Sou índigo?

Sou índigo?
Autor Flávio Bastos - [email protected]
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O artigo de hoje é a reprodução de uma conversa virtual estabelecida com uma adolescente que demonstra ter dúvidas em relação à sua condição de se sentir diferenciada do senso comum, ou seja, do comportamento dito "normal". É o que veremos a seguir.

Primeira Mensagem
Olá, bom dia! Andei lendo alguns artigos sobre índigos; na verdade, foi algo por acaso mas acabei me identificando em vários aspectos. Mas tenho dúvidas se eu realmente sou indigo, então, encontrei seu e-mail e pensei em mandar um depoimento.
Desde muito pequena sempre fui extremamente criativa, mais do que o "normal"; amava tudo voltado às artes e era bem "íntima" da fantasia, tinha uma amiga imaginária chamada Rincley. Aprendi a falar muito cedo, com dez meses; em compensação, comecei a andar muito tarde - com um ano e oito meses. Meus pais falam que era uma cena engraçada, um bebê bem pequeno sem saber se locomover e falando pelos cotovelos! Meus olhos são azuis e, especialmente quando eu era menor , eles eram gigantes. Sempre foram penetrantes, olho fotos minhas bebê, parece que eles hipnotizam - as pessoas também falam isso. Bem, quanto a intuições ou mediunidade, não tenho muita certeza se isso ocorria comigo quando era menor, mas sempre tive extremo interesse em coisas "além dessa dimensão", e ,a partir de 2011, alguns sinais começaram a aparecer. 2011 foi um ano de muita mudança na minha vida, minha escola antiga ia até o quinto ano, então, quando fui para o sexto, tive de mudar de escola. Desde então tenho uma intuição bem aguçada, e fenômenos paranormais acontecem à minha volta com bastante frequência. Em 2013, eu mudei de escola novamente, e aí os sinais se intensificaram, tanto que em 2014 eu já era conhecida na escola como "vidente". Tenho grande intuição e vejo acontecimentos em sonhos, além disso, minha força de pensamento é grande. Quando canalizo algo em minha mente para que aconteça, não raro o pensamento se concretiza. Sempre fui uma aluna extremamente aplicada, sendo reconhecida muitas vezes como o destaque de classe. Os índigos geralmente são erroneamente diagnosticados com TDAH, mas esse não seria o meu caso. Sempre fui muito contestadora, curiosa (até demais) e questionadora, mas no fim, mesmo julgando errado o sistema escolar vigente, acabava cumprindo as ordens, ainda que contrariada. Mas nunca precisei estudar muito para absorver um conteúdo, e frequentemente me pego em devaneios - é muito fácil pra mim me desconectar do mundo e me absolver nos pensamentos; e isso acontece com muita frequência. Esse ano estou no "terceirão", e parece que nada faz sentido. Não entendo o porquê de estudar certos itens e, quando já sei o assunto e ele não me interessa, simplesmente me desconecto das aulas; sonhando acordada. Acredito que agora tenho tido mais coragem de falar em voz alta tudo aquilo que acho errado. Detesto autoridades impostas e considero errados os inúmeros sistemas que seguimos - especialmente a educação.

Não me parece correto o jeito como estamos ensinando crianças e jovens a ser alguém. Esse pensamento, que sempre esteve em mim, agora tem mais coragem de sair. Tenho uma necessidade extrema de mudar as coisas, de achar meu lugar no mundo e fazer realmente a diferença. Me indigno facilmente com questões de âmbito social que considero erradas, mas detesto brigas por motivos fúteis e mundanos. Por isso sou vista como "pacificadora", nunca me meto em brigas e sempre tento fazer as pazes. As pessoas costumam me dizer que se sentem em paz comigo, se sentem tranquilas. Consigo detectar quando uma pessoa está se aproximando sem vê-la, e, quando sua energia é negativa, minha nuca se arrepia.

Consigo saber se alguém mente (e odeio mentiras), consigo saber sobre o que pessoas do outro lado da sala estão conversando sem necessariamente ouvir a conversa; e sou extremamente otimista. Coisas que eu realmente amo: crianças e natureza. Para mim, o sol e a água são dádivas e amo passar meu tempo dentro de piscinas ou mares. Também passo tempo ouvindo as crianças. Tenho um irmão de nove anos e, tanto ele quanto seus amigos, sentem meu amor por crianças porque sempre vêm falar comigo... parece que eles se sentem seguros perto de mim. Amo escrever, sinto que minha vida faz sentido por causa das palavras, e canalizo meu senso crítico nos textos quando não tenho coragem de expô-los ou contrariar as regras da escola. Gosto de passar tempos sozinha refletindo, isso me faz muito bem... minha mente é um caos de ideias, e passar tempos sozinha me relaxa e põe meus pensamentos no lugar. Tenho a sensação de que às vezes meu corpo é um empecilho para fazer tudo que quero, não raro tenho a sensação de que estou estufada e vou "explodir"; muitas vezes sinto meu corpo pesado e sou bem destrambelhada - sempre tropeço pela rua e caio sem motivos, bato a cabeça em paredes ou postes.

Não gosto de roupas justas porque parece que estou sendo sufocada. Sou uma menina magra, não sinto isso pelo meu peso, porque ele é normal e meu corpo é forte. Parece apenas que ele não consegue conter o "conteúdo" que tem dentro; li algumas coisas a respeito e vários índigos sentem isso. Gosto de usar sempre roupas leves e longe do corpo, assim me sinto mais livre. Ultimamente, um nome e um rosto surgiram em minha cabeça: William. Sonhei "acordada" com ele algumas vezes, e acabei lendo algo sobre guias espirituais. Tentei conectar-me com ele e, nas primeiras vezes, me senti confusa, não tinha certeza se as coisas eram reais ou sonhos. Ele me disse para ler Eclesíastes, depois fui descobrir que era um livro da Bíblia e o pedaço que li foi muito importante para me acalmar em certo período que eu estava da vida. Não sei se certas coisas foram reais ou imaginação, mas descobri que "william" significa protetor. Tenho amigos imaginários com naturalidade. Bom, desculpa pelo texto gigante, mas qual seria sua opinião? Posso eu ser considerada indigo ou em despertar?

Resposta
Boa tarde! Sem dúvida, você reúne algumas características de pessoa índigo ou cristal. No entanto, gostaria de saber mais sobre a sua experiência relacionada à paranormalidade, como por exemplo, seus amigos imaginários, a sua premonição (antever fatos) e sentir a energia das pessoas, entre outras. Sobre a "necessidade extrema de mudar as coisas, de achar meu lugar no mundo e fazer realmente a diferença". Se possível, gostaria que você desenvolvesse mais essa sensação em relação aos seus sentimentos e visão de vida e mundo.

Segunda Mensagem
Oi! Então... Sobre premonições, geralmente aparecem em sonhos. Às vezes, de forma bem direta; em outras, de forma um pouco mais indireta. Também tenho algumas premonições pouco tempo antes de acontecer um fato, me ocorre um pensamento aleatório ou uma visão de algo; e essa coisa acaba se concretizando. Vou citar alguns exemplos para você ter uma ideia mais clara. Ano passado tivemos um trabalho escolar que era a apresentação de uma peça de teatro, eram quinze pessoas por grupo e eu estava bastante sobrecarregada, porque tinha assumido quase todas as funções. Num desses dias em que fui dormir com a cabeça cheia por causa da peça, sonhei que uma atriz quebrava a perna pouco antes da apresentação, mas nao consegui ver o rosto da pessoa. Isso foi na noite de sábado para domingo. Ao acordar, conversando com outro participante do meu grupo por meio de mensagens, comentei sobre meu sonho, e ainda brincamos que isso significava sorte. Já na segunda-feira, no meio da aula de educação física, a protagonista de uma das peças quebrou a perna. Mas não foi do meu grupo, e sim do outro. Foi uma situação bem tensa porque não havia outra para substituí-la, mas no fim deu tudo certo. Teve uma outra vez que eu estava indo cortar o cabelo e, no caminho, comentei com a minha mãe que tinha a sensação de que o local estaria cheio de água quando chegássemos. De fato, quando chegamos, estavam todos com panos na mão secando o chão, um cano havia sido estourado e o salão de beleza estava inundado. Teve uma outra situação, em um dia de escola, quando certo professor nosso estava dando aula. Eu estava com uma sensação esquisita de que algo errado aconteceria com esse professor, e, no fim da manhã, nossa orientadora entrou em nossa sala para nos informar de que ele havia sido demitido. Outra vez eu fui para a aula com a intuição de que alguém estaria sem voz, e, quando cheguei, minha melhor amiga estava completamente sem voz. Recentemente, tive um sonho estranho onde íamos para a cidade de Gramado e, no meio do caminho, fomos informados de que morreríamos caso subíssemos mais a serra. Nesse mesmo sonho, nos abrigamos em uma casinha no meio da estrada e lá recebi vários vídeos de uma amiga minha de crianças sendo mortas. Acordei incrivelmente assustada, é claro. O mais curioso é que, no outro dia, meu pai veio me perguntar se eu queria passar o feriado de carnaval em Gramado. Minha mãe não estava com muita vontade, e eu concordei com ela em não irmos, mas não falei do meu sonho.

No fim das contas, meus tios foram e voltaram hoje, e deu tudo certo. Mas hoje, no meu estado (SC), o jornal noticiou três assassinatos envolvendo algumas crianças; não sei se isso tem alguma relação com o fato de eles voltarem hoje de Gramado ou o meu sonho, mas achei válido registrar aqui. Houve alguns outros casos também, como intuir o que a pessoa ia dizer, acertar o nome das pessoas que nunca vi na vida apenas olhando pra elas ou saber a hora exata em que alguém chegaria em tal lugar e coisas do tipo, mas escolhi alguns para falar com mais detalhes. Já quanto a amigos imaginários, tive a Rincley, quando criança, mas não me lembro de nenhum grande acontecimento que a envolvesse. E atualmente, o William me apareceu, meio aleatoriamente; e depois descobri que seu nome significa "protetor". Desde que ele surgiu na minha cabeça, várias pessoas de nome William me apareceram e tiveram certa relevância em minha vida. Só gostaria de saber se tem algum jeito de eu saber quando os sonhos são um aviso e quando são irrelevantes, por que às vezes fico com medo de algo ruim com o qual eu sonhei se torne realidade. Sobre meu sentimento quanto a fazer a diferença.. Sinto que eu tenho o dever de mudar o que eu acredito estar errado. Não consigo me imaginar morrendo e deixando tudo como está, sinto que preciso fazer algo por esse mundo, para melhorar a vida das pessoas. Amo escrever, quero deixar meu legado na escrita, tentando colocar meus valores nas palavras e livros. Quero descobrir coisas novas para ajudar as pessoas, mudar sistemas - especialmente o da educação; criar padrões novos... tentar consertar algumas coisas que já não funcionam mais. Acho que é isso.

Resposta
Na verdade, gerações de índigos estão chegando à Terra há algum tempo. Pelo menos há três gerações de índigos vivendo entre nós. Os últimos a chegarem são os não menos evoluídos "Cristais", que são adolescentes ou crianças. No entanto, tanto índigo quanto cristal não chegam por acaso, mas ao contrário, chegam com missões de ajudar na melhoria do mundo em que vivemos. Pelo fato de serem dotados de paranormalidade, suas percepções são diferenciadas da percepção comum. Possuem uma sensibilidade alterada e percebem situações que podem descrever, que passam despercebidas pela maioria das pessoas. Por este motivo, a inconformidade com flagrantes situações de injustiça social, com a falta de transparência e verdade no comportamento das pessoas ou das instituições, chocam-nas e as estimulam a lutarem por justiça e igualdade social. O índigo ou cristal tem um apurado senso de justiça e persegue a verdade acima de outros valores internalizados em seu inconsciente. Quando se olha no espelho, o índigo ou cristal enxerga não apenas a sua imagem refletida, mas também a imagem do outro, do coletivo humano. A sua crítica em relação ao sistema educacional, entre outras observações que descreve no texto, associado à profundidade da análise em sintonia com o contexto de sua vida, demonstra uma clarividência a respeito de si mesma inserida em um universo diverso e repleto de coletividades. A intuição é a ferramenta utilizada consciente ou inconscientemente pelo índigo ou cristal, no sentido de ser sua bússola pelos caminhos da vida. A experiência com o amor ocorre em conformidade com as suas escolhas em momentos decisivos do processo vital. Um amor que não deverá ser egoico, possessivo ou individualizado, mas um amor expansivo, socializado, abrangente.

Texto Revisado

 


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Conteúdo desenvolvido por: Flávio Bastos   
Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia.
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