As fases do ciclo de quem sofreu violência...

As fases do ciclo de quem sofreu violência...
Autor Ana Carolina Reis - [email protected]
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Violência é violência. Não importa se foi dentro de casa, na rua ou num canto de bar (até na frente de um altar, como algumas vezes presenciei). Sofrer violência deixa marcas e sequelas que se apagam na pele, mas não na mente e no coração.
Perdoar não entra aqui em questão; não se trata de se achar uma vítima e um culpado. Pois, sabe-se que o que foi atraído para si, foi por uma razão kármica, o que não justifica de forma alguma o delito do agressor. Porém, ajuda a compreender a situação de uma perspectiva mais ampla, global.
Aqui, trata-se de entender o que se passa com uma pessoa que sofreu violência, de fato, e que se sentiu negligenciada pelos seus pares (ditos irmãos espirituais).

Primeiro, vem a fase do medo – ainda mais quando se trata de um psicopata: medo de ser atacada de novo (principalmente!), medo de enfrentar, medo da vergonha de se expor e ainda levar a culpa (“o que você fez para merecer isto??”)... Enfim, medo de encarar a luta.
Depois que o medo vai embora, vem a incompreensão: “meu Deus, como pude passar por isso tudo?”. Então, tenta-se de todas as formas esquecer, negar, fingir que não aconteceu... É uma fase “aparentemente boa”, pois o sofrimento fica um pouco escondido, porém não curado.
Aí, agora vem a raiva, explosiva, furiosa! E esse inconformismo de ver que nada foi feito, que o silêncio teve um preço, caro de se pagar em todos os sentidos...

Nunca é tarde demais para se reivindicar seus direitos, mas estou cansada demais para ser atacada novamente. E o medo que se tornou uma leve preocupação: “o que eu faço?” – é a pergunta da mente, do eu pequenino que cansou de se esconder e encolher.
Chega!
Chega de esconder, de compactuar, de omitir. Cansei, com todo esse sofrimento guardado no meu peito. Fui vítima, sim, de violência (não gosto da palavra doméstica – porque remete àquele velho pensamento popular de que “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”). Fui vítima de violência física e psicológica por anos da minha vida, por uma pessoa que se dizia “um ascensionado” (só se for do lado negro da Força, é claro!), mas que não passava de um ser insano e sem coração!

É muito triste ver ainda tantas pessoas enganadas por ele, mas cada um vê aquilo que pode ver – em determinado momento, de acordo com o seu merecimento e evolução espiritual.
Eu só quero me libertar dessa opressão, ser livre, feliz e nunca mais ter medo de nada, medo de ser ferida, de ser olhada torto, de ser machucada por pensamentos, palavras e atos violentos e perversos.

O que eu gostaria, de verdade, é que ninguém mais passe por isso em silêncio, sofrendo... E que consiga quebrar a sua casca do casulo, sua bolha e se libertar. Voar livre para bem longe de toda opressão, medo e terror.
Como eu fiz, voei para o Sul, para um jardim lindo e florido de céu azul, cheio de Amor pleno, que o Senhor reservou para mim; um amor puro e pacífico – que jamais pensei encontrar.
Agora, eu quero poder dizer adeus a esse passado e deixá-lo ir com todas as suas marcas, cicatrizes, dores, dívidas e tudo aquilo que não serve à luz e à evolução do meu ser.
Que todos os seres alcancem a Luz e a libertação. Que um dia a Justiça se faça! Que eu possa ter irmãos verdadeiros com quem contar. Que o Amor liberte e cure tudo. Amém!

Om Sai Ram! 

Texto Revisado



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Conteúdo desenvolvido por: Ana Carolina Reis    
Responsável pelo Espaço Aurora Pachamama. Terapeuta Integrativa (CRTH-BR 6400 ABRATH), com formação em Reiki e Seichim (diversos sistemas), Apometria, Cristaloterapia, Terapia Floral, Constelação Familiar, Magnified Healing® e Light Healing®. Formada em Psicologia, pela UFCSPA. Autora dos livros: "Xô, depressão!" e "A Sabedoria dos Cristais
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