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A importância do perdão

Autor: Vera Godoy
“O futuro do homem não está nas estrelas, mas sim na sua vontade”.
Shakespeare

O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no assoalho da casa.
Seu pai, que estava indo para o quintal fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo chama o menino para uma conversa. Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado, e antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado:


- Pai estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito comigo. Desejo tudo de ruim para ele.
Seu pai, um homem simples, mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho, que continua a reclamar:

- O Juca me humilhou na frente dos meus amigos. Não aceito.
Gostaria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.
O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão.
Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado.

Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai lhe propõe algo:
- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está secando no varal é o seu amiguinho Juca, e cada pedaço de carvão, é um mau pensamento seu endereçado a ele.

Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.
O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra.
O varal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo.

Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa.
O pai que espiava tudo de longe, se aproxima do menino e lhe pergunta:
- Filho, como está se sentindo agora?

- Estou cansado, mas estou alegre, porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.
O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira, e carinhoso lhe fala:
- Venha comigo até o meu quarto, quero lhe mostrar uma coisa.

O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo todo.
Que susto!
Só se conseguia enxergar seus dentes e os olhinhos.
O pai, então, lhe diz ternamente:

- Filho, você viu que a camisa do varal quase não se sujou; mas, olhe só para você.
O mau que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu.

Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos.
(a.d.)

Abraços ... Fujio

Publicado em 18/11/2008


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