Na paz do coração, para lidar com o medo

Na paz do coração, para lidar com o medo
Autor Teresa Cristina Pascotto - [email protected]
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Vou falar do medo e do pânico, pois é alarmante o número de pessoas que estão vivenciando estados de pânico consciente ou inconscientemente, no momento atual. A maioria faz de tudo para negar e controlar essa realidade e é justamente isso que está fazendo com que o pânico tenha se intensificado na humanidade. É quase como algo contagiante, por ressonância. Não há contágio real, obviamente, mas se alguém faz de tudo para evitar entrar em contato com sua realidade interior de pânico, aprisionado e negado em seu inconsciente, ao entrar em contato com alguém que “está em crise de pânico” ou vivenciando a síndrome do pânico, por ressonância, a pessoa em negação, acaba sendo tocada por essa frequência de pânico que alguém perto dela está vibrando ou que a humanidade está vibrando, e ao ser tocada nessa frequência, seu pânico negado e oculto, é ativado e aflorado. Infelizmente, “é tempo de medo e pânico” geral. Alguns ainda “estão rindo à toa”, como forma de negação e alheamento, outros ainda conseguem se manter inconscientes e iludidos, outros estão buscando se entorpecer de variadas formas e até mesmo com drogas e álcool, mas uma grande e assustadora maioria, está “morrendo de medo do medo” que carregam dentro de si e que já não conseguem mais evitar e controlar, e por isso, estão ruindo, quebrando, entrando em pânico.

Mesmo diante de situações de conflitos, internos e externos, é possível entrar em um processo de aceitação dos fatos e entrar em sintonia com as forças sagradas do seu coração, acomodando-se na paz que há no coração. Falo coração como um lugar sagrado dentro de nós, um espaço onde somente aqueles que têm coragem podem entrar e ficar confortavelmente acolhidos nesse lugar de luz, amor e poder. É na paz do coração que encontramos todas as forças, poderes e coragem para enfrentarmos aquilo que estiver nos acontecendo, tanto no que diz respeito às situações difíceis da vida em si, como também no que diz respeito às situações difíceis que criamos ou vivenciamos internamente. Muitas vezes as situações da vida não são tão difíceis de serem vivenciadas e resolvidas quanto nosso ego faz parecer, são as condições de caos interno que o ego cria que nos levam a crer que estamos diante de situações graves. A maioria das pessoas já está tão acostumada a paralisar (sem perceber) de medo diante de situações corriqueiras de vida - mas que seus egos faz parecer que são aterrorizantes -, que acabam se acostumando a essa sensação de pânico, e já nem percebem o pânico, pois se anestesiam e toleram demasiadamente essa condição, e nem percebem o quanto estão saturadas dessa energia-consciência de medo.

Somente quando a demasiada densificação e saturação energética da experiência de pânico inconsciente chega a um ponto extremo, onde a pessoa já está intoxicada de forma grave com essas energias, é que a maioria das pessoas percebe que há um quadro grave dentro de si que, para muitos, chega ao transtorno do pânico. Não necessariamente a pessoa “tem” a síndrome do pânico, mas por viver a vida toda controlando e contornando as sensações de medo e pânico que sentiu durante sua vida, é que chega a um ponto em que o acúmulo dessa energia de pânico se torna gravemente tóxica, fazendo então com que a pessoa, que nunca sentiu conscientemente ou nunca percebeu sensações internas e até mesmo corporais indicando manifestação de medo, passe a sentir sensações aterrorizantes de pânico.

Na verdade, estas sensações sempre estiveram presentes em sua vida, mas como já disse, por alheamento, anestesiamento ou controle, a pessoa conseguiu atravessar sua vida sem se dar conta do acúmulo destes medos, que são sensações de insegurança e impotência diante de determinadas situações de vida. Neste ponto em que a pessoa chega, de não conseguir mais fingir que não sente nada, ela já está sem nenhum controle sobre si mesma e, como uma enxurrada, o medo eclode, ou explode, vindo à tona com toda a força, trazendo consigo todas as sensações mais assustadoras e paralisantes do medo, o verdadeiro estado de pânico toma conta da pessoa. Aqui, a pessoa que sempre se controlou e se anestesiou, acredita que “está em pânico do nada”, ela não consegue entender por que, de um momento a outro, simplesmente se tornou medrosa, fraca e impotente. Tudo isso já estava se avolumando dentro dela, e seu ego, sempre no controle, fez arranjos e mais arranjos para se esquivar dessa realidade. Só que tudo tem um limite e o excesso de medo e pânico que a pessoa negou a vida toda, ao chegar ao ponto máximo de saturação, intoxica a pessoa em todo o seu ser. Isto é providenciado pela sua alma como forma de fazer a pessoa se dar conta de que tudo em sua vida foi movido a ilusões. Tudo o que criou em sua vida, foi a partir das manipulações de seu ego, contornando a vida para se esquivar de tudo o que lhe colocasse de encontro com as responsabilidades assumidas por sua alma para esta existência. Com tantas manipulações, dissimulações e manobras, o ego, sempre fugindo de tudo o que o pusesse diante dos medos da vida, apesar de ainda assim sentir alguns medos, fez com que uma “bagunça generalizada” acontecesse na mente da pessoa.

O ego, dominando a mente, foi criando um caos interno e, para cada situação caótica, ele foi criando outros recursos para fugir ou arrumar o caos. O resultado é que o caos geral ocorreu e, junto com ele, o ego se viu impotente e incapaz de controlar como sempre fez e o próprio ego entrou em pânico. Quando isso ocorreu, o pânico aprisionado há anos no inconsciente da pessoa, aproveitou para escapar e vir à tona, dando vazão ao excesso de energia condensada, saturada e extremamente tóxica. Obviamente, que neste contexto a pessoa sente toda a expressão da síndrome do pânico. Tudo o que esta síndrome traz em termos de sentimentos e sensações internas e corporais, se manifestam de forma avassaladora. Mesmo que a pessoa recorra a medicações alopáticas para tratar a síndrome do pânico (acompanhada logicamente de angústia, ansiedade e depressão), ainda assim, as sensações são extremamente assustadoras e não desaparecem facilmente. Não somente pelos sintomas do pânico em si, mas justamente porque não consegue controlar o pânico e suas terríveis sensações. Foi justamente por causa do controle, durante toda a sua vida, que tudo se acumulou, até essa explosão.
Pessoas que naturalmente sentem medo e “entram em pânico” facilmente durante sua vida, se e quando chegam a ter um estado de síndrome do pânico, conseguem lidar melhor, apesar de não ser nada fácil e não ser nada agradável sentir o que o pânico traz. Mas como sempre sentiram medo e perceberam seus medos, e aprenderam a lidar com essa realidade, são então mais fáceis de serem tratadas e curadas. O grande problema do pânico é quando ele explode no ego extremamente autocontrolado, pois o fato de não conseguir controlar e, ao mesmo tempo sentir sensações tão desesperadoras como as do pânico, leva esse ego a “entrar ainda mais em pânico”. Esse tipo de ego não aceita que algo está acontecendo de tão avassalador, sem que ele possa controlar. A não aceitação da realidade que agora se manifesta piora o quadro de pânico. O ego não aceita e ainda tenta controlar o que agora é totalmente incontrolável. Este ego, se busca ajuda terapêutica adequada, será orientado a aceitar o fluxo do pânico que agora está se manifestando. Obviamente que este ego entenderá o significado disso, mas ainda assim, tentará encontrar um jeito de “aceitar, mas controlando o fluxo do pânico”. Impossível! Isto leva a pessoa a entrar ainda mais em desespero e grave sofrimento e, consequentemente, tem mais crises de pânico. Esta pessoa entrará em depressão profunda, devido a angústia que toma conta dela. Sentirá angústia por não ser mais aquela pessoa forte que achava que era. Aquela pessoa que era antes, sentia alguns medos e, ainda assim, se sentia corajosa para enfrentar seus medos. Mas eram apenas os medos corriqueiros da vida e essa pessoa não sabia que na raiz de cada medo corriqueiro, havia um pavoroso pânico se vinculando e se avolumando, a cada vez que ela fingiu que era apenas uma “situaçãozinha corriqueira” e passou por cima de seu medo, sem lhe dar atenção, jogando diretamente através das raízes dos medos corriqueiros, a potencialidade do medo negado e do pânico que muitas vezes ocorreu juntamente com os medos corriqueiros. Nesse processo de negação, essa pessoa não deu atenção ao agravamento dos medos e criou ilusões para distrair sua mente e fingir que nada estava acontecendo.

Perceba que é justamente o fato de a pessoa ter se distraído, ter disfarçado suas sensações de medo, para continuar negando suas fragilidades e até mesmo fraquezas humanas, como o medo consciente, que esse tipo de pessoa em negação do medo real acabou se lançando nesse cenário de pânico intenso que agora experimenta. E se ainda não experimente, com certeza está prestes a experimentar... Quanto mais essa pessoa tenta falsamente aceitar o pânico, como forma de controlar o pânico, mais ela entra em pânico. Naturalmente, isso a leva a um enfraquecimento generalizado, tanto físico, quanto emocional, mental e espiritual. Esta pessoa fica em ruínas, ela “se quebra inteira”. Toda aquela falsa força que construiu para enganar a si mesma e ao mundo - a falsa força, do falso autossuficiente -, simplesmente acaba ruindo, a pessoa cai, se perde, se desespera e enfraquece de uma forma grave. Esta pessoa começa então a se recolher do mundo, a evitar enfrentar situações simples de vida, que antes vivia naturalmente. Ela começa a ser totalmente intolerante a tudo e a todos. Ela também fica muito mais sensível às energias do mundo, o que significa que potencializa sua intolerância ao mundo levando-a a certa fobia social. Não que ela tenha essa fobia, mas ela está muito sensível e o mundo vibra dor, medo, sofrimento, malignidades gerais, então a pessoa, agora frágil, fraca, deprimida, angustiada e em pânico, não consegue praticar suas atividades normais. As que precisam trabalhar para sua sobrevivência, sofrem um pouco mais, pois não podem simplesmente se recolher em seu lar, precisam continuar enfrentando a vida. Mas seu sofrimento é intenso, tudo o que antes era simples para elas, agora se torna um tormento, tudo o que querem é poder “se esconder” e se isolar do mundo. Porém, o fato de precisarem sobreviver, força-as a continuar enfrentando a vida e isto é bom, pois o enfrentamento da realidade, sempre leva mais rapidamente à cura.
Mas aquelas que não precisam trabalhar, porque de alguma forma têm seu sustento garantido, acabam se beneficiando pelo fato de não serem obrigadas a enfrentarem o mundo, mas potencializam a covardia e a preguiça... e o pânico futuro. Estas, por não precisarem ir para o mundo, acabam conseguindo, de certa forma, mascarar a força do pânico que experimentam, por não terem que enfrentar as pessoas fora de suas casas, ou enfrentar minimamente, acabam não sentindo tanto as sensações do pânico. Porém, isto é extremamente prejudicial, pois significa que seu ego ainda consegue ter certo controle, mantendo a pessoa iludida de que está tudo em ordem dentro dela. É justamente neste tipo de pessoa que algum fato corriqueiro, quando ela está distraída, que uma extrema crise de pânico poderá acontecer.

Esta crise virá de forma bastante prejudicial, mas funcional por conta da realidade que agora aflora para ser percebida e tratada, pois a negação a levará a um quadro ainda mais grave e, dependendo do caso, de forma irreversível no sentido de essa pessoa ter que passar a vida tomando remédios psiquiátricos e ainda assim não conseguir mais se estabilizar. Atendo pessoas que chegaram a esses estados que citei. As que tem sua sobrevivência garantida, por mais que eu diga para elas qual é o quadro real dentro delas, onde até mesmo indico que se consultem com um psiquiatra, são as mais resistentes. Muitas preferem se enganar, pois como não enfrentam o mundo, não sentem o poder do pânico que está avolumado dentro delas. O cenário a seguir é sempre de muita gravidade. Quando então algum fator corriqueiro “aperta o gatilho do pânico”, elas paralisam e entram em um quadro muito grave mesmo. Mas são escolhas...

Existem ainda aqueles que são os mais resistentes e que mesmo sentindo alguns indícios de medo, angústia, depressão, ansiedade e pânico acontecendo dentro de si, continuam acreditando que vão superar, de forma ilusória. Continuam fazendo “mil terapias que prometem milagres” – aqueles que tem uma condição financeira adequada para isso -, continuam acreditando que vão encontrar a cura na espiritualidade ou nos “remédios” energéticos, ou seja, continuam controlando e se enganando. Eu afirmo a verdade para elas, e muitas vezes o Mentor Espiritual da pessoa me pede que fale em nome dele e seja específica na orientação, dando a informação precisa de que a pessoa precisa buscar ajuda psiquiátrica e precisa de medicamento para depressão e pânico, mas ainda assim, este tipo de pessoa se recusa a aceitar a realidade – normalmente, os seres humanos que tem a essência reptiliana ou draconiana, dentre tantos outros, são mais teimosos e até mesmo arrogantes, acreditando que terão o poder de se curarem, sem ajuda de forças manifestadas na matéria, como os divinos remédios psiquiátricos que, muitas vezes, são o que essas pessoas precisam -, resiste e insiste em prosseguir sem apoio material – remédio – e o cenário que se segue, é que essas pessoas acabam chegando “à beira da loucura”, pois quando, em sua arrogância, acreditam que resolverão esses “medinhos e tristezinhas” com seu poder mental e espiritual, ao depararem com um fluxo brusco de angústia, depressão e pânico que eclodem diante de uma situação de vida, são os que mais se prejudicam, pois continuam a lutar e a se debater contra a realidade, e o quadro fica agravado. Diante destas descrições, acredito que muitas pessoas podem ter se identificado com essas condições, em maior ou menor intensidade. Em qualquer uma dessas situações, seja sentindo medos gerais da vida, ou entrando em pânico, um poderoso recurso é sempre a aceitação.

Quando a pessoa aceita o que está acontecendo dentro de si e se observa, se acolhendo e se recolhendo em seu coração para ser um observador cuidadoso, atento e amoroso, ela encontra forças para sentir tudo o que precisar sentir, para se compreender melhor, para se perceber, para assumir uma possível condição de pânico e, assim, na paz de seu coração, será verdadeiramente “a força do amor” que aceita, que se acolhe, que assume sua realidade e que se dá o apoio necessário para viver aquilo de mais terrível que estiver a lhe ocorrer internamente. Na paz do coração, a pessoa poderá ter uma crise de pânico e ao mesmo tempo será a força que se apoia e se assiste. Ao ficar tranquilamente em comunhão com seu coração, a crise de pânico, angústia ou depressão acontecerá diante de uma parte da pessoa que é força, amor e poder, e esta parte leva a pessoa a liberar as energias mais dolorosas que ela estiver vivenciando e, por isso, o fluir dessas energias de dor, será suave e libertador. Somente na aceitação, com a coragem de entrar em contato com a realidade que há dentro de você, é que conseguirá superar seus piores temores. Mas mesmo entrando na paz do coração, a pessoa poderá entender que precisará de ajuda médica, terapêutica e, muitas vezes, medicamentosa. Os medicamentos são dádivas divinas manifestadas na matéria. Se somos humanos e se nessa condição criamos doenças, obviamente que em determinadas situações, precisaremos recorrer a recursos da matéria. Afinal, para que existem tantos divinos pesquisadores e cientistas em busca da cura para os males humanos? É arrogância negar a funcionalidade e a divindade que os medicamentos nos trazem.

Se depois de buscar tantos caminhos alternativos de cura, a pessoa se depara com uma doença grave, não há como negar a necessidade de recursos da matéria. Até mesmo nos processos de autoconhecimento profundo, muitas pessoas, justamente por terem se aprofundado tanto, estão mais encorajadas para lidarem com o que seu ego sempre negou e ocultou profundamente em seu inconsciente, suas fraquezas, impotências e, quem sabe, seu pânico.

Assim, além de prosseguirem em seus caminhos de autoconhecimento e caminhos espirituais, deverão também, em alguns casos, se valerem dos divinos recursos manifestados na matéria, que são os medicamentos alopáticos. Um exemplo disso é o câncer. Por mais que a pessoa tente buscar a cura de formas alternativas e espirituais, muito provavelmente, ela chegará à constatação de que terá que se submeter aos recursos da matéria, que inclui cirurgia, quimioterapia etc.. Saia da arrogância e do medo de descobrir que você tem medo da vida e mergulhe profundamente dentro de si e deixe fluírem as energias que sempre nega. Permita-se constatar sua realidade e então peça orientação divina para que busque e encontre os caminhos de cura verdadeiramente adequados para você. Medite mergulhando na paz do seu coração e tudo virá a você, a verdade de tudo o que você “tem” e de tudo o que precisa em termos de recursos de cura.

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Conteúdo desenvolvido por: Teresa Cristina Pascotto   
Atuo a partir de meus dons naturais, sou sensitiva, possuo uma capacidade de percepção extrassensorial transcendente. Desenvolvi a Terapia Transcendente, que objetiva conduzir à Cura Real. Atuo em níveis profundos do inconsciente e nas realidades paralelas em inúmeras dimensôes. Acesso as multidimensionalidades Estelares. Trago Verdades Sagradas.
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