Elasticidade, resiliência, deformação e ruptura

Autor Ingrid Monica Friedrich - [email protected]
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Na engenharia, todos os materiais utilizados em construção são testados em sua resiliência, ou seja, sua capacidade de se manter íntegros e inalterados frente ao atrito e tensões a que será submetido.  Para tal se submete uma amostra do mesmo, ao teste de tração, onde se mede seu limite de elasticidade e o limite de ruptura, e o de deformação, que fica entre ode elasticidade e ruptura.

Se submete a amostra a várias tensões, por um período de tempo, e se solta, verificando sua capacidade de retorno a estrutura anterior, sem damos, e por quantas vezes, e obtemos sua resiliência naquela condições.

Chegamos até obter o início da deformação permanente, onde foi submetido a primeira vez a uma certa tensão, e mesmo que liberado, não retorna a estrutura anterior, havendo perda de sua integridade, danos, atinja seu ponto de fadiga, de stress.

E também determinamos até que ponto podemos conduzir a amostra até que ela rompa completamente.

Todo prédio depende na sua durabilidade de cada material usado em sua construção, de forma a não ultrapassar o limite de elasticidade, nem ser tão rígido que haja rompimento, por isto o uso de espaços para dilatação, ou seja, que a elasticidade possa ocorrer, sem causar danos a estrutura.

Assim é a vida, no dia a dia, temos atritos com o meio, que nos testam a capacidade de adaptação sem danos, nossa  capacidade elástica, a tensão dura um pequeno espaço- tempo, mas assim que acaba voltamos a nosso centro, sem danos.

E existem tensões que nem nos abalam, pois somos capazes de lidar com elas sem nos afetar, pois nos tornamos resilientes, quase que blindados, em geral, são eventos que há adquirimos uma boa capacidade de resposta, onde nos sentimos seguros e no domínio dos possíveis evento.

Isto dentro de empresas é chamado de competência profissional e extremamente procurado e valorizado.

Porém existem situações que nós expõe a tensões mento-emocionais acima do nosso limite de elasticidade : as enfrentamos e superamos, porém resultam em magoas, em desgastes mais ou menos permanentes, o stress e proximidade a burnout.

Podemos chamar o ponto de ruptura como burn out, ou onde algo de nós rompe, cinde de vez, onde perdemos integridade, e para nosso conjunto sobreviver, jogamos para debaixo do tapete, encapsulado, um trauma que gera um complexo neurótico, ou mesmo o expulsamos de nosso conjunto, para que o Todo sobreviva, da mesma forma que nosso sistema imunológico trabalha para nos manter vivos, apesar de haver algo nos atacando internamente.

Pois os traumas ocorridos que nos levam próximo ao ponto de deformação permanente ou mesmo burnout, são par nosso sistema de integridade da vida, algo a ser combatido, podendo gerar até doenças autoimunes, onde o corpo começa a se destruir.

 Mesmo os suicídios e a sensação de que está é a única saída, em um momento de desespero, é como um material levado até o limite de ruptura.

 A exposição a eventos que ultrapassam a capacidade do Ser em se manter integro e pleno são tão fortes, que mesmo que pontuais, podem causar o Burns out.

Mas o Ser Humano é uma máquina maravilhosa, existe algo dentro dele, que o ensina a desenvolver e ampliar a cada dia, a cada tensão, um novo limite de elasticidade, de resiliência, um pouco maior que o do dia anterior.

Ele tem o arbítrio de mudar sua POSTURA INTERIOR a cada momento e interferir positivamente ou negativamente, de forma que se torna mais resistente às tensões que a vida lhe oferece, e coisas quem um dia lhe eram quase sobre-humanos, aprende a lidar aponto de se tornarem confortáveis, e naturais.

A criança cresce aprendendo a vencer os próprios limites orgânicos, do bebe totalmente dependente, até fazer tudo por si mesmo, adquirindo maestria, ou ao menos domínio motor, capacitando seu cérebro reptiliano a manutenção de uma boa vida, autônomo à vontade da persona, pois é responsável a sobrevivência, então não permite que se pare de respirar, mas um nadador mantem por mais tempo sua apneia que uma pessoa comum, pois alterou seu limite de elasticidade pulmonar.

Da mesma forma, aprende a lidar com suas emoções, e como obter do meio o suprimento de suas necessidades, se tornando a cada dia mais apto a sobrevivência e centrado, menos afeito a desequilíbrios emocionais ( desenvolvimento e capacitação do cérebro límbico).

E aprende a lidar com seus processos  mentais concretos e abstratos, com sua mente capaz de imaginação sem nenhum ancoramento na realidade, em eventos, o que nos gera stress e burnout frutos do  imaginário e não do dia a dia. E uma mente descontrolada causa reflexos no cérebro límbico, que por sua vez, joga seu stress para ação do cérebro reptiliano, que precisa de algum jeito, parar o funcionamento enlouquecido do neocortex.

Mudar o foco da atividade mental é uma das formas... surge em nossa vida, um prioridade que faz com que a mente sossegue, em geral uma doença, que tenta enraizar a mente na realidade.

Somos tal como uma corda de violão, se afinada, pode ser tocada por muito tempo, porém se mantida em forte pressão, ela terá sua vida útil reduzida, e produzira sons de harmônicos, fora do tom da música, e se muito tensionada, poderá romper nos primeiros toques. Mas frouxa demais não produz música, as vezes nem emite notas, de tão baba, sem tensão.

Vivermos com uma Postura Mental e Emocional de DOMINIO e não de Controle, dentro de nosso limite de elasticidade confortável, onde os corpos são capazes de se regenerarem completamente, e expandi-los dia a dia, amplificando nossa CAPACIDADE de resiliência, de forma a não nos expormos a situações que nos causem deformação permanente e danosa, que nos impede até mesmo de termos o desempenho que anteriormente estava em nosso campo de elasticidade, que nos fragiliza, a ponto de sucumbirmos a qualquer olhar torto, e pode nos levar à ruptura, ou total, ou à perda de um fragmento de alma, que carrega consigo algum dom e/ou talento , nos fragmentando, mesmo que este permaneça em nós encapsulado, como vinculado à um trauma que envolve um fragmento de nossa centelha vitalizante.

E no aspecto geral, estes núcleos coagulados de centelha envoltas de conteúdos traumáticos graves, ou de uma simples magoa douradora, um ressentimento,  tendem a ser atrair e reunir, como o mercúrio metálico liquido faz, e formar um corpo de dor, que quanto maior, menor será nossa capacidade elástica e de resiliência e maior a probabilidade que um evento simples nos gera uma deformação ou ruptura definitiva, ou seja, aumenta nossa vulnerabilidade.

Aqueles que se declaram invulneráveis, blindados ao atrito da vida, negando serem afetados pelo dia a dia ,vivem uma ilusão, uma idealização, que não cabe a espécie humana, pois Ser Humano é se tornar sensível e empático, a e aos poucos ir integrando-o até o momento que já não mais exista, onde a capacidade elástica e de resiliência acumulada se torne tal, que pouca coisa o abale realmente, pois já desenvolveu maestria com os eventos que anteriormente eram traumáticos- já possui respostas na sua lucidez, que o permite lidar com eles sem perder seu centramento e lucidez.

 E somente o ser que confia na sua capacidade elástica de se expor e não cindir nem romper, tem a coragem e ousa encarar suas fragilidades e ainda mais não se envergonha delas.

Mas a técnica de mudar a crença de ser totalmente vulnerável, viver à mercê do atrito do mundo, sem nada fazer, declarando dentro de si, ensinando seu lado sombra que deve se tornar cada vez menos vulnerável, é altamente eficaz, pois quebra condicionamentos da nossa subpersonalidade vítima, frágil, que precisa de alguém que a proteja, alimentando nossa subpersonalidade forte, capaz, maduro, resiliente, trazendo um ponto de equilíbrio entre ambas, as reintegrando – forte, porém terno, decidido, capaz mas empático.

O domínio nunca é obtido negando um aspecto, e o deixando primitivo, latente, mas sim o desenvolvendo e o tornando funcional, de forma a estar disponível sempre que necessário.

Como o amigo Inácio de Loyola defini bem : “Sou um Serenão – mas isto não significa que sempre sou sereno, calmo, mas que sei dosar exatamente a melhor forma, da melhor maneira e intensidade, no momento correto, a energia que vou dispor par obter um objetivo determinado. E Se precisa para tal, ser intenso, agressivo, o farei, desde eu resulte no Bem”, cause uma quebra de estado hipnologico, rompa com uma ilusão, que cause dor pela visita da Verdade.

Na alquimia da Consciência trabalhamos para elevarmos através do desenvolver da capacidade ( por isto é chamada de capacitação) de a cada dia nos tornarmos mais adaptáveis, ou seja, elásticos, onde podemos ser exigidos sem deformação permanente, e respeitando nosso corpo no seu período de regeneração de uma deformação temporária,  e pelo autoconhecimento conhecermos nossas fragilidades, nossos possíveis pontos de ruptura, de cisão, para que como a água, tenhamos a sabedoria de desviar do obstáculo, buscando caminhos onde o desgaste energético e vibracional se reduzam ao máximo, permitindo que evoluamos, sem nos deformarmos....e se o fizermos, saibamos reverter o desgaste até volta a uma estrutura vibracional mais adequada ao nosso atual momentum evolutivo.

O equilíbrio dinâmico e equânime entre agua e terra: fluidez, e rigidez; doçura terna e força poderosa...na dosagem correta pode se tornar terra fértil; se muita agua emocional, um pântano em putrefação, se muita terra seca,  dura ou arenosa árida, nenhuma semente nela cresce, tal como no deserto. Se muito sol, queima o brotinho frágil, se ar muito gelado ou escasso,  nada se expande.

Uma planta para prosperar  precisa de um meio adequado, umidade, luz, ar e solo mais propícios...muitas vezes as semente, o broto não cresce porque o meio onde ele está não o favorece, e ai, ele tende a fazer o possível para sobreviver, ou seja, não se romper.  Neste caso não é culpa da semente não brotar, e sim porque não providenciamos para ela o meio necessário.

E será que nossas sementes,  nossos dons e talentos, encontram em nós o ambiente adequado para que elas se desenvolvam e nos enriqueçam, nos dando mais capacidade elástica e de regeneração, de sermos mais adaptáveis e fluídicos ao meio onde a vida em nós se manifesta?



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Conteúdo desenvolvido por: Ingrid Monica Friedrich   
Ingrid M. Friedrich (CRT 44680) Atua com Psicoterapeuta Alquimista e Junguiana- Conselheira Metafisica, Mediúnica e Profissional-Terapeuta Breve-Lado Sombra, Reprogramação Autoimagem, PNL, e técnicas em sincronícidade, como facilitadora no processo do autoconhecimento, em busca de melhor qualidade de vida.
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