O Transtorno de Personalidade Narcisista é uma patologia da mente que, embora não seja facilmente detectável, seus sintomas e suas ações para com as pessoas que convivem, costumam ser devastadores. Conhecidos como verdadeiros predadores emocionais, possuem zero de capacidade empática pelo outro e não se envolvem emocionalmente com ninguém.
O Narcisista Perverso destrutivo imagina-se como um ser especial, com muito mais importância do que a maioria dos mortais. Ama-se de um modo grandioso e acaba agindo quase que cegamente, na função de sanar necessidades emocionais específicas, como por exemplo, de ser admirado mais do que o normal. Não leva ninguém em conta e apenas os seus próprios desejos é o que valem. Por mais incrível que possa parecer, pessoas com essa patologia são totalmente inconscientes sobre o modo como funcionam, fato que também caracteriza esse tipo de adoecimento do psiquismo.
O Narcisismo Predador, quando tem origem na criação, se não for devidamente cuidado, pode ter efeitos devastadores por toda uma vida. Quando esses filhos sentem que algo vindo dos pais não está sendo emocionalmente saudável e ousam reivindicar algo de melhor para si mesmos, são imediatamente dissuadidos de pensarem de tal modo com tanta veemência e inserção de culpa, que começam a duvidar de suas próprias percepções. Aprendem a abandonar as suas integridades pelo medo do desamparo e do desamor. Levam a vida desistindo de si mesmos e de suas necessidades primordiais em nome de cuidar para que os pais fiquem felizes e satisfeitos em suas infinitas demandas. Quando crescem, porém, os efeitos negativos do narcisismo destrutivo parental revelam-se nas dificuldades que os filhos passam a ter em suas relações afetivas, na satisfação para com a vida, na dúvida sobre o que é lesivo, na possibilidade como consequência, de atrair mais relacionamentos abusivos e sem saberem mais discernir e confiar no que sentem. Tudo isso ainda em meio a pouquíssima autoestima.
Se estiver na dúvida se seus pais ou um deles são Narcisistas Perversos, veja se eles tem características em comum aos tópicos relacionados:
1 - Seus pais costumavam mostrar-se frágeis ou contarem estórias de vida sofridas a ponto de você sentir que tinha que ampará-los a emocionalmente a fim de que eles ficassem se sentindo melhores? Como se a responsabilidade de confortá-los fosse a todo o tempo sua?
2 - Frequentemente, você tentava agradar seus pais para que eles lhe vissem com bons olhos, para de algum modo poder ser vista? Talvez receber uma migalha de afeto, talvez eles estivessem tão autocentrados, que você encontrou esse meio para que eles pudessem sair um pouco do auto-hipnotismos e pudessem vê-la com bons olhos, sem indiferença ou critica ou sem jogarem culpa, ou mesmo num momento onde você poderia sentir que não estaria devendo nada a eles.
3 - Você já teve a percepção dos seus pais serem indiferentes aos seus sentimentos?
4 - Frequentemente o culparam por você não compactuar com as incessantes demandas deles?
5 - Sistematicamente, foi criticado ou desvalorizado em suas ações? Foi mal interpretado quando ofereceu amor? Humilhado sem sentido algum e de uma hora para outra?
6 - Se você não fosse obediente aos desejos deles e mesmo se eles estavam frustrados com algo da vida, você sentia que era o alvo de projeções negativas?
7 - Jogavam com você dizendo que não se preocupava com eles?
8 - Sempre faziam questão de dizer o quanto mereciam ser admirados?
9 - Quando pediam algo, tinham que ser atendidos de imediato, sob ameaça de jogarem culpa em você e ainda ficavam altamente ofendidos e raivosos.
10- Se ousasse se queixar da falta de empatia para com os seus sentimentos, faziam você sentir-se ingrato, afinal, eles eram os melhores pais do mundo e se algo falhasse, eles próprios desculpavam a si mesmos dizendo que eram humanos, mas que você não foi suficientemente compreensível. Faziam você se sentir errado e mesmo envergonhado de ter reclamado de algo.
Por outro lado, se for o caso, você também poderá se identificar como um adulto que recebeu tais influências se:
Dificilmente, consegue satisfazer seus próprios desejos em nome de ficar "gastando o seu tempo buscando identificar e acalmar as necessidades dos outros. Aliás, você foi treinado a vida inteira para fazer isso e agora sente-se responsável pelo bem estar de todos. Especializou-se em reconhecer o que os outros necessitam e se conforma sem conseguir impor limites pessoais quando em companhia de pessoas exigentes demais. Tem medo do abandono e do desamor e facilmente se torna refém de outros abusadores emocionais".
Se essa foi a sua vida, saiba que a maioria, se não todas as vítimas, necessitam de terapia profunda e acolhedora para que o resgate dos valores pessoais e da autoestima de verdade aconteçam.
Silvia Malamud é colaboradora do Site desde 2000. Psicóloga Clínica, Terapias Breves, Terapeuta Certificada em EMDR pelo EMDR Institute/EUA e Terapeuta em Brainspotting - David Grand PhD/EUA.
Terapia de Abordagem direta a memórias do inconsciente.
Tel. (11) 99938.3142 - deixar recado.
Autora dos Livros: Sequestradores de almas - Guia de Sobrevivência e Projeto Secreto Universos
Publicado por Silvia Malamud
em Psicologia
