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Carl Jung saindo da Matrix

Publicado por Acid em Espiritualidade

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Começa aqui uma série de 3 textos sobre Carl Gustav Jung, cuja terminologia e conceitos apresentados serão importantes para a compreensão dos futuros textos.

"A forma do mundo em que o homem nasceu já está dentro dele como imagem virtual". (Carl Jung)

Jung era um jovem psiquiatra de Zurique na época em que conheceu e ficou fascinado por Freud, na primeira metade do século passado. A admiração mútua durou pouco mais de uma década, tendo os dois rompido relações por incompatibilidades pessoais e intelectuais, principalmente pela rejeição de Jung ao (Freud via o homem como um animal sexual, sendo o sexo a causa de todos os distúrbios psicológicos. Mas ele tirou o seu da reta quando questionado por alguém sobre o que seria essa mania que ele tinha de fumar 20 charutos ao dia, se tinha um fundo sexual, já que ele vivia com um objeto fálico na boca. Daí ele refletiu e disse: às vezes um charuto é só um charuto. Dois pesos, duas medidas...) pansexualismo(*) de Freud. Para Jung, o comportamento humano é condicionado não somente pela sua história individual e racial (causalidade), mas também pelos seus alvos e aspirações (teologia). O passado como realidade, e o futuro como aspiração/potencialidade, dirigem o comportamento presente.

"O indivíduo vive para os alvos, assim como pelas causas". (Carl Jung)

Ego ou mente consciente
É o responsável por nossos sentimentos de identidade e continuidade e, do ponto de vista da própria pessoa, é encarado como sendo o centro da personalidade. O budismo procura justamente aniquilar o ego, essa falsa percepção de identidade. O ego não foi produzido pela natureza para seguir ilimitadamente os seus próprios impulsos arbitrários, e sim para ajudar a realizar, verdadeiramente, a totalidade da psique (A estrutura mental ou psíquica de um indivíduo. Jung a considera equivalente ao self, que é a personalidade total). Se, por exemplo, possuo algum dom artístico de que meu ego não está consciente, este talento não se desenvolve e é como se fora inexistente. (Assim como uma semente é uma árvore em potencial, e se não houver uma força interna que faça essa semente germinar (dependendo de fatores externos, também), buscar com as raízes o solo macio, inclinar-se para o sol, etc. essa árvore não vai passar nunca de uma semente. Esta ação interna é o ego).
O ego é o boi, é a tração. Mas não confunda: o boi não guia, é guiado pelo cocheiro, mas na maioria das vezes deixamos o boi tomar o rumo que quer.

Inconsciente individual
Onde ficam as experiências que foram reprimidas, suprimidas, esquecidas ou ignoradas, e também experiências muito fracas para marcar a consciência do individuo. É aí que se encaixam os complexos, que são grupos organizados de sentimentos, percepções e memórias, que ficam no inconsciente, mas atuando de forma determinante no consciente, podendo atuar até mesmo como uma personalidade autônoma, usando a psique para seus próprios fins.

Inconsciente coletivo
É o alicerce de toda a estrutura da personalidade. Sobre ele estão erigidos o ego, o inconsciente individual e todas as outras aquisições individuais. Jung vê a personalidade como um produto do passado ancestral, sendo o homem moderno concebido e moldado pelas ( Isso lembra o diálogo com o Arquiteto, quando diz que Neo é a soma de uma desequilibrada equação remanescente de dentro da programação da Matrix. ) experiências(*) acumuladas de gerações passadas, recuando até as origens obscuras e desconhecidas da humanidade. Segundo ele, o homem nasceu com muitas predisposições (legado de seus ancestrais) que dirigem sua conduta e determinam, em parte, aquilo de que ele tomará consciência e a que responderá em seu próprio mundo de experiências. Ou seja, uma personalidade coletiva, que atua seletivamente no mundo da experiência e é modificada e elaborada pelas experiências que recebe (assim como o conceito de egrégora, só que no caso de Jung, mais determinante, e menos intuitiva). Uma personalidade individual, nesse caso, seria o resultado da interação de forças internas e externas. Mas ele deixa espaço para a individualidade, pois se assim não fosse, não haveria lugar para a variação e o desenvolvimento. O inconsciente coletivo, na verdade, é uma abordagem mais científica para a reencarnação (tema carregado de profundo significado religioso e Tabu até hoje para os cientistas) que Jung conhecia bem, mas preferiu deixar de fora de suas conclusões. Ele narrava que, nas suas viagens pela Europa, antes de chegar a determinado lugar, tinha a impressão nítida de que antes houvera estado ali. Conhecia detalhes, hábitos, cultura, e, ao chegar, para sua surpresa, verificava que aquela percepção era verdadeira. Naturalmente, sua abordagem foi psicanalítica.

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Sobre o autor
acid
Acid é uma pessoa legal e escreve o Blog www.saindodamatrix.com.br
"Não sou tão careta quanto pareço. Nem tão culto.
Não acredite em nada do que eu escrever.
Acredite em você mesmo e no seu coração."
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