Quem disse que você não pode errar?

Autor Paulo Tavarez - [email protected]
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A culpa não é outra coisa senão um sentimento de raiva de si mesmo. Quando nos sentimos culpados, estamos destilando um sentimento negativo contra o nosso próprio ser, ou seja, nos tornamos o nosso maior inimigo. É como se abríssemos a porta da nossa casa para receber a visita de um carrasco que irá morar conosco, sem perceber que esse novo inquilino irá nos torturar intermitentemente.

Ao nos avaliarmos culpados, um sentimento de desaprovação e desprezo empurra a nossa psique para baixo, em vibrações pesadas que nos colocam em faixas vibratórias de sofrimento e dor. A partir disso, tudo começa a ficar mais difícil em nossa vida. A tristeza e a melancolia tomam conta do nosso ser e nada mais funciona como deveria. Doenças, dificuldades financeiras e solidão; essas são apenas algumas consequências nefastas do processo.

Será que alguém já se perguntou quais as raízes desse mecanismo masoquista? O que nos leva a nos culparmos?

É simples, nos culpamos por pura vaidade, pois o primeiro pensamento que surge é: “EU, não poderia ter errado!” ou “Logo EU que sempre me avaliei imune a esse tipo de erro”.

O problema está aí, nesse EU, pois trata-se de um personagem envernizado que tentamos mantê-lo no pódium. Nosso preocupação, portanto, é apenas com a imagem que precisa ser aceita e aprovada pelos outros.

Quem disse que você não pode errar?

O erro é algo natural, faz parte do desenvolvimento da consciência. Na verdade, os grandes professores que o Universo nos envia, são justamente os nossos erros, pois quem acerta tudo, não está evoluindo em nada, está apenas confirmando aquilo que já sabe. São aqueles que erram que estão avançando, pois estão aprendendo a cada equívoco. Os grandes inventores descobriram coisas que fizeram o mundo avançar apenas fazendo uso desse binômio: tentativa e erro.

O único antídoto capaz de expulsar esse inquilino e trazer paz novamente ao seu lar é o perdão. É preciso perdoar-se, entendendo que suas ações resultam da sua atual condição e quanto a isso não há o que fazer. Ter a humildade de reconhecer as suas próprias limitações e buscar a reparação pelos erros cometidos também, mas primeiro é preciso livrar-se do ódio de si mesmo.

O ódio é o pior tipo de combustível emocional, pois é justamente ele que alimenta os conteúdos psíquicos negativos que engavetamos em nossa alma. Todas as angústias, todo o desconforto que cria doenças e desajustes mentais emanam desse material que foi elaborado com a matéria prima do ódio. Seja o ódio de alguém ou, principalmente, de si mesmo.

Ame-se, pois só o amor pode trazer equilíbrio a sua vida. Remédios, entretenimentos, entorpecentes, nada disso resolve, apenas neutraliza o efeito desconfortável dessas angústias.

Jesus dizia que devemos amar ao próximo como a nós mesmos. Será que ele deveria ter desenhado para ficar mais claro? É preciso AMAR A NÓS MESMOS TAMBÉM!

Só o amor constrói, só o amor resolve e como diria aquele poeta brasiliense: “Só o amor que conhece o que é verdade”.

Sentir-se culpado é o mesmo que serrar o próprio galho, se todos entendessem o tamanho do equívoco que estão cometendo ao nutrir esse tipo de sentimento, tenho certeza, não o fariam.

É preciso equalizar nossos parâmetros internos, ajustar-se com a própria consciência, enfrentar as mazelas da alma e reconciliar-se consigo mesmo. Aqueles que fogem desse “bom combate”, além de covardes, são suicidas inconscientes.

Você não pode continuar sendo, ao mesmo tempo, o procurador, o juiz e o carrasco de si mesmo, pelo contrário, o seu papel deve ser sempre o do advogado.

Está na hora de deixarmos de ser o único problema para nós mesmos. O problema que temos passado a vida toda enfrentando.

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Conteúdo desenvolvido por: Paulo Tavarez   
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