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Espiritualidade - experiência espiritual com a perda

Espiritualidade - experiência espiritual com a perda

por Marcos F C Porto
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Abrirei meu coração acreditando que,
De maneiras que eu não entendo,
Meu amado continuará a estar presente em minha vida”.
Martha Whitmore Hickman (1925-2015)

A morte de um ente querido é a mais profunda de todas as tristezas. Emocionalmente, essa tristeza é mistura de nossos sentimentos mais dolorosos tais como angústia, raiva, arrependimento, saudade, medo, culpa, privação.
Vamos, então, refletir sobre o tema?

A tristeza da perda pode ser experimentada fisicamente como exaustão, vazio, tensão, insônia, invadindo então nosso dia a dia na perda do companheirismo e afeto.
Para muitos de nós, a morte de nosso animal de estimação significa perder um membro querido da família que tem sido constante companheiro e fonte de amor em sua forma mais inocente e pura. Os cachorros, gatos, e outros com os quais compartilhamos tanto nossas vidas como nossos corações são inclusive fontes de apoio que permanecem estáveis através das muitas mudanças que experimentamos em nossas vidas. Caminhamos com nossos animais de estimação, conversamos com eles, comemos com eles, exercitamos e dormimos com eles. Por que então somos tão frequentemente surpreendidos pela intensidade das emoções que sentimos quando se vão?
Expressamos nosso amor com animais de estimação que andam, rastejam, ou voam, tendo pelo, penas, e a perda de tal companheiro pode quebrantar nossos corações. Quando nosso animal de estimação nos deixa, temos o direito de estarmos tristes, magoados, zangados, confusos, nos sentindo inclusive deprimidos. Faz sentido?

Na verdade, todas as emoções que sentimos quando a pessoa que amamos se vai é muito provável que o mesmo ocorra também com nosso animal de estimação. Experimentamos muita tristeza pois a perda é significativa e ficamos saudosos ao lembrarmos os momentos compartilhados.

Os animais têm uma atitude melhor em relação à vida e à morte do que nós. Eles sabem quando seu tempo chegou. Nós somos os que sofremos quando se vão, mas é um tipo de dor que cura, nos permitindo lidar com outras tristezas as quais não são tão fáceis de superar. Muito importante nos permitirmos experimentar a dor dessa perda, realizando que não somos iguais em responder à tristeza da perda.

Cada um de nós deve encontrar suas próprias respostas e nossas reações não podem ser consideradas padrões para todos. Não é o caso de tentarmos segurar as lágrimas porque sentimos que se começarmos chorar não iremos parar. O choro estimula liberação de endorfinas que são agentes de cura natural do nosso corpo. Ocultar nossas emoções ou manter as lágrimas contraídas pode esgotar nossas energias as quais durante o processo do luto, não podemos perdê-las. Está claro?

Há muito de sagrado nas lágrimas. Elas não são marca da nossa fraqueza, mas do poder, pois falam do nosso sentimento da perda mais eloquentemente do que mil bocas falantes juntas. São mensageiras do sofrimento e do amor indivisível! Podemos pensar que ninguém compreende o que estamos atravessando, mas o fato é que ninguém mais do que nós mesmos sabemos exatamente quais sentimentos expressamos, correspendendo à fidelidade do nosso animal de estimação.

Exemplo significativo é a lembrança do nosso querido Jack, cocker spaniel preto, adotado ainda bebê por nossa filha Monica S Porto e que nos deixou no dia 02/02/2017, após 17 anos de convivência muito amorosa. Nesse dia, Monica publicou no Facebook a mensagem: “Hoje o céu tem mais uma estrelinha. Com certeza a estrelinha mais brilhante de todas. Meu maior amigo Jack se foi, 17 anos de amor que não tem como explicar, tão meigo, carinhoso, o maior amigo de todo Universo, de todos os tempos. Vai em paz meu cachorrinho lindo que a Mô vai continuar te amando sempre muito, muito, muito. Obrigado pela honra de ter sido sua companheira e dona esse tempo todo. Sempre em nossos corações Mô, Mário, Nick, Tito e Susie”.

Muitas pessoas estão familiarizadas com o vínculo humano-animal que pode se formar entre animais como gatos, cães, cavalos, ou talvez tenhamos um pássaro, iguana, ou ainda animal como coelho ou outro de estimação menos comum. No entanto outras pessoas simplesmente não entendem o quanto essa perda dói. Comentários geralmente são expressos por preocupação, mas muitas vezes aqueles que dizem frases como "Ele era apenas um cão!" ou "Você pode obter outro gato!." não tiveram experiências ligadas com um animal.

O vínculo amoroso com o nosso animal de estimação é único e especial, e depois que morre, não é incomum termos instâncias de ver, ouvir, sentir o cheiro, ou ter sensação como se o espírito dele estivesse presente. Esse é o amor que grava afeição e entendimento na amizade existente entre os que se amam. Recuperação da tristeza é a restauração da nossa capacidade de vivermos a vida sem sentirmos o peso da perda. Correto?

A experiência espiritual com a perda se expressa no nosso sofrimento, simbolizando o jardim da compaixão. Quando mantemos nossos corações abertos em relação a tudo, a dor se tornará nossa maior aliada na busca do amor, paz e sabedoria de vida.

Devemos sempre ter presente que imaginação é mais forte do que o conhecimento - sonhos são mais poderosos do que os fatos - esperança sempre triunfa sobre a experiência - aceitação é a cura para a dor - amor é mais forte do que a morte. Esses são dons que o Ser Maior Criador Deus silenciosamente colocou em nossos corações quando nascemos.

Voltaremos ao assunto.
Texto Revisado

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Atualizado em 2/19/2017

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