O canto da sereia!

Autor Paulo Salvio Antolini - [email protected]
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Em um mundo onde cada vez mais os relacionamentos em todos seus aspectos, afetivo, social, profissional estão sendo canalizados para os meios virtuais, inclusive a busca de se ganhar a vida através deles têm sido cada vez maior, como se fosse possível colher sem plantar, processar insumos sem produzi-los, mais e mais pessoas estão vivendo um mundo de ilusões, onde muitos já colhem os frutos da desilusão, e outro tanto está a caminho dessa colheita.
O Budismo diz: “Não se iluda para não se desiludir”, mas apenas uma minoria busca refletir sobre o verdadeiro significado do dito. Basta olharmos os orçamentos bilionários gastos em propaganda e marketing em todos os setores, inclusive religiosos. O porquê disso? Apenas para atrair multidões, que acreditarão no que é pregado e como retorno gastarão além até de suas posses.
Vejam quantas pessoas estão com seus CPFs bloqueados. Quando de uma compra parcelada necessitam “emprestar” o nome de alguém. Pessoas que acreditaram que conseguiriam honrar o compromisso assumido e se negaram a olhar um simples calculo: “entrada e saída” de dinheiro. Verdadeira ilusão alimentada pela aparente baixa parcela.
Vejam os investimentos do poder público em divulgar seus feitos, porém não realizados apenas para atrair mais votos e poderem se fixar nas funções públicas, e o povo ficando apenas nas promessas. O gasto milionário de candidatos para se elegerem, acompanhado de afirmações de puro interesse despretensioso de ajudar o próximo quando lá estiver.
O canto da sereia tem o sentido de algo que atrai por parecer bom, mas é ruim. Segundo os gregos, as sereias eram entidades lindas, meio mulheres, meio peixes que habitavam o mar e de lá atraiam os marinheiros e pescadores com suas belas canções, até que eles fossem até elas para serem mortos.
“Ele está encantado pelo canto da sereia” é uma expressão de uso comum, sempre que se quer dizer que alguém está iludido por algo. Está predizendo que esse alguém vai “quebrar a cara” se insistir nisso que está a acreditar.
Quantas vezes você já disse “não era tudo aquilo que parecia ser”, após realizar algo tão desejado e terminar com uma sensação de falta, de frustração até? E mesmo tendo verificado tudo que lhe foi oferecido e ter encontrado consistência no que lhe foi apresentado, no acontecimento foi diferente.
Empregos mirabolantes, tanto que chama a atenção, conquistas de ganho fácil, só é preciso investir uma média quantia, é lógico, pois não vai querer ganhar muito sem colocar antes um pouco. Também cabem aqui o trafico de pessoas e exploração da prostituição, em todas as faixas etárias, pois as pessoas foram atraídas por um mundo de vantagens. Pura ilusão.
O que alimenta esse raciocínio que justifica o acreditar nessas ilusões é o não aceitar a própria condição de vida e saber que se quiser vencer, terá que “dar duro”, batalhar. Importante destacar que ser otimista e entusiasmado com as situações não tem nada a ver com pessoas que se deixam levar pelo “canto da sereia”. As primeiras olham seus objetivos com determinação e sabem que terão que lutar para realizá-los, sem desanimar pelos obstáculos e dificuldades.
Os “ex-encantados” são facilmente reconhecidos pelo ceticismo, pela apatia frente à vida após as decepções sucessivas que tiveram. Demonstram-se descrentes inclusive pela Proteção Divina, outros, com medo da punição do Alto, dizem apenas serem insignificantes demais para que Deus olhe por eles.
Existem sim oportunidades fantásticas que aparecem na vida das pessoas e devem ser exploradas, abraçadas e aproveitadas. Como distinguir uma da outra? Não há formulas prontas. Há sim o ter consciência do que se está apresentando, o refletir e buscar as confirmações do que é aparente e olhar os históricos do que está a sua frente.
Mesmo assim há o risco. Muito menor, e claro, mas existe. Quantas vezes você achou que não poderia fazer algo, parou para refletir, analisou a situação real e resolveu fazer, obtendo sucesso? Tenha os pés no chão, pois assim saberá voar!


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