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Você sabia que a agressão física não é a única forma de violência que existe?

Publicado por Silvia Malamud em Psicologia

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Talvez a agressão física seja a fronteira final de tudo o que pode ser caracterizado dentro do espectro do abuso e da violência emocional no ambiente das relações.
É comum que pessoas acostumadas a conviver em ambientes agressivos possam nem se darem conta de que os maus tratos recebidos são maus tratos de verdade. Como consequência, acabam tendo um entendimento distorcido da realidade, quando acham que sofrer abusos é normal, perdendo totalmente a dimensão do que pode ser trágico.

Recentemente, ouvi um relato em que um casal, após muitas brigas, onde os vizinhos inclusive tiveram que interceder pela escuta também abusiva dos berros, desaforos e palavrões, foram parar na justiça. Ela, visivelmente marcada pela violência do parceiro, apesar de ter aparecido com maquiagem forte, não pôde esconder os roxos espalhados pela sua face devido à violência a que fora submetida. No decorrer do processo, porém, a mulher levantou-se da cadeira e disse que estava retirando a queixa sobre o parceiro e que havia sido induzida pelos tais vizinhos a fazê-la. Na sequência, contou que o ocorrido não fora nada de grave, apenas uma discussão casual. Ao ser questionada pelos berros, relatou que não tinha lembrança e que se houvera algum ruído, poderia ser por conta dela ter tropeçado e se machucado, até poderia ter acontecido, pelo fato de ambos terem ficado assustados pela sua queda.

Histórias como esta nos seus mais variados graus é o que não faltam por aí. Muitas outras na mesma categoria, sequer saem de dentro de casa, quer seja pelo medo, pelo desconhecimento ou pela descaracterização do tamanho da gravidade do que se está passando.

Já ouvi muitos casos de mulheres que sofrem pelos surtos de agressividade dos parceiros. Isso costuma ocorrer quando estes têm algum ciúme, quando elas não fazem a contento o que eles determinaram que fizessem, ou mesmo quando eles imaginam algo que elas deveriam ter feito e que nem elas mesmas sabiam que teriam que fazer. Em todas essas ocasiões, pagam um preço muito alto pela suposta desobediência, e os castigos que costumam ocorrer vem pela violência verbal, física ou psíquica quando são desqualificadas e totalmente desacreditadas no quer que seja. Estas mesmas mulheres, quando ainda não estão despertas ou quando se encontram aterrorizadas pelo medo que os parceiros lhes incutem, acreditam que ficam com os parceiros porque no fundo eles são pessoas boas e apesar de serem recorrentes em suas violências, são bons, só que bons lá no fundo... Será? E mesmo se acaso forem... o que muda a realidade abusiva pela qual passam as suas pseudovidas? Na verdade, essa questão é o que menos importa aqui e sim a consciência do abuso emocional, moral e da violência, muitas vezes velada, que passam e que em geral vem em doses homeopáticas, não tão explicitamente claras, o que pode confundir ainda mais as vítimas.

Lembrando que este montante é absolutamente passível de ocorrer do lado inverso, ou seja, a mulher acuando o homem ou mesmo nas relações de mesmo gênero. Independe.

Relacionamentos onde um dos parceiros se sente acuado e totalmente ameaçado, quer seja moralmente, ou por uma violência velada que o induz a entender que se não fizer o que o outro deseja que as consequências serão perigosas, é uma forma de abuso e de violência das mais danosas e perversas que podem ocorrer na vida de uma pessoa. Um aprisionamento que muitas vezes parece não ter saída.

Conheço muitas histórias de dramas familiares, de situações terríveis que acontecem dentro da própria casa e que ninguém ousa tocar no assunto e que, no mundo exterior, a família ainda se comporta de modo impecavelmente perfeito.

Existem casos de mães e pais violentos e que após os surtos, por perplexidade e medo, ninguém tem coragem de falar sobre o ocorrido e que com o tempo chegam até a duvidar se o que houve foi de fato real. Insano.

Hoje mais do que nunca existe um alarme acionado para que se fale sobre o assunto. As mulheres ainda são as maiores vítimas de toda sorte de abuso. Muitos homens abusam de seus tamanhos e de sua força partindo para cima, quando a mulher dá qualquer sinal de existir fora da submissão por eles imposta.

Diariamente, por conta da minha página de "Vítimas de Narcisistas Perversos" e do meu Livro "Sequestradores de Almas" e em meus atendimentos, recebo inúmeros relatos de pessoas que despertam e que estão desesperadamente buscando sair deste tipo de cárcere.

O que tenho a dizer é que a porta está aberta, mas que é necessário conhecimento de como tais abusadores funcionam, fortalecimento do psiquismo e passar por um procedimento diretivo de saída deste cenário de tortura emocional real que se manifesta dentro de um cárcere, onde a alma permanecerá sequestrada enquanto não tomar as atitudes devidas que a levarão para a sua verdadeira libertação.

Por isso mesmo, rezo na cartilha que contém a minha oração para a nossa sagrada jornada terrena: Quanto mais despertos, melhor! Como consequência, com maior consciência e responsabilidade pela própria vida, pelo que se está vivendo, ocorre a inauguração do desejo legítimo de mudança para melhor, a ousadia e a conquista.

* Para quem se interessar, neste momento, o livro Sequestradores de Almas encontra-se esgotado nas livrarias e por enquanto os pedidos estão sendo realizados pelo email: [email protected]


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Sobre o autor
silvia
Silvia Malamud é colaboradora do Site desde 2000. Psicóloga Clínica, Terapias Breves, Terapeuta Certificada em EMDR pelo EMDR Institute/EUA e Terapeuta em Brainspotting - David Grand PhD/EUA.
Terapia de Abordagem direta a memórias do inconsciente.
Tel. (11) 99938.3142 - deixar recado.
Autora dos Livros: Sequestradores de almas - Guia de Sobrevivência e Projeto Secreto Universos

Email: [email protected]
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