Respeito, confiança e liberdade na relação amorosa

Respeito, confiança e liberdade na relação amorosa
Autor Camilo de Lelis Mendonça Mota - [email protected]
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As relações afetivas no casamento, assim como ocorre na estrutura familiar de maneira geral, oscilam entre a busca de estabilidade e a necessidade de transformação.
No primeiro caso, verificamos uma urgência por parte do casal de manter o vínculo num estado de permanência, de constante troca de afetos que justifique a busca e a complementariedade do objeto amoroso. Tal estado demonstra como as partes desejam receber do parceiro ou da parceira o mesmo potencial de energia investido.

Por outro lado, uma relação que se queira rígida em seus afetos corre o risco de perder o dinamismo e a força de renovação necessária para que as mudanças possam ser incorporadas no processo. O amor abre mão do prazer para se tornar vítima do poder.

Na busca pela estabilidade, muitas vezes a necessidade de controle, de demonstração de poder, é mais intensa do que o amor vivenciado, gerando situações de ciúme, mentiras, defesas constantes, fugas, conflitos de interesses. Nesse estado, o casal sente a necessidade da transformação, mas não consegue estabelecer o elo que o libertará do círculo vicioso que o controle impõe.

Quando se chega a essa encruzilhada na relação amorosa, é hora de se perguntar a quantas andam o respeito, a confiança e a liberdade que um tem pelo outro. Estes três aspectos podem fazer a diferença quando reconhecidos a tempo, ou mesmo podem ser fundamentais quando se quiser refundar o estado de harmonia do casal em crise.

O respeito envolve a capacidade de cada pessoa reconhecer os próprios limites e encontrar em si mesmo as chaves que abrem ou fecham a porta para o seu sofrimento. Ao reconhecer a própria limitação de seu olhar, procurando ver que a maioria das visões negativas que projeta no outro é fruto de sua própria incapacidade de resolver o problema dentro de si mesmo, o sujeito se abre para a possibilidade de compreender que o seu parceiro ou parceira também tem seus limites e uma história pessoal que engendra outro tanto de projeções e conflitos. Estar aberto à própria Sombra é o início de diálogo com a Sombra do outro e com as luzes que ambas as almas estão vivenciando na relação afetiva.

Ao se alcançar o respeito, por si e pelo outro, o casal pode começar a experimentar a confiança. Muitas das dúvidas que temos em relação aos nossos parceiros se deve à insegurança que temos conosco. Confiar no outro é traçar juntos o rumo de suas vidas. É con-fiar, fiar junto, traçar os fios em unidade para que se possa tecer a roupa que se quer vestir.

É nessa construção de mão dupla que se constroi a liberdade. O casal, mesmo buscando uma relação marcada pela estabilidade, pela confiança mútua, pela fidelidade, deve dar espaço para que a liberdade do outro flua, pois é na liberdade que se desenvolve a criatividade do ser, e que possibilitará a relação perpetuar-se para além dos desejos egoístas de cada um, tornando-se uma unidade harmoniosa, onde cada um dos parceiros sabe até onde pode ir, quando avançar, e quando resgatar o outro para que caminhem juntos, um ao lado do outro.

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Conteúdo desenvolvido por: Camilo de Lelis Mendonça Mota   
Terapeuta Holístico, CRT 42617, Psicanalista, Mestre de Reiki, Karuna Reiki, Terapeuta Floral. Atendimento terapêutico em Araruama-RJ, São Pedro da Aldeia-RJ e Saquarema-RJ com hora marcada Tel. (22) 99770-7322. Visite também o site www.camilomota.com.br
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