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Psicoterapia Reencarnacionista em 10 lições - Parte 5: A morte

por Mauro Kwitko em Vidas Passadas
Atualizado em 07/01/2005 13:13:38


Não existe nascimento e nem morte, esses conceitos foram criados e são mantidos pela não-crença na reencarnação. Esses aparentes limites existem para a ilusão da nossa Personalidade Inferior, enquanto que para a nossa Essência é apenas a chegada e a saída daqui. A chegada plena de esperanças, planos e projetos e a saída, freqüentemente, repleta de frustrações e fracassos. A não-crença na reencarnação é um dos principais fatores que limitam a evolução do ser humano no sentido de sua libertação do imediatismo, do egoísmo, do materialismo; frutos da conseqüente tendência de viver apenas o hoje, essa vida, sem uma visão histórica de antes e depois, sem uma perspectiva mais ampla. E essa visão limitada e limitante, infelizmente, é reforçada pela Psicologia oficial, que analisa e trabalha o “início” da vida dos pacientes até o “fim”, pois é herdeira das idéias das religiões dominantes, não-reencarnacionistas. Os psicólogos e os psiquiatras que acreditam na reencarnação já têm uma alternativa: a Escola de Psicoterapia Reencarnacionista.

Após o nosso desencarne, quando nos dirigimos para outros locais, no Plano Astral, muitas vezes percebemos o quanto caímos nas armadilhas terrenas, o quanto fizemos pela evolução da nossa Essência, o quanto deixamos de fazer, em que acertamos, em que erramos, em que nos perdemos. A expressão mais comum é "Ah, se eu soubesse”... Então, se vamos fazer depois essa auto-avaliação e esse mea culpa, por que não fazer agora quando temos chance de retificar nosso caminho aqui, de corrigirmos nossas atitudes aqui? É muito triste, após a partida, percebermos que caímos nas armadilhas e deixamos de cumprir o que havíamos nos proposto antes de descer, e mantivemos as nossas antigas mágoas, ressentimentos, tristezas, sensação de inferioridade, medos ou o nosso antigo orgulho, vaidade, apego aos bens materiais. Enfim, todas essas questões ligadas ao nosso Ego, às ilusões da nossa Personalidade Inferior, enquanto que os verdadeiros valores da nossa realidade infinita foram deixados de lado, por ignorância, por descuido, por cegueira. E constatarmos, então, que repetimos o mesmo erro de encarnações anteriores, reencarnamos para melhorar características inferiores nossas e as mantivemos por acreditarmos que elas surgiram aqui, sem atentarmos que já vieram conosco ao descermos aqui.

O psicoterapeuta reencarnacionista deve lembrar aos seus pacientes que as coisas não começam na infância e que nossas imperfeições brotam de dentro de nós e não dos fatos da vida. As chaves para o real aproveitamento de uma encarnação são: a noção da Personalidade Congênita e o entendimento da Lei do Karma.
Devemos recordar freqüentemente que um dia deixaremos esse corpo físico e essa dimensão física, e que nossas relações afetivas e familiares como estão estruturadas, através de rótulos, são apenas dessa encarnação (em outras encarnações são através de outros rótulos). O que levaremos conosco no dia em que partirmos? Tudo que é sólido permanecerá por aqui, ou seja, nosso corpo físico e tudo o mais visível. Na verdade nada é sólido, mas para fins didáticos, nesse texto eu dividirei as coisas em duas categorias: o que é visível (“sólido”) e o que é invisível. Quando subirmos, apenas nos acompanharão os nossos sentimentos (no corpo emocional), os nossos pensamentos (no corpo mental), nossos atos, memórias, enfim, tudo que é invisível. As boas ações irão conosco, as más também, o amor, a caridade, os gestos de fraternidade estarão conosco ao lado dos ódios, das raivas, dos gestos violentos, dos egoísmos. Os bons e os maus pensamentos e os bons e os maus sentimentos lado a lado, confrontando-se. Qual será a nossa auto-avaliação então? Evidentemente será o que estiver prevalecendo, e aí virá a sensação de vitória ou de derrota. É muito triste a constatação do erro, uma encarnação transformada numa seqüência de atos equivocados, a nossa atuação regida por uma persona que, embora real por natureza, vive de maneira ilusória, presa nas armadilhas, por não perceber-se temporária, por não conectar-se aos seus verdadeiros propósitos e metas.

Está tudo perdido? Claro que não. Não existe o céu e o inferno, embora algumas dimensões espirituais assemelhem-se a isso. Na verdade, existem muitas dimensões para onde iremos após a morte do corpo físico, e o que determinará isso é o nosso padrão emocional e mental e a freqüência vibratória decorrente. No mundo invisível, o semelhante atrai o semelhante. De acordo com nossa freqüência ao desencarnarmos, poderemos subir rapidamente para a Luz, se estivermos leves, ou mais lentamente, se estivermos um tanto pesados, ou poderemos nem não chegar lá, se estivermos muito pesados! Para subirmos, quanto mais leves, melhor, e leveza quer dizer bom caráter, amabilidade, sensibilidade, pensamentos positivos, bons sentimentos, boas ações, altruísmo, espiritualidade. A tristeza pesa, a mágoa pesa, a raiva pesa, o materialismo pesa, o egoísmo pesa muito.

Após a “morte” nós não viramos uma "nuvenzinha" ou algo fantasmagórico, pelo contrário, mantemos nossa identidade, perdemos apenas o corpo físico e o duplo etérico, portanto mantemos os sentimentos, os pensamentos, as memórias e a nossa personalidade. Permanecemos exatamente como somos, em todos os aspectos, menos o corpo físico, veículo para nossa manifestação na Terra. A Personalidade Inferior é ilusória na sua maneira de enxergar-se e de se relacionar com tudo que lhe cerca enquanto está por aqui, e essa ilusão é decorrente da falta da verdadeira visão, que por sua vez é decorrente da falta de autoconhecimento, que por sua vez é decorrente de antigas idéias religiosas que vêm bloqueando a evolução consciencial do ser humano. A maioria de nós apenas conhece seu corpo físico e muitos até acreditam que os pensamentos e os sentimentos estão no cérebro. Como podem entender a “vida” e a “morte” com esse pouco conhecimento?

Muitas pessoas perguntam-se como é a vida depois da morte? Na verdade essa pergunta está errada até em sua formulação, pois não existe morte, então não existe vida depois da morte, o que existe é um eterno continuum, somos sempre nós, a nossa Essência, a nossa Consciência, estejamos nesse Plano Terreno ou não. Quem entender isso perderá o medo da morte e ao mesmo tempo aumentará a sua responsabilidade com a "vida", quer dizer, a responsabilidade da sua Personalidade encarnada com a sua encarnação. A nossa Essência confia em nós e fica "torcendo" por nós, como se fosse uma torcida organizada na arquibancada. Ela, às vezes, pode "entrar em campo" apenas como o técnico o faz à beira do gramado, transmitindo orientações, mas quem está jogando é a nossa Personalidade Inferior. Mas poucos jogadores escutam o técnico. Obedecer, então...Uma questão fundamental é de que maneira sairemos daqui, ou seja, em que estado mental e emocional, como nós estaremos, em que freqüência vibratória. Os níveis dos nossos pensamentos, sentimentos e ações é que determinam a nossa freqüência e como a nossa vida terrena vai transcorrendo. Isso explica a “sorte" e o “azar”. O mais importante de tudo é a nossa freqüência, durante a vida ou após a “morte”. Uma freqüência elevada nos sintoniza com coisas boas, com seres elevados, com a felicidade, com o bem, mas uma freqüência baixa, ao contrário, nos sintoniza com coisas ruins, com seres inferiores, com a tristeza, com o mal. Chegará o dia em que a Física explicará tudo o que as religiões estão tentando explicar.

Após a saída da nossa Consciência do veículo físico (“morte”), ela vai para o corpo emocional que apresenta uma determinada freqüência, em função dos nossos sentimentos e é essa freqüência que determinará nosso destino pós-desencarne. Existem várias opções de destino e, afinal de contas, aquela velha história de céu e inferno não está tão longe assim da realidade, apenas não é dicotômico assim, existem inúmeras possibilidades de "céus" e de "infernos". O nosso destino, após a morte do corpo terreno, vai depender de nós mesmos, ou seja, de como vivemos enquanto aqui estivemos, o que depende de como pensamos e de como sentimos e da nossa maior ou menor capacidade de amar. Devemos cuidar do nosso corpo emocional (sentimentos), pois é para lá que iremos após a morte do nosso veículo físico. Nós nos sentimos onde nossa Consciência está: no corpo físico enquanto encarnados acordados e no corpo emocional quando estamos dormindo ou após a morte do corpo físico.

Então vale a pena, sim, ser feliz, ser útil, ser altruísta, ser honesto, ser trabalhador, ser espiritualizado, e não vale a pena ser infeliz, ser egoísta, ser apegado aos bens materiais, ser desonesto. Percebe-se então como as ilusões atuam, pois algumas pessoas que são símbolo do sucesso pessoal ou profissional, como estarão se sentindo após seu desencarne? E outras pessoas, humildes, quietas em seu trabalho, aparentemente fracassadas pelos padrões materialistas do mundo terreno, como estarão depois? Por isso é muito difícil julgar-se alguém pelos critérios materialistas e pelos padrões socialmente aceitos e incentivados. Muitas vezes é mais arriscado nascer-se em uma família rica do que em uma pobre, como também ser bonito fisicamente, pois as armadilhas do mundo material estão sempre à espreita das desatenções a fim de capturar os incautos e os desavisados.

Não é apenas pelo procedimento nessa atual passagem terrena que nosso destino estará traçado após o desencarne. Na verdade, tudo é uma questão de "crédito e débito", energeticamente falando e não do antigo ponto de vista religioso baseado na culpa e no temor. Nós abandonamos esse corpo físico melhores ou piores do que quando chegamos, dependendo de como pensamos, sentimos e agimos. Uma pessoa que nessa vida portou-se de maneira equivocada, do ponto de vista moral e ético, mas possui suficiente "crédito" de outras existências pretéritas, não terá o mesmo destino de outra que não o possui. É importante que a noção de continuidade permaneça forte em nosso raciocínio, porque não se pode avaliar uma atuação apenas nessa vida como determinante do destino pós-morte física. Nós somos a mesma Consciência, a mesma Essência, e cada vida terrena é como um dia, e então pode-se ter um dia em que se praticam más ações, mas se em dias anteriores o conjunto das boas ações predominou, o resultado final, vibratoriamente falando, é que contará. Não existe julgamento de quem quer que seja a nosso respeito, tudo é conseqüência de nossa freqüência vibratória, estejamos aqui ou do "lado de lá". Não existem juizes ou julgadores, apenas nós mesmos, a nossa freqüência vibratória e o que sintonizamos. O chamado Umbral (Inferno) são regiões de baixa freqüência onde estão os seres que vibram nessa freqüência. As experiências nesse local são muito desagradáveis e sofridas, mas em algum tempo, essas Consciências desencarnadas podem ascender a níveis superiores de freqüência, por méritos próprios e/ou por trabalhos de resgate dos planos espirituais superiores.

Algumas pessoas - após o desencarne - ainda permanecem por aqui, tornando-se os chamados obsessores, presos a outras pessoas, a valores materiais ou a vícios. Querem continuar junto de suas posses, querem vingar-se de seus desafetos, querem seguir ao lado de suas paixões. Geralmente eles se tornam motivo de transtorno para os encarnados que com eles se relacionam e um trabalho de conscientização e esclarecimento se faz necessário para que eles percebam a oportunidade de evolução que tiveram com o desencarne, desligando-se das ilusões desse passageiro plano material. Eles precisam entender a realidade da reencarnação e a relatividade e temporalidade de sua atual Personalidade Inferior. Desencarnaram mas não libertaram-se das ilusões. Outros permanecem por aqui, não por má intenção, mas sim pelo desejo de cuidar de entes queridos, familiares ou amigos que julgam necessitar de sua atenção. Também devem ser conscientizados e encaminhados para dimensões compatíveis com seu estado de desencarnado. Geralmente têm um bom destino.

É importante termos bem clara a noção de que a morte do corpo terreno não determina o final da existência, nada muda a não ser a ausência do corpo físico. Os sentimentos e os pensamentos permanecem exatamente como eram, ou seja, segue tudo igual, somente o corpo material não é mais necessário, pois abandona-se a trajetória terrena. Nós não viramos uma "nuvenzinha" ao desencarnarmos, pelo contrário, nós não mudamos, intrinsecamente, em nada! O corpo físico é apenas o veículo utilizado pela nossa Essência na trajetória terrena e a sua morte não nos altera em nada, ou seja, a morte existe somente para o veículo, não para a Essência. Então não devemos temer a "morte", muito pelo contrário, devemos pensar nela com lucidez, para irmos retificando nossa trajetória, corrigindo e purificando os nossos pensamentos e sentimentos. Devemos viver essa vida terrena com a morte do corpo presente, não como algo mórbido, e sim como um alerta para não nos esquecermos da responsabilidade, enquanto Personalidade Inferior, em relação à nossa Essência e a transitoriedade. A morte física é o retorno ao Plano Astral e o ideal é que essa volta seja feliz e vitoriosa. Mas não é o que se observa na prática, em que a maioria dos retornos é acompanhada de doença graves, sofrimento, depressão, mágoa, raiva, etc. Quem ficar velho feliz, realizado, ativo, bondoso, dócil, manso, e morrer bem, chegará lá em cima como um vitorioso.



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clubestum Mauro Kwitko é médico auto-licenciado do Conselho de Medicina para poder dedicar-se livremente ao seu trabalho como psicoterapeuta reencarnacionista. Em 1996, começou a elaborar e divulgar a Psicoterapia Reencarnacionista. É fundador e presidente da ABPR. Ministra Cursos de Formação em Psicoterapia Reencarnacionista e Regressão Terapêutica há muitos anos, tendo formado centenas de psicoterapeutas reencarnacionistas.

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