A escravidão interior!

A escravidão interior!
Autor Paulo Salvio Antolini - [email protected]
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Pessoas se agitam e se rebelam frente a tantas normas e regras que a sociedade impõe. Pode isso, não pode aquilo, algo mais tem que ser consultado, enfim, uma infinidade de possíveis bloqueios e inibições de vontades, com poucos “é possível” que atordoam qualquer um.
Sensação de se estar acorrentado, preso a pontos que não possibilitam o avançar, o desenvolver-se, o crescer. Mas há uma percepção distorcida em tudo isso, mesmo sendo reais as citações acima.

O que não permite o avançar, o crescer, não está nas limitações externas, mas na escravidão interior estabelecida por cada um dos seres humanos. Não importa que tenha sido adquirido em período de formação, quando da infância e juventude. Importa que agora, adultos, pertencem a si mesmos e pode ser alterado se houver a disposição de se enfrentar essa batalha interior.
O ser humano está escravo de seus próprios medos, culpas, pecados, remorsos, ressentimentos, magoas, tristezas, frustrações, incompreensões, ingratidões e muitos outros sentimentos e emoções vividos e mantidos acesos no decorrer de sua existência.
É comum em consultório a pessoa dizer que está refém de sua situação financeira, que tem que se submeter ao que está vivendo porque não pode manter-se só. Se isso for verdade ela está dependente de algo externo a ela. Porém, só terá um pequeno fundamento se ela colocar como requisito viver nos mesmos padrões de conforto e bem-estar que a relação, embora conflituosa, permite-lhe.

Observe que os elos da corrente são internos. Não abrir mão de situações materiais: imposição interna. O argumento é não sair para uma condição pior materialmente do que a que está vivendo. Quem realmente quer a libertação de situações que lhe sufoque rompe esse elo, ou seja, liberta-se de suas insatisfações e vai à luta, mesmo que isso signifique recomeçar do princípio, ou como se costuma dizer: de baixo novamente.
Pessoas constantemente tristes. Raro a que está vivendo uma situação presente que justifique tal estado. A grande maioria está trazendo consigo dia após dia o que já foi vivido há muito e que ainda não se conforma com o que já nem existe mais; a não ser dentro delas, pois estão mantendo isso aceso, vivo.

Romper os grilhões internos, eis o caminho. Onde há culpa, coloque responsabilidade. Responda pelo que fez se é que fez. Onde há pecado coloque o aprendizado, pois pecado é o ter feito o que não deveria, com consequente mal-estar gerado pelo erro. Onde há remorso, viva o arrependimento responsável, não fique se punindo. Ressentimentos, mágoas, tristezas podem ser jogadas fora pela compreensão de que nunca tudo será como se acha que deve ser, portanto, também as frustrações serão diminuídas, pois as expectativas estarão em cada um, não mais nos demais. Incompreensões e ingratidões fazem parte do viver. Para eliminá-las é necessário apenas não ficar querendo que todos lhe aprovem ou reconheçam o que você é ou faz.

Tornar-se livre é mais que um exercício diário. É a manifestação do autoconhecimento e responsabilização total de seus atos, vontades e desejos. É o transitar por todas as regras e normas da sociedade sem a opressão interna que tanto nos sufoca.
Muitos que assim já vivem são considerados como irresponsáveis, até mesmo como desqualificados morais, embora nunca tenham deixado de cumprir com seus compromissos assumidos ou desrespeitado qualquer pessoa. Alguns se sentem desrespeitados por não sentirem que possuem poder sobre o outro.
Mas se um elo da corrente for tão importante que não se quer rompê-lo, é um direito e, portanto, uma opção. Assumir significa não se sentir preso, não ficar reclamando ou se achando infeliz. Não dá para querer ficar dentro de uma piscina e se queixar por estar molhado. Verifique o quanto você está fazendo isso em sua vida.
Em uma corrente externa, quanto mais elos se retira, mais curta ela fica. Em correntes internas, um elo retirado amplia o diâmetro dos que permanecem, fazendo com que os limites sejam ampliados, dando maior liberdade de movimentação!

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