Busca na Espiritualidade

Busca na Espiritualidade
Autor Ingrid Monica Friedrich - [email protected]
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Buscamos nossa liberdade e para isto nos movemos, da extrema dependência do bebê, para uma cada vez maior independência do adulto, com sabedoria, confiança e plenitude.

Mas tendemos a cair na polarização e buscar a independência de forma radical, como se fosse vergonhoso ter coisas das quais precisamos de alguém, como se fosse possível, neste mundo de infinitas possibilidades termos maestria em tudo. Nunca a teremos, porque a necessidade tem a função positiva de nos fazer buscar relações, o que não significa relacionamentos.
Na relação, existe o caminho de dupla troca, equânime, enquanto na maioria das relações, existe um doador e um receptor compulsivos, e um desequilíbrio de fluxo, um dá mais que recebe, onde um dá o seu melhor recebe em troca o pior do outro, e tem que suportar em nome da conservação da relação, pois depende do outro para preencher alguma carência.
Para quem busca o despertar de si mesmo, a busca da liberdade não deve passar por esta pretensão de não depender de ninguém, mas o equilíbrio da relação, onde damos nosso melhor ao outro e recebemos dele seu melhor, um complementando a fragilidade daquele com quem mantém uma relação. Equilíbrio força-fragilidade, ambos se apoiando, caminhando lado a lado, onde nenhum é fardo para o outro.
Então, o caminho não é da dependência da criatura para a independência arrogante, pretenciosa, onde temos os dois aspectos em nós, e um submete ao outro alternadamente, gerando uma bipolaridade pendular, que em estados avançados pode se tornar um transtorno obsessivo compulsivo, ou depressivo-eufórico.

A cada dia, podemos buscar para nos tornarmos mais livres, estarmos lúcidos, de cada atitude nossa, de sua motivação mais profunda, do que sentimos ao realizá-la e ao obter as consequências decorrentes, se o prazer nasce de uma vingança, de submeter ao outro, de forma egoica, ou vem, do centro do peito, que se expande e fica feliz, nutrido, em bem-estar.

A busca diária não é por informações, por domínio do meio externo, pois só existe a ilusão de segurança no controlar tudo e a todos, e se alguma coisa sai do esperado, gera raiva, insegurança, indignação, ou seja, negativa o que sente.

A busca é:

Autoconsciência (se conhecer nos mínimos detalhes, e o porquê atrás de cada pensar, sentir etc..)

Autossuficiência (se aceitar e se amar assim como se é, ser suficiente a si mesmo, curando assim a carência do preenchimento pelo mundo externo, que joga as pessoas em relacionamentos destrutivos, buscando substitutos que lhe deem algo que sua criança ferida interior, não lhes foi suprida na formação do ego, ou seja parar de projetar suas necessidades como responsabilidades, alheias, e assumir estratégias de comportamento para obter o suprimento de algo que não nos damos internamento.)

Autossustentabilidade (ser capaz de administrar o que produz bem, e realizar trocas com o meio exterior, para se sustentar, não só no aspecto econômico, mas principalmente no emocional, sustentando as escolhas, feitas de forma cada vez mais lucidas, sem se punir, culpar ou ressentir.

Autoestima Justa e verdadeira (ou seja, ser humilde, se dar o exato valor, não se comparando com ninguém, nem se diminuindo perante alguém mais capaz em certa habilidade, nem menosprezando alguém que tenha dificuldade, onde temos facilidades, e pelo contrário, termos o prazer de ser útil, o prazer de sermos quem somos e deixar-nos fluir).

Autocoerência (agirmos de acordo com nossos valores, sendo leais a nós mesmos, e não plásticos conforme o ambiente, aceitando levar vantagem só porque existe corrupção, se corrompendo (novamente em todos os aspectos, não só o financeiro), pois agir diferentemente daquilo que pregamos, gera auto degeneração).

Autossatisfação (ser capaz de se sentir pleno, preenchido por uma ação sua, sem precisar de um retorno exterior, seja por reconhecimento, de valorização, de validação).

Autopositividade (capacidade de se manter positivo em qualquer situação, ter fé plena, que aconteça o que acontecer, nós daremos nosso melhor, e que se cairmos, levantaremos sem chorar, sem autopunição, sem desejar vingança, destruir e achar algum culpado pela nossa queda).

Autorresiliência (saber se dar sempre o melhor, e buscar desenvolver habilidades, aprendizados, mesmo quando o mundo parece cair a nossos pés, a realidade esteja desmoronando, termos a certeza que nós não desmoronaremos, e sairemos bem do desafio, mais fortes, mais capazes, hábeis, ou seja, na queda e na perda, sempre ganhamos algo de muito positivo).

Ou como pode se perceber, nosso foco deve estar em desenvolvermos aspectos positivantes dentro de nós, de modo lúcido, e não egoico, e a cada dia amplificarmos em algo, em cada uma destas qualidades, levando-as de potenciais latentes, adormecidos à maestria, a habilidades despertas e funcionais...

O alquimista é uma pessoa capaz de observar a Natureza e aprender com ela, e a usá-la de forma funcional e positiva.

Pois aquele que não observa a si mesmo, não é o próprio objeto de observação, no seu labor-oratório interno, nunca será um bom observador da Natureza exterior, pois não sabe onde está, onde mora, e como mora, e sua percepção estará contaminada pela sua ignorância sobre si mesmo.

E quem não sabe onde mora, não saberá que caminho fazer que o conduza a seu destino.

Se as pessoas comuns só utilizam cerca de 3-5% de sua capacidade de forma consciente, ficando então 97-95% para a ação inconsciente, cabe ao alquimista, amplificar cada vez mais seu grau de autoconsciência para bem gerenciar sua atuação no mundo tanto interior, como exterior,  já que o alquimista, como observador, residindo no Ser Eterno, não é nada ligado a uma identificação com forma, localização espaço-temporal, nem possui apegos, pois sabe que tudo que se observa vivendo é transitório e passageiro, e que ele só levará do que vive, esta consciência que ele trabalhou para amplificar durante a experiência como Luz Lentificada pela materialidade, para estudo e autodesenvolvimento.
Nada exterior, será levado, nem mesmo o corpo, um único grão de areia, então, nada disto tem valor, nem a coletânea de informações não transmutadas em vivência própria que teimamos em crer que é sabedoria, mas está limitado ao corpo físico, não apropriadas pela Centelha Divina em nós, e desaparecerá com o mesmo....

Buscar controlar o mundo externo é ilusório, e cansativo, como um cão que corre atrás do rabo, se exaure, mas sem sair do lugar, e de repente cai cansado, sem forças para viver (depressão-euforia).

Amplificar o campo de Domínio de Potenciais (e não controle) conscienciais, nasce de dentro para fora, e não é algo que acontece como um milagre, uma graça divina, resultado da facilitação de alguém, mas do trabalho de auto-observação, autogestão a cada momento presente, na Presença, ou seja, de autoconscientização.
Texto Revisado


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Conteúdo desenvolvido por: Ingrid Monica Friedrich   
Ingrid M. Friedrich (CRT 44680) Atua com Psicoterapeuta Alquimista e Junguiana- Conselheira Metafisica, Mediúnica e Profissional-Terapeuta Breve-Lado Sombra, Reprogramação Autoimagem, PNL, e técnicas em sincronícidade, como facilitadora no processo do autoconhecimento, em busca de melhor qualidade de vida.
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