por tudo o que manifesta. Todas as suas ações e reações, quando chegam a esse nível de consciência reverberam mais intensa e ativamente para o Todo. Ao tomar uma atitude usando seus potenciais sagrados, gera-se uma poderosa frequência vibracional, em oitavas muito superiores às que estamos habituados e isso “mexe” com as pessoas que estão, de alguma forma (por acordos feitos entre as almas), ligadas a ela e isso provoca reações nessas pessoas que reverberam “de volta” para a que manifestou os potenciais sagrados, criando “laços e ligações”, começando assim a criar uma “microegrégora” que está ligada a uma “macroegrégora” que é a matriz que sustenta e potencializa as microegrégoras que vão se formando por todos aqueles que assumem seu papel de “conquistadores/desbravadores” dentro do Grande Plano Cósmico.

Cada vez que uma pessoa avança corajosamente, trilhando um longo e difícil caminho da autodescoberta, que é muito solitário e cheio de medos e dúvidas, ela atinge um ponto de força e poder que a favorece para assumir outro nível em sua “função” no Plano. Seria, para exemplificar minimamente, como receber uma promoção, assumindo um cargo superior e de mais poder e responsabilidade. Para o ego, isto é tentador, porém, isto é de extrema responsabilidade que ele não pretende assumir. Quando a pessoa finalmente alcança esse ponto de força e poder, que naturalmente a coloca exposta ao Universo - que entende que mais um conseguiu alcançar este “nível sagrado”- ela então já está apta a receber as “forças superiores e sagradas” que farão dela um Ser que será muito mais responsável por tudo o que vier a criar, gerar e manifestar. O Universo entende que este Ser que chegou a este ponto está capacitado, pois venceu as inúmeras batalhas criadas por seu ego, “vencendo-o”, mesmo que este ego ainda continue tentando derrubar a pessoa deste nível alcançado, pois o ego tem esse papel, de desafiar a pessoa, sempre “puxando-a para baixo”, para que ela sempre se reorganize e se redefina em sua vontade e prossiga voltando “para cima”. Por isso, quando a pessoa chega a este nível de força e poder, seu nível de comprometimento é ainda maior, o Universo irá "cobra-la" muito mais porque agora ela já “sabe as verdades reais sobre a vida” e não dá mais para se enganar e tentar fazer menos do que realmente é capaz fazer.

Um exemplo desse comprometimento: uma pessoa torna-se um escritor. Vamos supor que este escritor já alcançou níveis mais elevados de consciência e acessou seus potenciais sagrados. Assim, quando ele escreve um livro e o manifesta na fisicalidade, dando aos outros a oportunidade de acessarem as informações contidas no livro, ele inicia um novo nível de comprometimento com o Todo. Não se trata apenas de escrever e atrair leitores. Quando uma pessoa lê seu livro, as informações ali manifestadas acessam o inconsciente da pessoa, ativando-a de alguma forma. Há um despertar, seja de “algo bom ou ruim”. Assim, a pessoa que estava vivendo sonolentamente a sua inconsciência, a partir da leitura de um simples livro, foi ativada em seus conteúdos inconscientes que, agora liberados, começarão a atuar internamente lhe trazendo sensações de medo, raiva, desprezo ou dor, o que irá ressoar em sua vida externa. Minimamente, neste simples despertar, o escritor já se torna responsável por ativar nas pessoas seus conteúdos ocultos, que fazem a pessoa agir e reagir na vida de forma diferente da habitual. Ela já não é a mesma e começará a atuar com o Todo de forma mais condizente com o que sua alma quer. Será mais um a se manifestar provocando e/ou apoiando os outros. Este livro promove uma reação em cadeia, o que lê é ativado e, consequentemente, ativa os outros com suas novas atitudes. Assim, o escritor é cada vez mais responsável pelo que manifestou. Se o livro estimula o lado “cruel” das pessoas, será estimulada a manifestação da crueldade em várias pessoas. Se olharmos em termos de desenvolvimento, isto é excelente, porém as consequências disso são intensas e até mesmo perigosas para os outros, mas, ao mesmo tempo é bom porque os tira da zona de conforto quando se sentem ameaçados. Tudo está correto e tem um sentido divino para ocorrer, mesmo que isto seja a crueldade manifestada.
Se o escritor não estiver consciente disso, sofrerá abalos pelo impacto desta condição. Mas se estiver consciente de que sua ação de manifestar um livro promove a reação nos leitores, estará seguro e fortalecido para que não se abale com as reações e nem com as conexões mentais, pois não estará vibrando densamente para interagir com essa frequência densa da perturbada mente humana. Neste estado elevado de consciência, as conexões serão apenas nos níveis elevados.
Durante sua jornada, com certeza, essa pessoa questionou muito, brigou com “Deus”, sentiu-se injustiçada, explorada e enganada. Não é fácil chegar a esse ponto, é fundamental que a pessoa esteja de verdade consciente e comprometida com a jornada, porque ela irá desejar desistir inúmeras vezes. Somente um firme proposito e determinação é que fazem com que a pessoa prossiga. Claro que a este ponto, para testá-la e ajudá-la, sempre haverá os “vampiros, invasores e extratores” à espreita, desejando arrancar dela, a todo custo, os potenciais sagrados que a esta altura se mostram, pela nova frequência vibracional da pessoa, como um “diamante sagrado”, sendo uma grande tentação para qualquer “ladrão”. Depois de já ter perdido inúmeras vezes os potenciais que vinha desenvolvendo nas fases anteriores, a pessoa já tem consciência de que agora é um momento decisivo e que ela não pode mais deixar que lhe roubem, pois terá muito mais dificuldades para recuperar seus potenciais.

A esta altura, aquele invasor que tem certa “obsessão” por essa especifica pessoa – um invasor/extrator começa a apurar seu “gosto” e já não se satisfaz mais com um “potencial qualquer”, então, quando encontra uma pessoa que está perto de alcançar seus “potenciais sagrados”, ele fica obcecado por ela e deixa até de se interessar pelas outras que perseguia antes e passa unicamente a viver no encalço desta - espera pacientemente pela oportunidade de conquistar seu objetivo. Ele ficará atentamente perseguindo-a e farejando qualquer força e poder mais elevados que esta vier a manifestar, com isso, quando a pessoa que alcança e “possui” seus potenciais sagrados, está mais ameaçada e em perigo do que antes, pois o desespero já tomou conta do seu obsessor/invasor/extrator e agora ele já está disposto a qualquer coisa para obter o que tanto e avidamente deseja. Ele poderá estar agora fissuradíssimo e “enlouquecendo”, pois deixou de focar em sua própria vida, deixando de se ocupar de seu próprio desenvolvimento, porque estava à espera de possuir a “dádiva máxima” para fazer milagres em sua vida. Ele já não se preocupa com o que está acontecendo em sua vida, que poderá até estar desmoronando; está tão obcecado pela ideia de possuir esse “prêmio precioso”, que perdeu o discernimento e está em grave desequilíbrio querendo atacar, talvez até explicitamente, a pessoa, para extrair dela até mesmo “seu coração sagrado”, como se isso pudesse não só lhe trazer poder porque roubou os potenciais dela, mas acredita (inconscientemente) que se extrair mais profundamente a essência da pessoa, como o seu “coração”, poderá então “ser a pessoa” e não somente ter o que é dela. Ele agora quer ser a força e o poder dessa pessoa. Isto é gravíssimo e poderá levar este “invasor/extrator” a um desequilíbrio ainda maior, caso não se dê a oportunidade de tomar consciência disso.

Com todo esse furor do obsessor, a pessoa dos potenciais sagrados sente e sabe que agora não poderá mais vacilar e se distrair, deixando que ele a roube, pois será extremamente difícil resgatar seus potenciais sagrados que estarão nas mãos do obsessor, além do que, ele já está desequilibrado o suficiente para poder atacá-la e agredi-la “vibracionalmente”, o que seria, neste nível de insanidade e poder agressivo que este ser contém, algo muito perigoso para a pessoa que é seu alvo. Isto poderia lhe causar uma grave ruptura em seu estado de equilíbrio psíquico e reverberaria por seus outros corpos, causando sérias consequências ao seu estado geral de “saúde”. Portanto, esta pessoa “sabe” deste perigo e, então, apesar de sentir um grande medo desse compromisso real, não terá outra opção a não ser se comprometer verdadeiramente, assumindo com consciência, a plena responsabilidade por essa escolha.
Se ela conseguir “vencer esta batalha” - contra seus medos e contra o invasor - significará que atingiu um “ponto sem volta” na trilha da jornada de sua alma. Então, o comprometimento vai muito além do que ela poderia ter imaginado, mas também tudo será muito mais simples do que também teria imaginado. Porém, até chegar a este ponto de equilíbrio no comprometimento, ela estará se comprometendo e com medo. Consciente do medo e com o firme propósito de prosseguir, ela terá tudo o que precisa para se conduzir de forma firme, corajosa e continuar a ser a desbravadora que agora atingiu outro patamar.
Aqueles que não têm os mesmos potenciais das almas desbravadoras têm potenciais sagrados suficientes para “ouvirem o chamado e então sentirem e perceberem a existência do lugar de poder” que só é percebido e visto por aqueles que simplesmente acreditam e sentem, em seu coração, as emanações sagradas que esse lugar emana e transmite para os que creem.

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Conteúdo desenvolvido por: Teresa Cristina Pascotto   
Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas.
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