O respeito às diferenças!

O respeito às diferenças!
Autor Paulo Salvio Antolini - [email protected]
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Aceitar o outro como ele é. Sempre escutamos isso. Para muitos, a prática desmente a consciência do dito. Ou é como queremos que seja ou está estabelecido o embate, verdadeira troca reciproca de hostilidades e ofensas. Outras vezes no lugar do embate ocorre o afastamento, a “cara feia” e o mau humor estabelecido. O que foi dito por um não foi bem recebido pelo outro e não foi agressão, acusação ou ofensa. Foi apenas a manifestação de uma opinião.

Ele, alegre, brincalhão, muito simpático com todos, porém avesso às discussões. Toda conversa que caminhasse para algo mais sério e que demonstrasse divergência de opiniões fazia com que se refugiasse no silêncio e permanecesse totalmente calado. Ela, também alegre, simpática e com muita vontade de vida, não deixava nada passar. Qualquer situação que demonstrasse não sintonia tinha que ser discutida. Casados há vários anos e com um sentimento muito forte um pelo outro, os conflitos estavam aumentando a cada dia.
Dois amigos conversando sobre determinado assunto, um deles expõe sua forma de pensar a respeito e foi o suficiente para que o outro se sentisse ofendido, pois dizia respeito há algo do qual estava envolvido. Foi o fim da conversa, o estabelecimento do mau humor e recolhimento de quem recebeu o comentário. Durante todo o restante do encontro ficou isolado e com participações lacônicas.

O que gera uma diferença sobre um mesmo fato ou situação? A percepção. Cada um percebe a mesma coisa de forma diferente, peculiar. As experiências vividas, os conhecimentos tidos, as emoções despertadas dão a subjetividade às percepções.
Tenho observado que nem sempre os conflitos ocorrem por percepções distorcidas. Por exemplo, ao falar da cor forte de uma roupa, o outro recebe como a cor é feia. O comentário apenas falou de que a cor é forte, não disse que é feia, nem mesmo que seja inadequada. Em grande parte das vezes ocorre pela não aceitação da forma como o outro percebe.
Percepções diferentes enriquecem nosso horizonte. Poucos entendem a riqueza que isso propicia. Vamos brincar com um exemplo simples?
Ela coloca um vaso com sua planta favorita na entrada de sua casa, que é também garagem. Está feliz, pois sempre que chegar será uma das primeiras coisas que irá ver. Vamos descrever as várias percepções. Chamemos as pessoas por números, para diferenciá-las.
A “um” passa e nem percebe o vaso.
A “dois” ao vê-lo exclama “que lindo vaso”.
A “três” ao passar por ele diz que está precisando de água e mais terra, não está bem cuidado.
A “quatro” reclama que o vaso está em lugar impróprio, pois atrapalha a passagem e diminui o espaço de manobra do veículo.
A “cinco” se encanta com a tonalidade do verde, sugerindo sua colocação em um canto da sala.
A “seis” ao ser questionado responde: “para mim tanto faz”.
Ela, a dona do vaso pode receber essas percepções de várias formas. Se reativa, irá se indispor com a “três” e “quatro”. Ficará incomodada com a “um” e “seis”, que se colocaram indiferentes a algo que para ela é importante e se sentirá acolhida apenas pela “dois” e um pouco pela “cinco”, que tinha que dar palpite. Ela considera os “contrários” como opositores. Trata-os como contendores.
Se ela for proativa, irá verificar se realmente a planta necessita de mais cuidados, verificará se há outra posição para melhor aproveitamento do espaço e não se incomodará com as percepções ou não percepções, pois o importante é que ela gosta de plantas, está cuidando delas e nem por isso desconsiderou o que foi dito pelos demais.
Muitas vezes aqueles que possuem opiniões diferentes ou mesmo contrárias são considerados chatos, porém, são os que nos fazem enriquecer em nossas ideias. Pensem nisso.


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