Papel da alma no caminho do coração

Papel da alma no caminho do coração
Autor Ingrid Monica Friedrich - [email protected]
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Todos sabemos que o caminho do coração, da fraternidade, igualdade, solidariedade são um objetivo de quem é espiritualista.
Entre ter este conhecimento e viver isto, existe um vácuo enorme.
Surge a pergunta: Como viver de modo amoroso?
Como em cada ação se buscar o caminho do meio?
Fomos condicionados a pensar em tudo, discernir usando linhas de raciocínio, fazendo julgamentos do que é bom e o que não, em um mundo polar, onde existe certo e errado.
Nossa mente foi acostumada a guiar cada passo nosso, a controlar nossa vida, nós manter presos as formatações, ao comportamento.
Geramos no convívio uma serie de valores, crenças, que são a base de nossa identidade, o ego funcional que utilizamos para lidar com o mundo.
Esta exposição, criou caminhos neuronais no cérebro, que para economizar energia, compara os inputs recebidos, e por generalização, seguem padrões de fluxo, que gera padrões de comportamento.
É gerada uma resposta padrão para cada tipo de situação, e quando falhamos, ou nos machucamos, é gerada uma estagnação, uma proteção do sistema de integridade, que nos impede de repetir a ação.
Estes mecanismos se tornam inconscientes, ou seja, autônomos, se não houver a intervenção da consciência e do discernimento.
Desta forma, nossa mente passa a interpretar o mundo à nossa volta, através das percepções, que são sentidas pelos órgãos, enviadas ao cérebro como impulsos eletroquímicos e decodificados de acordo com os caminhos neuronais pré criados. Assim, tendemos a interpretar uma sensação, uma visão de um fato, sempre da mesma forma.
Como nosso cérebro não é capaz de trazer a consciência tudo que ele registra, nossa mente também aprende a selecionar o que aflora pelo grau de importância que damos, e deixando arquivado aquilo que afirmamos não ser de importância para nós, do que não consideramos real, ou pode nós ferir, gerar emoções desagradáveis.
De acordo com nossos valores e crenças, geramos nosso código de leis interno, sob total domínio do ego, da mente, e delegamos todo nosso viver para o processo mental.
Porém, a interpretação que a mente dá as coisas são relativas, apenas pontos de vista, ou seja não é real, apenas uma tentativa de interpretação.
Existe um fato real, mas são infinitas as possibilidades de interpretação, de acordo com nossa postura interna, muitas vezes inconsciente.
Portanto, a mente mente, o que ela nos traz é uma impressão, polarizada, derivada dos condicionamentos, caminhos neuronais, do comportamento.
E é por isto, que decisões tomadas pela mente podem ser cheias de imperfeições, de distorções e podem gerar muitas falhas; o discernimento é limitado pelos pontos de vista que somos capazes de ter.
A mente está ligada com o corpo mental concreto, e ao processo mercurial. Ela tende a nos encantar pelas artimanhas que é capaz, pelos seus processos de lidar com a informação e gerar conhecimento.
A capacidade de imaginação, visualização, levantar possibilidades, dramatização são enormes, e somos absorvidos por este processo e nós perdemos no mesmo.
Para a mente, nosso processo de vida é pela tentativa e erro, onde podemos mais errar do que acertar, mais nós machucar, nós decepcionar do que vencer.

Para os grupos orientais, a mente não se localiza no cérebro, na cabeça e sim no peito, no complexo de chacras cardiaco-timico- umeral.
Como o chacra umeral nós traz a ligação ao Espirito, situado além do tempo espaço, temos um modelo ordenador de nossos processos dos corpos manifestos na matéria, que é a alma.
Ela tem fluxo livre entre si, o espirito e a fonte vital em nós. Mas nossa mente condicionada é um bloqueio, que gera a estagnação, e não recebemos o fluxo de sabedoria, a consciência que vem dos corpos budico, atmico, e ficamos isolados, apenas temos a mente para nós servir de guia, e nós tornamo-nos escravos de nossos processos de pensamento.
E como o pensamento movimenta energia e causa sensações em nosso corpo, temos sentimentos provocados pela mente: Sentir+ Mente= sentimentalismos.
Dentre eles estão o orgulho, a vaidade, magoas, percepção de desvalor, e todas sensações negativante, pois não nós enquadramos com a idealização que criamos de quem devemos ser.

Porém, quando aprende-se a controlar nossa mente e não mais sermos controlados por ela, a utiliza-la como ferramenta de ação, de forma clara, lucida, apenas como apoio dos processos que vem da alma, podemos falhar menos.
A alma por ter acesso a nossa verdadeira essência, consegue prever todas as infinitas possibilidades que se apresentam a nossa frente, mobilizar os recursos necessários, para gerar uma realidade adequada a ela.
Ela, possui todos os sensos que podem nós nortear, o de justiça, de beleza, de estética, fraternidade, e todas qualidades que valorizam o ser. Ela é a fonte das intuições precisas, que quando consultadas e seguidas, só trarão a possibilidade do acerto, da vitória, do realizar, do fluxo da vida, pois o amor incondicional é seu mover.
Amor que nasce na mente, é de posse, requer reconhecimento, retribuição, trocas de domínio-submissão, papeis determinados, quando o exterior é nossa referência de realidade…onde nascem os conflitos...

O Amor que a alma sente não pode ser explicado, colocado em ideias, explicado, apenas é. Não espera nada, não precisa possuir, basta sentir. Não é sentimentalismo, mas sentimento verdadeiro e eterno.
Quando a alma ama, não se decepciona, pois nada espera, não tem expectativas, apenas ama e este sentimento é incondicional.
A alma é, portanto, nosso guia melhor, pois tem toda sabedoria que amealhamos por todas nossas vidas, e além, a fonte divina, aos registros akashicos, à eternidade....
E em menos que um segundo, quando consultada, traz a resposta precisa para que a mente compreenda, e gerencie a ação.
O Universo é único, se move e renova, não tem regras. Cada fato é diferente, e uma interpretação, ação única, portanto os caminhos neuronais cristalizados não conseguem ter esta velocidade de reação.
A alma tem reação imediata, para não dizer, preventiva, e se comunica na forma de intuição, de instinto, e é precisa, como o computador mais veloz que podemos imaginar, pois processa e discerne a velocidade da luz. E melhor, a alma mobiliza todo nosso magnetismo para gerar a realidade que lhe convém, quando ela está livre para agir.

Como discernimos, pela mente ou pela alma é opcional. Portanto, errar é opcional, pois é decidir pela mente. Discernir perguntando ao peito, na conexão da alma, é certeza de melhor agir.

A alma pode agir por dois caminhos:
- quando estamos com cardíaco aberto, soltos, o fluxo vem naturalmente e milagres podem acontecer.
- quando a cabeça está no controle, os condicionamentos entram em ação, as possibilidades são reduzidas, e o erro possível.
A mente não ligada à alma, observa um mundo idealizado, polarizado, onde existe a possibilidade de perda e ganho.
A mente ligada a alma, se torna funcional, serve ao espirito, possui ação mental direcionada, e ao ouvi-la não mais nós machucamos.
Seguir a alma é seguro, pois ela nos assegura sempre a melhor possibilidade. A vontade que vem da alma é legitima, flui fácil, o fazer se torna gostoso.
Ela é sabia, em seus sensos, se abre para as pessoas boas, e se fecha as pessoas que lhe podem ferir. Sem motivos, sem pensar, apenas sente atração ou gera repulsão.
A alma se recolhe quando a mente não permite ela se manifestar, e gera armaduras para aprisiona-la. Ela não aceita ser aprisionada.
A alma gera estados- quando ela gosta de nossa ação, traz um bem estar; mas quando agimos pela mente, a desvalorizamos, nós nos sentimos mal.
Este é sua forma de nós guiar- nós sentirmos bem, livres, felizes, é sinal que estamos vivendo pela guiança da alma, se nós sentimos angustiados, ansiosos, pressionados, a mente assumiu o controle e busca nós formatar.
Viver na alma é viver pelo temperamento, viver na mente é se adequar ao comportamento.
Ser feliz é unir em um só fluxo temperamento e comportamento, ser honesto consigo mesmo, permitir que a verdadeira essência que somos, se manifeste em plenitude
Ao seguir a mente, nós nos desvalorizamos, negamos nossa sabedoria, o fluxo da alma, e nossa prosperidade se fecha, pois estamos no desvalor.
Ao buscarmos quebrar o condicionamento, voltando nossa atenção ao peito, à cada questão de nossa vida, e pedirmos à alma nos indicar o caminho, nos intuir, estamos nos valorizando, então a prosperidade em todos os sentidos se manifesta.
A fé na mente, a crença em suas limitações, em reduzidas possibilidades, falta de recursos, gera realidade de acordo com esta negação do Ser em nós.
A fé colocada na alma, no fluxo positivo, construtivo de amor incondicional, nós valoriza, e ela irá plasmar uma realidade que nós pode surpreender.
Quando a alma está presente, nenhuma obsessão pode se aproximar, pois por ela flui nossa luz divina.
A obscuridade só existe para quem nega sua alma, pois a própria mente, processos mentais se tornam a maior fonte de obsessão.

Exercício:
Quando se está angustiado com um problema, podemos nós isolar, pelo foco na respiração, acalmar a mente, aquietando-a, e entrar em estado meditativo, ou seja, de amplificação da consciência, e então centrar a atenção na alma, e lançar a questão e se permitir a ouvi-la, e seguir sua guiança. Com o treino, a conexão fortalecida, cada vez sua “voz” será mais percebida, e ficará mais fácil se guiar pela alma, e não pela mente.
Nosso sistema perceberá que toda questão deve ser levada ao discernimento da alma, e não mais os caminhos neuronais agirão de forma autônomas, nós nos tornamos mais lúcidos.
Com isto, estaremos vivendo cada vez mais de uma forma mais salina, ou seja pela presença da alma, do espirito, da essência em nós.

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Conteúdo desenvolvido por: Ingrid Monica Friedrich   
Ingrid M. Friedrich (CRT 44680) Atua com Psicoterapeuta Alquimista e Junguiana- Conselheira Metafisica, Mediúnica e Profissional-Terapeuta Breve-Lado Sombra, Reprogramação Autoimagem, PNL, e técnicas em sincronícidade, como facilitadora no processo do autoconhecimento, em busca de melhor qualidade de vida.
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