Sem controle, sem competição, sem medo de perder

Sem controle, sem competição, sem medo de perder
Autor Nadya Prado - [email protected]
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Se você acredita que precisa controlar todas as coisas e planejar todos os detalhes de sua vida, provavelmente deve estar sofrendo muito com essa crença. Tentar estar à frente de todos os acontecimentos que possam ocasionar desordem, dor e sofrimento é estressante. Quanto trabalho para tentar impedir que a vida aconteça naturalmente e que você seja quem realmente é.

Somos inundados por informações negativas sobre a vida e aprendemos a competir, a lutar por sucesso, para estar em primeiro lugar, para não perder. Estimulados a nos proteger contra a maldade que espreita em busca de uma oportunidade para nos arrebatar.

Ter seguro saúde, previdência privada, seguro do automóvel, da residência e de outros bens. Construir muralhas e viver na prisão do medo.
O controle não está somente na necessidade de se prevenir contra um futuro incerto, como também de incorporar uma imagem pessoal que se mantenha sempre íntegra. 

Representar no teatro da vida sua identidade, como um personagem numa experiência surreal, através da qual o ego assume o comando. Seu corpo responde às ordens da mente que, para  manter o controle, está sempre ansiosa . Cria-se uma armadura, endurecendo a musculatura, fechando o peitoral, diminuindo o fluxo respiratório, com a intenção de evitar o perigoso contato com o próximo.

Quem sabe, um sorriso disfarçado, uma polidez mascarada, um papel de vítima ou de justiceiro... Temos vários personagens que podemos utilizar como defesa contra o mundo ameaçador. Moldar o comportamento e se “armar” para cada acontecimento, sendo aquela pessoa “ideal” e controlada, que sabe interpretar o papel que lhe é exigido.
 
Pense em ter que usar uma roupa que não lhe cabe, sapatos apertados, uma máscara no rosto. Quanto incômodo isto lhe causa?
Lembre-se de um primeiro encontro com alguém especial para o qual você procurou mostrar o melhor de si. Pode ter sido em uma entrevista de emprego ou num encontro amoroso. É compreensível querermos mostrar o melhor de nós, porém, até quando conseguimos manter esse papel, que não corresponde ao que realmente somos?
Desde a infância somos induzidos a controlar. Não faça isto, não diga aquilo, não se sente assim, não, não e não... Então, não queremos ser repreendidos. Precisamos do amor e da aprovação das pessoas.

O medo de errar, o orgulho, traumas de vidas passadas também ocasionam essa obsessão por controle. E quando o perdemos ficamos frustrados, decepcionados.
Existe um “eu” preso dentro de nós que precisa se manifestar e achará um modo de fazê-lo. Temos a dualidade e não dá para esconder o tempo todo, porque quando essa outra parte escapa, ela está com muita raiva e energia acumulada para destruir o castelo de areia que foi construído.

Não temos que ser grosseiros ou darmos ênfase as nossas negatividades. É apenas uma questão de assumir quem somos inteiramente, sem medo de não sermos aceitos e de sofrer.

Na intimidade de nossas relações, o lado oculto começa a emergir das profundezas do ser. Aos poucos, vamos tirando a maquiagem, os adereços, soltando o cinto. A partir desse ponto passamos a querer controlar o outro pela imposição das nossas vontades,. Surgem os comportamentos que ainda trazemos arraigados no espírito. Os vícios mentais, emocionais e de conduta vão substituindo a falsa imagem inicial.
Não há como controlar a vida, as pessoas e a nós mesmos pela intolerância com o que não está do jeitinho que gostaríamos. Sempre serão frustrantes as experiências da vida e a depressão encontrará guarida. É extremamente cansativo e desgastante viver na expectativa.

É uma fixação por se sentir em segurança, causada pela falsa ideia que agindo assim se evita a dor e a aniquilação. Ninguém, em sã consciência, quer sofrer, perder ou deseja morrer, porém, é necessário aceitar o sofrimento, a perda e a morte como consequências naturais da vida e de nosso caminho para o aprendizado espiritual. 

Quando falo sobre o sofrimento, não estou corroborando a crença que “temos” que sofrer. Acontece que ainda estamos num grau evolutivo em que não alcançamos a capacidade de abrir mão do sofrimento.

Quanto a perder, há uma significação muito negativa e deturpada que acompanha a mentalidade competitiva. O paradigma da superação nem sempre é positivo quando não nos ensina a perder. Primeiro, não há nada a perder se tivermos consciência que nada nos pertence. Superar nem sempre é possível no momento presente, e há que se compreender que estamos sob as leis da Natureza e da Espiritualidade. Se você coloca toda sua energia em tentar se superar, você acaba deixando de praticar o autoamor por quem você é agora, no presente.

Competir é como uma corrida em que somos obrigados a participar e a torcida quer que a gente ganhe. Você “tem que” correr e se superar... E se eu não quiser correr? E se eu não gostar de competir? E se eu não pensar como você?

O medo é sempre o indutor do falso controle que almejamos. É um sentimento que entra em conflito com o mundo e as pessoas. O medo não confia em ninguém, muito menos em si mesmo. Superar o medo, sim, é um ótimo exemplo a seguir.  

Ficamos paralisados na energia negativa do medo e a mente não consegue nos trazer para o presente. Ela fica na ansiedade do futuro, em “ter que fazer”, “ter que ser”, “ter que vencer”.

É preciso aceitar a vida, o outro e a si com receptividade, amorosidade, entendendo que estamos todos no mesmo “barco” e sujeitos aos erros, às limitações e  adversidades que nos fazem crescer, evoluir. Confiar mais e vivenciar o agora sem tanta preocupação e expectativas.  A superação ocorre naturalmente, porque não nos sentimos perdedores, não temos que competir. Eu não tenho que ter o melhor emprego, o marido ou namorado perfeito, a família de propaganda de margarina, eu não sou super-herói.

Não há como experimentar o prazer, a paz, a felicidade se não houver entrega. Substituir o medo pela coragem para abrir os braços, fechar os olhos e sentir integralmente a vida.

O espírito imortal encontra na vida a oportunidade da finitude de seus sofrimentos, de suas mazelas. Ela nos oferece o momento presente para o milagre da transformação íntima.

O controle e o excesso de planejamento, a competição e o medo de perder impedem a manifestação criativa capaz de romper com as limitações que o espírito traz como sombras que o acompanham.

Relaxe, deixe que as manifestações do Criador lhe toquem os sentidos. O sopro do vento, o calor do sol, o toque da chuva, as cores da natureza, a presença Divina que lhe envolve o cerne e inspira o amor.

Inspire profundamente e agradeça a presença de seu “eu superior” que só é notado quando a mente egoica silencia  e abandona o controle!

Seja Amor!

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Conteúdo desenvolvido por: Nadya Prado   
Psicoterapeuta Transpessoal Técnica Naturopata, com extensão em Psicopatologias Psicanalíticas e Psicossomática Contemporânea., estudiosa dos estados alterados da consciência e transtornos psicológicos, inclusive mediunidade transreligiosa. Atendimentos online no skype Informações e agendamento envie email para [email protected]
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