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A alegria é a felicidade que vem de dentro

A alegria é a felicidade que vem de dentro

por Ton Alves
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Alegria é hoje uma palavra que, como um punhado de outras da nossa língua, acabou servindo para designar um punhado de coisas. Na maioria dos dicionários, a palavra é definida como: “vocábulo de origem teutônica, cujo sentido está relacionado a uma variedade de emoções ou sentimentos positivos, que vão desde contentamento, satisfação, bem-estar até inteireza, felicidade ou júbilo”.
Mas, talvez seja ainda necessário explicar, com mais clareza e profundidade, o verdadeiro significado dessa palavra para compreendermos, exatamente, o que estamos falando quando dizemos: alegria.
Em seu sentido real, alegria é sinônimo de ausência de sofrimento. Vem do latim vulgar alacri (a= não + lacri = pranto, lágrima, choro). Logo, significa um estado onde não há choro nem lágrima, ou seja, não exista dor ou sofrimento.

Portanto, alegria é diferente de júbilo, sentimento que toma conta da pessoa quando recebe uma boa notícia, vê algo ou alguém querido ou vence uma disputa. E muito menos é euforia, estado psicológico antinatural resultante da ingestão de certo tipo de bebidas, comidas ou drogas.
Assim, a alegria é o estado de espírito natural do ser humano, quando está isento das influências externas. É o bebê em repouso no útero da mãe. Ou seja, em seu estado original. Estado que a pessoa perde, e do qual se distancia à medida que vai se tornando cada vez mais suscetível às impressões que vem de fora dela mesma.
Voltar a esse estado original, ou seja, readquirir a alegria não é uma tarefa fácil, apesar de ser simples. Começa com a realização da mais curta e mais difícil viagem que alguém pode e deve fazer. É caminhar para dentro si mesmo. Retornar ao centro, voltar ao ponto inicial e encontrar a fonte geradora do próprio ser.
E, segundo todas as tradições de sabedoria da humanidade, não existe nenhum outro meio de realizar essa busca a não ser pela conscientização e controle dos processos físicos e mentais, a anulação do poder do ego, o silenciar dos pensamentos. Enfim, pela meditação.
E o que é, realmente, meditar?
Como foi dito no início, por causa do uso indiscriminado e abusivo das palavras, dá-se o nome de meditação para muita coisa. Por ter se tornado “moda”, meditar tem, atualmente, inúmeros jeitos e significados.
Mas, no nosso caso, estamos tratando da meditação como instrumento de busca e realização de todo o potencial de divindade existente no fenômeno humano.

Para nós, em primeiro lugar, meditação não é “fuga do mundo”. Pelo contrário, é um mergulho profundo na existência concreta. Também não é uma maneira de entorpecer, mas sim, de aguçar os sentimentos, a percepção e os sentidos, tornando-os mais finos, penetrantes e sensíveis.
Por isto, não consideramos o ato de meditar como forma de desconectarmos de tudo o que nos rodeia, mas sim, de estabelecermos ligações reais, puras e verdadeiras conosco, com as pessoas, com o mundo, com a História e, enfim, com a Suprema Realidade que está em tudo e que tudo contém.
E assim, a busca da alegria, pela meditação, resulta também descoberta da prática da atenção e do exercício do cuidado. Juntos, estes três modos de ser é a realização da Suprema Divindade, cuja partícula brilha, pulsa no coração de todo ser vivente. Portanto, são os objetivos maiores da existência humana.

A atenção é a prática que permite a percepção da Verdade e da Beleza em tudo e a descoberta e superação das armadilhas do ego. Dá ao ser humano o poder de experimentar a eternidade. Ou seja, de estar firme no agora; “presente no presente”, que é, na verdade, o único tempo que existe. O passado é apenas a impressão deixada pelo movimento dos corpos e, o futuro, a imaginação de movimentos que poderão ou não acontecer.
A alegria que anima e a atenção que equilibra são as atitudes básicas da existência em plenitude. São elas que nos capacitam para o exercício do cuidado, a mais perfeita forma de relação dos seres com eles mesmos, com os outros, com o mundo que o circunda e com a Sublime Realidade que o transcende, mas que pode, finalmente, alcançar.
Voltaremos ao assunto. Pois, para nós, vivenciar e promover essa busca, essa atitude e essa forma de agir, é a única missão a que nos sentimos chamados.

Texto revisado
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Atualizado em 7/21/2014

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