Você se deixa influenciar facilmente?

Você se deixa influenciar facilmente?
Autor Flávio Bastos - [email protected]
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"Grande parte dos maiores males que o homem tem infligido sobre o homem surgiu de pessoas que se sentiam absolutamente certas sobre algo que, na realidade, era falso". (Bertrand Russell)

Nesse início de século 21, a humanidade passa por uma fase em que falsos profetas se proliferam de uma forma que impressiona até os mais distraídos. São religiosos, políticos ou pessoas que se apresentam como benfeitoras sociais, que usam o discurso bem elaborado, a pregação que toca os sentimentos ou a receita da solução de todos os problemas.

Apresentam-se como a encarnação do bem que luta contra o mal, e investem no psicológico das pessoas pela isca do emocional, geralmente pela via da carência afetiva, das frustrações, perdas significativas e limitações que apontam na direção da baixa autoestima e a insatisfação com a vida.

Nesta lógica, o político que discursa, o religioso que prega e o indivíduo que passa a imagem de benfeitor social, têm uma coisa em comum, que é a lábia, o poder de convencimento e o carisma para atrair aqueles que buscam fora de si mesmo, o lenitivo para as suas dores.

Vivemos, a partir do final do século passado, uma crise de valores que foi se intensificando na cultura ocidental. Em pleno século 21, a violência implícita toma conta de corações e mentes preparados para enganar em nome de um projeto pessoal de vida, que visa o poder a qualquer custo. E quando falamos em poder, queremos dizer ego inflado, riqueza material, megalomania.

A maioria dos falsos profetas são hábeis articuladores e manipuladores em prol daquilo que projetam construir em seu nome. E, nesse insano processo, um sem número de pessoas são fisgadas pela fé, idéias ou pela pseudobenevolência daquele que se apresenta como um ser pacífico, caridoso e amável, o protótipo do pai bom ou da mãe cuidadora, responsável, que muitas pessoas não tiveram ao longo de seu histórico infantil.

Portanto, o emocional é o ponto nevrálgico de uma lavagem cerebral no campo das doutrinações, sejam elas de âmbito político, religioso ou pretensamente assistencial. E pessoas com o emocional abalado ou fragmentado, são vítimas em potencial porque encontram-se com a capacidade de racionalizar comprometida.

Há cerca de dois mil anos, Jesus Cristo, contrariado e furioso com a atitude de algumas pessoas as quais chamou de "vendilhões do templo", promoveu um verdadeiro quebra-quebra entre os que exploravam a boa fé e a ingenuidade alheia. Os dias atuais reproduzem em escala infinitamente maior aquilo que Cristo registrou como aético e hostil para as relações humanas alicerçadas no bem e na verdade.

Neste aspecto, a Psicoterapia Interdimensional, através de inúmeras regressões a vidas passadas, tem demonstrado que a boa ou má índole acompanha o espírito onde ele estiver. Muitos despertam de processos obsessivos relacionados ao poder, após passarem por experiências traumáticas. Outros permanecem insistindo, porém, de forma dissimulada onde se percebe nas entrelinhas, o orgulho, o egoísmo e a ambição como pano de fundo de comportamentos doentios. Outros, ainda, despertam para os valores eternos inseridos na convivência humana, ocupando o seu espaço de forma útil, honesta e transparente.

Por outro lado, os meios de comunicação, principalmente a televisão, também servem como instrumentos de manipulação de massa, onde, geralmente, interesses relacionados ao poder estão em jogo. Telejornais ou programas que "distraem" o grande público, podem servir como instrumento de alienação e desviar o foco de informações ou conhecimentos que o indivíduo necessita apropriar-se para exercer a sua consciente cidadania na sociedade em que vive.

Não somos robôs que se movimentam na dinâmica da vida comandados por alguém, mas indivíduos dotados de excepcional capacidade de expansão da consciência. Interdependentes, contudo, com vontade própria e livres para o exercício da liberdade e da responsabilidade consigo próprio, com o outro e com o mundo no qual estamos inseridos.

Portanto, não caia na armadilha da falácia dos falsos profetas ou na teia de mensagens midiáticas cujo principal objetivo é a autopromoção, a manutenção de privilégios ou a ascensão ao poder a qualquer custo.

Nesta direção, sensata e racional, torna-se imprescindível o uso da lucidez para distinguir o falso do verdadeiro, e cultivar o amor próprio para não se deixar levar pela "correnteza" de egos inflados e pela sede de poder e dominação. Realidade que vai no caminho inverso da tendência do novo milênio, que aponta na direção da transparência de atitudes individuais e coletiva como fonte de energia que alimentará a fome de justiça e verdade na sociedade humana.

Algumas dicas da psicóloga Katheen Taylor, especialista em Neurociências da Universidade de Oxford, no Reino Unido, podem ser úteis em momentos de dúvida. É o que veremos a seguir.

Cuide da Saúde
Gente saudável tem maior senso de controle sobre si mesmo. Quem vive numa montanha-russa de muito estresse, pouco sono, álcool e drogas, abaixa a guarda e fica exposto às influências.

Cultive a Experiência
Pessoas mais velhas tendem a acumular lições de vida e perceber melhor certas armadilhas de manipuladores. Elas também têm menos necessidade de fazer parte do "efeito manada" e, apegadas a fatos que já conheceram antes, são mais difíceis de serem convencidas. ESTIMULE A CRIATIVIDADE Pessoas com grande capacidade imaginativa possuem mais conexões cerebrais. Assim, analisam melhor tudo que ocorre ao seu redor.

Pare e Pense
Desenvolva essa capacidade. Só assim você vai conseguir diferenciar ideias nas quais realmente acredita daquelas que é apenas massa de manobra.

Tenha uma Educação Diversificada
Cada novo conhecimento fortalece o córtex pré-frontal, o grande tomador de decisões do cérebro. E, quanto mais diversificada e plural for a sua cultura, menos chance você terá de ser vítima da manipulação que leva à alienação ou ao fanatismo ignorante.

Tome cuidado em momentos difíceis
Pessoas que tiveram a vida sacudida por acontecimentos grandes (em geral trágicos) como a morte de um parente, perda de emprego ou uma separação, ficam mais suscetíveis, pois estão em busca de uma válvula de escape.

Para finalizarmos, sugiro que avalie a sua situação, e se for necessário, busque ajuda especializada para libertar-se das amarras que prendem você aos excessos das mazelas humanas.

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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
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