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O que fazer com tanto coração?

O que fazer com tanto coração?

por Sílvio Reis
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Um grande coração não garante oferta de muito amor. No ar, na terra, na água e no fogo, quem tem coração grande nem sempre sabe o que fazer com esta qualidade (ou peso).
Com um grande coraçãozinho desproporcional ao seu pequeno corpo, o beija-flor recusa terapias de amor associadas ao seu nome. Ele acredita que mais trabalha do que vive. No ritmo da produtividade, lá se vão uns 80 batimentos de asa por segundo, gerando musicalidade. Quem ganha com esse amor social são algumas plantas, o meio ambiente e os ouvidos sensíveis.
O beija-flor é um exemplo de equilíbrio físico no ar. Mas ele próprio sabe que essa vantagem é para compensar a sonoridade expressa pelas suas cordas vocais, que não é tão musical quanto ele gostaria. Por isso, todo beija produz cantos com as próprias penas, sem dó de sobrecarregar o coração com muito trabalho.

Do ar para a terra. As girafas têm o maior coração entre os terrestres e gostariam de ser referência de amor, mas sem aquela imagem do casal apaixonado, cruzando os longos pescoços e desenhando um coração. Como símbolo materno, girafas enfrentam resistência por parte de outros animais e de humanos, por conta da violência (amorosa) praticada pela mãe assim que o recém-nascido cai no mundo, de uma altura aproximada de 2 metros.
Na primeira tentativa de se levantar, o bebê leva uma sequência de três ou mais coices da própria mãe. Parece intenção de matar, mas é amor. Um deficiente físico dessa espécie não sobrevive a tamanha agressão, que se encerra quando o filhote morre ou confirma que está forte para enfrentar os perigos da vida. Somente, então, a mãe girafa oferece afeto (ou inicia a tristeza do luto).
Da terra para a água. O coração de uma baleia é tão grande que amores materno, paterno e fraterno não bastam. Nem o acasalamento é suficiente. Há que se explorar mais o coração gigante. Faz de conta que já existe uma lenda para o amor entre duas baleias jubarte que se encantam, alucinadamente, pelo canto uma da outra. Quanto mais apaixonadas, mais distantes. À medida que se aproximam, os dois cantos se fundem e confundem, impedindo o encontro.

Depois de tanto amor e desencontro, outra lenda foi criada para aproximar quem tem um coração do tamanho do mar. E assim, um maremoto em forma de balé resulta num amor barulhento e cantante. Somente depois de um longo tempo as duas baleias se dão conta de que só os machos jubarte cantam. Mesmo assim, ou por isso mesmo, elas continuarão se amando, ou vão enlouquecer por terem tanto coração.
O amor do elemento fogo também é lendário. A mula sem cabeça sempre falou, ouviu e enxergou via coração. Agora, ela quer saudar a arte, o folclore e a vida por meio do amor. Vai produzir um espetáculo cheio de beijos incendiários. Qualquer alguém cabe nesse sonho de amor e cheio de coração. Ela pode se apaixonar pelo bumba meu boi, o cavalo marinho, o alado Pégaso... Vai ser engraçado se a mula sem cabeça soltar fogo pelas ventas e queimar o ser amado.
Na arte, todos os amores são possíveis. E todo grande coração que se incendia de amor está condenado a não ter descanso e aceitar o desassossego.
Texto Revisado

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Atualizado em 9/21/2017

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