Quem foi você em vidas passadas?

Quem foi você em vidas passadas?
Autor Flávio Bastos - [email protected]
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As regressões de memória, realizadas por terapeuta habilitado e preparado, servem para acrescentar importantes informações ao processo de autoconhecimento da pessoa e para obter respostas vinculadas à dor psíquica ou física que é o principal objetivo desta técnica associada à psicoterapia.

A informação advinda desta busca, relacionada à identidade da pessoa, torna-se importante à medida que reforça aspectos comportamentais, sejam positivos ou negativos e que são reproduzidos na vida atual.

Costumo dizer aos meus pacientes, que "somos a consequência do que fomos", ou seja, dados pessoais como nome, nacionalidade, profissão, estado civil etc., por pertencerem ao âmbito da curiosidade, tem pouca ou nenhuma importância para o processo terapêutico. O que mais conta são os aspectos comportamentais ligados aos sentimentos, emoções, experiências de vida e visão de mundo, associado à sensação de felicidade possível ou de infelicidade, pois estas sensações estabelecem sincronia com as queixas, dúvidas ou expectativas que as pessoas levam para o consultório de psicoterapia.

Por exemplo: muitos traumas psíquicos se encontram fixados no histórico pessoal de outras vidas, e estas experiências quando associadas a novas experiências de similar impacto emocional, potencializam-se, provocando mais dor e sofrimento à pessoa.

Em muitos casos, o estresse experimentado na vida presente, é a "gota" que faltava para transbordar o "copo" do desequilíbrio psíquico-emocional, sintonizado a fatos da infância e de vidas passadas.

Vários casos de depressão, pânico e fobia, estão sintonizados a eventos traumáticos do passado, e somente a técnica regressiva de memória poderá estabelecer ligações e trazer à luz da consciência, informações detalhadas a respeito dos fatos enquanto consequências danosas à saúde psíquica da pessoa.

Por outro lado, um fato que tem me chamado atenção ao longo destes anos de prática regressiva: o senso de justiça e a percepção da verdade inseridas na experiência vital representam um desafio presente nas regressões a vidas passadas, onde as escolhas de vida determinam se o caminho percorrido por aquele espírito encarnado foi mais ou menos iluminado por valores, que quando praticados, acrescentam no processo evolutivo do indivíduo.

Em artigo publicado no STUM, eu batizo a verdade de "elo perdido" que necessita ser resgatado para acrescentar qualidade no autoconhecimento: 
Embora incompreendida e maltratada, a verdade de cada um sobrevive com o passar dos séculos, à espera de contato íntimo para que a essência se realize em sua plenitude. Mentes confusas e comportamentos doentios, que bloqueiam o desenvolvimento integral do indivíduo, revelam nos bastidores dos desequilíbrios psíquico-espirituais o desvio de rumo em relação a si mesmo, o que afasta o ser dotado de excepcional capacidade de expansão da consciência da possibilidade do encontro com o seu verdadeiro eu. 
Nesta procura, a pesada bagagem de vidas passadas deve ser aliviada pela compreensão daquilo que carregamos através do modelo emocional-comportamental que torna-se crônico com o passar do tempo. Ou seja, o mal-estar existencial que sentimos hoje é consequência de algo não resolvido em vivências anteriores a atual, que acumula na bagagem e transforma a sensação de desconforto em desarmonia do corpo e da alma.

Neste ato contínuo decorrente de atos pretéritos, o ser que desperta para o potencial interior interliga as suas experiências de forma mais focada, orientado pelo instrumento da verdade e senso de justiça, o que o torna cada vez mais lúcido em sua caminhada evolutiva.

Somos agentes de nossos próprios destinos, isto é, hoje somos a consequência de ontem, e essa maravilhosa dinâmica existencial nos informa que a felicidade possível depende de nós mesmos, ou de como processamos as nossas escolhas de vida. Contudo, a simbiose: eu + mundo + universo, não estará completa se não acrescentarmos um quarto elemento nessa fórmula, o "ele" ou o "outro", nosso semelhante que compartilha medos, angústias, expectativas e verdades nessa longa jornada.

Para o psicoterapeuta que trabalha com a realidade interdimensional de seu paciente, existe uma certeza: o lado obscuro da mente é aquilo que negamos como verdade, mas que pode ser revelada à medida que o indivíduo elabora e se conscientiza do processo causa-efeito de seus desconfortos psíquicos. São "pequenas verdades", que ao longo do tratamento, acendem a luz interior no sentido da autocura.

O desafio na direção da verdade de cada um é uma incursão na área mais sombria do ser humano, que guarda segredos e protege o indivíduo de reexperimentar sensações de dor e sofrimento acumuladas ao longo de sua história. Portanto, sob o ponto de vista da individualidade, a verdade de cada um é única e intransferível, mas se aproxima do outro no que diz respeito às características humanas. Nesta direção, é impossível dissociar a verdade individual da verdade coletiva, pelo fato de nossas expectativas de presente e futuro se assemelharem e interdependerem no sentido de sua realização.

Portanto, o nosso real compromisso é a construção de uma base sólida, aliviando o pesado fardo que carregamos durante a trajetória existencial do espírito.
É substituir as más intenções e atos acumulados, por intenções e atos que elevem a alma e tragam leveza no ser e no existir entre semelhantes. Mas para tal é imprescindível que tenhamos a consciência de que somos arquipélago rodeado por um imenso oceano de descobertas e possibilidades. Um oceano mais do que receptivo, um oceano convidativo e aberto a quem tem um real e verdadeiro compromisso com a vida.

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
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