Jesus e o nosso comportamento

Jesus e o nosso comportamento
Autor Leandro José Severgnini - [email protected]
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O que é ser Cristão para você? A humanidade tem confundido drasticamente o sentido do cristianismo, principalmente, a cultura ocidental que zela muito mais pelos rituais externos do que pelo comportamento interno. A nossa infantilidade espiritual nos faz acreditar que ser Cristão é devotar-se unicamente a figura de Jesus, rogando a todo momento a intervenção divina do mestre em questão, portanto, cometemos o erro de nos apegarmos demasiadamente a questão fenomênica do mestre. Porém, raramente percebemos que a passagem de Jesus aqui pela terra teve um caráter muito mais instrutivo e educacional no sentido de promover a transformação ética e moral dos seus seguidores.

As passagens de Jesus pela bíblia possuem dois aspectos: um dos aspectos refere-se a questão fenomênica de Jesus, ou seja, os milagres que ele teria promovido; o outro aspecto refere-se ao caráter moral do ser humano. Este, infelizmente, é o menos lembrado. Lembramos de Jesus por ter transformado a água em vinho e por ter multiplicado os pães, mas nunca nos lembramos que o mesmo Jesus ensinou a não julgar. Lembramo-nos que Jesus curou cegos, mas nos recusamos a abrir os nossos olhos para as verdades transcendentais exposta nas entrelinhas do Evangelho. Lembramos-nos frequentemente que Jesus teria curado paralíticos, mas nos esquecemos de aderir à sua elevada mensagem para curar a paralisia do nosso estado moral. Dificilmente nos esquecemos que Jesus teria curado enfermos e leprosos, mas como é difícil de lembrar da sua mensagem para curarmos as chagas dos nossos corações.

Caros amigos, peço perdão pela ousadia, mas ser Cristão não é sinônimo de crença, de idolatria ou de apego a rituais impostos por sacerdotes. Não! Ser Cristão, em seu sentido mais amplo, significa que você aceita os ensinamentos de Jesus como os mais sensatos para a sua elevação espiritual, que você fará todos os esforços para agir assim como Jesus agia, que você entende que não adianta rezar e continuar julgando, odiando, maldizendo ou desmerecendo as demais religiões ou doutrinas. Compreenda que Jesus não criou nenhuma religião, pelo contrário, Jesus ensinou o caminho da mais pura religiosidade. Quem criou a religião cristã foram seus discípulos que, apaixonados pelo mestre e no mais infantil dos equívocos, julgaram que a única forma de salvação era rogando a misericórdia do mestre. Paulo de Tarso chega a dizer que “não são as suas atitudes que vão te salvar mas a sua fé”. Óbvio que as nossas atitudes tem um peso importantíssimo sobre o nosso estado de bem-aventurança, caso contrário, porque teria Jesus ensinado a amar o nosso próximo como a si mesmo, a sermos mansos e humildes de coração ou não julgar para não sermos julgados?

É por isso que as doutrinas espiritualistas (inclusive o Espiritismo de Kardec) são essencialmente cristãs – não porque elas vieram ampliar o cristianismo, mas porque vieram ampliar a compreensão humana acerca da inesquecível passagem de Jesus pela Terra. Jesus veio trazer um grandioso tratado moral para nos mantermos em perfeita harmonia com a criação, e qualquer desgosto ou desventura que surgir em nossas vidas é porque em algum momento agimos de modo contrário à essa moral, portanto, perdoem-me pela desilusão que possa causar, mas nada adianta rogarmos a intervenção divina enquanto o nosso comportamento não se afinizar com a moral máxima de “fazer aos outros somente aquilo que eu gostaria que me fizessem”.



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Conteúdo desenvolvido por: Leandro José Severgnini   
Palestrante espiritualista e escritor. Autor dos livros intitulados "Dias de Luta, Dias de Glória", "Liberdade - Nada Menos Que Tudo" e "Em busca do infinito".
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