O teste do Marshmallow

O teste do Marshmallow
Autor Adriana Garibaldi - [email protected]
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A vida é povoada de tentações, impulsos que nos provocam necessidades fictícias urgentes e um desejo premente de satisfazê-las. Como resistir à tentação?
Desde um simples desejo de nos deliciar com um maravilhoso milk shake, até outras tantas tentações; sejam movidas pela cobiça, ambição, gula, raiva, orgulho etc..

As facilidades muitas vezes se mostram tentações irresistíveis, como se nos deparássemos com uma grande loja onde nos fossem oferecidas promessas de prazer imediato, satisfação instantânea.
Entre quereres insatisfeitos que nos frustram e outros tantos que satisfeitos produzem-nos um enorme desgaste energético ou físico, uma vertigem como aquela decorrente dos vícios da bebida, das drogas ou de toda forma de compulsão ou auto-obsessão.

Pelo impulso de gratificação imediata, a razão perde para o desejo, para o descontrole e a mente fica obstruída por impulsos que parecem nos dirigir.
Não somente desejamos algo, desejamo-lo agora, imediatamente, não importa como, de que forma, não importa a que preço, nem as consequências disso. Temos pressa no desejo, urgência em nos vermos atendidos por aquilo que queremos.

Em 1972, na Universidade de Stanford, nos Estado Unidos, um estudo foi realizado em crianças de quatro anos com o intuito de testar a capacidade das pessoas de adiar uma satisfação. A um grupo delas foi oferecido um delicioso “marshmallow” (um tipo de doce, muito apreciado naquele país) com a seguinte proposta:

Este doce já é seu e você pode comê-lo na hora que quiser, vou sair da sala por 15 minutos, se conseguir resistir por 15 minutos e não comê-lo, ganhará DOIS doces quando retornar.
O que você imagina que aconteceu?
Cerca de um terço conseguiu resistir à tentação durante os 15 minutos e ganhou o segundo “marshmallow”, enquanto dois terços das crianças não conseguiram resistir à tentação e comeram o doce antes do examinador retornar. Sem dúvida, as crianças de ambos os grupos, as mais ou as menos resistentes ao desejo, sofreram bastante com o teste. As que resistiram por mais tempo tinham uma característica estratégica de distrair a tentação, olhando para os lados, ou brincar com o doce imaginando ser uma pedra.
O objetivo dos cientistas era medir quanto tempo cada criança conseguiria resistir ao impulso. Mas também queriam analisar se este comportamento teria algum efeito ou relação com o sucesso delas no futuro, seja profissional ou pessoal.
A conclusão foi que aquelas crianças que conseguiram controlar o impulso de uma satisfação imediata, submetidas à nova avaliação anos mais tarde, descobriu-se que eram pessoas adultas com maior sucesso tanto profissional quanto pessoal.

Quando praticamos o autocontrole, somos capazes de informar ao desejo que somos nós e não ele quem está no controle das nossas vidas.
E você: quanto tempo resistiria ao doce, ou à compra de um bem de consumo, mesmo sabendo-se sem condições de arcar com aquela dívida.
Quanto tempo para se relacionar sexualmente com alguém que nem conhece direito, simplesmente por não consegui resistir à tentação que essa proximidade lhe provoca?
Quanto tempo será capaz de continuar na dieta que iniciou, na segunda-feira, e na terça já está adiando para a próxima semana porque, afinal, hoje teve um dia estressante e precisa de uma gratificação imediata como um pote de sorvete ou uma travessa de brigadeiros.
Uma compensação que não pode ser adiada nem para amanhã, nem para domingo... É para Hoje!!

Na Carta aos Coríntios - Paulo de Tarso escreve:
Tudo me é permitido", mas nem tudo me convém. "Tudo me é permitido", mas eu não deixarei que nada me domine.
Realmente tudo podemos: sexo, comidinhas gostosas, uma cerveja com os amigos no final de semana e até ficarmos com raiva ou termos algum surto emocional vez ou outra. O que não podemos é que situações como essas nos dominem.

Não nos deixeis cair em tentação. Em que consiste a tentação a que Jesus se referiu? Sem dúvida a todas as tentações capazes de nos escravizar, perdendo fatalmente o controle da própria vida em função dos desejos.
Isso se chama inteligência emocional, uma qualidade que pode e deve ser adquirida. Autocontrole que promove autoconfiança e empatia, principais atributos de uma personalidade bem resolvida, capaz de despertar a iniciativa e o otimismo em torno de suas ações, proporcionado uma vida mais harmonioso e satisfatória.

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