Como lidar com pessoas difíceis em duas etapas.

Como lidar com pessoas difíceis em duas etapas.
Autor Rosana Ferraz Chaves - [email protected]
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Se você quer mesmo aprender a lidar com esse problema, precisa estar aberto ao que vou falar e não parar de ler assim que esse artigo começar a te incomodar, porque é exatamente isso o que você faz: se incomoda com tudo aquilo que é diferente daquilo que você pensa.

Pessoas resilientes quase não têm problemas com pessoas difíceis, porque difícil é um título que você adiciona quando quer e tem mais a ver com o que você pensa, do que com a pessoa, que você acha que é difícil, portanto, difícil mesmo é você.

O outro é aquilo que ele escolheu ser e não o que você gostaria que fosse. Não podemos mudar o outro, mas podemos mudar o modo como lidamos com os diferentes.

A primeira etapa para acabar com as brigas com pessoas difíceis é: aceite que o outro é o outro e que você, é você. Portanto, o problema está em você. Faça as seguintes perguntas:

O que está te incomodando? Por que isso te incomoda tanto?

Isso já te incomodou antes? Quando?

Será que no fundo você também não age da mesma maneira, em algum aspecto da sua vida?

A segunda etapa consiste em: Fugir não vai adiantar. Quando você foge, o problema intensifica e se repete. Pergunte:

Existe alguma maneira de evitar que isso ocorra novamente?

Quando acontecer de novo, você consegue reagir de outra maneira?

Que tal da próxima vez, tentar agir e não reagir?

Qual é a diferença entre agir e reagir?

A reação ocorre sempre de maneira instintiva, agressiva e pouco inteligente. É uma resposta mental a uma possível agressão e quase sempre é apenas um revide, levando a mais agressão e quem vence é sempre aquele mais forte emocionalmente e não quem tem razão.

Ação é quando independente do resultado, você faz o que tem de fazer. É a ação inteligente que primeiro pensa em uma forma de resolver o problema e não de achar o culpado.

Vamos dar um exemplo desse tipo de problema e usar um nome fictício, para um dos atendimentos de PNL que já fiz.

Ana me procurou porque achava que seu chefe a odiava e não valorizava o seu trabalho. O ápice do problema ocorreu quando ela fez um grande esforço para viabilizar um projeto novo que ele havia pedido.

Ana levou semanas dando duro para criar um projeto, mas na hora em que foi apresentá-lo ao chefe, ele simplesmente respondeu que estava bom e continuou as suas tarefas.  Ela se sentiu muito mal com aquilo e começou a ficar deprimida e muito insatisfeita.

Ela não poderia pedir demissão, porque precisa do salário para pagar suas contas, mas poderia mudar de setor, só que ela jamais pensou em fazer isso. Quando existe a possibilidade de mudança e ela sequer foi cogitada, indica que existe uma programação mental que tende a se repetir e que não começou naquele momento.

Pedi que Ana aceitasse que seu chefe é do jeito que é, porque escolheu ser assim e não pretendia mudar, porque ela não gostava do jeito dele, muito pelo contrário, é bem possível que esse jeito truculento tenha sido o fator decisivo, que o levou para esse cargo. Sendo assim, também é bem possível que a política da empresa seja essa. Já que ela não queria mudar de setor, então teria de bancar o jeito do chefe.

Perguntei a ela o que a incomodava tanto. Ela respondeu que não se sentia valorizada e respeitada. Que o chefe era horrível, que não via nada de bom nele. Portanto ela também não o valorizava e é claro que ele sentia isso.

Mostrei para ela que esse jeito simples dele, em responder que estava bom, significava que ela havia atingido os objetivos propostos. Ele disse que estava bom, portanto se ele não se demorou na análise, foi porque não encontrou erros. Ela não se convenceu com a resposta.

Resolvi então mostrar pra ela que existem outros tipos de chefe, que poderiam ser bem piores do que o dela, levando em conta a análise que ela fazia dele.

Falei para ela que faríamos uma encenação. Agora eu seria o chefe e ela novamente me entregaria o projeto, só que desta vez eu seria o pior chefe do mundo. Ela aceitou e fizemos uma dramatização.

Enquanto eu olhava para os meus papeis, ela chegou e pediu para falar comigo. Ela falava e eu praticamente gritava e o diálogo foi mais ou menos assim:

- Posso falar com você agora?

- O que você quer? Estou ocupada!

- Eu terminei aquele projeto que você me pediu.

 Dei uma rápida olhada e fiz que joguei os papeis na mesa e voltei para os meus próprios papeis. Como ela continuava lá me olhando, espantada, continuei falando.

- Está bom, mas não fez mais do que a sua obrigação e pare de me incomodar quando eu estiver trabalhando duro! Esse seu novo projeto não muda nada e não tem importância nenhuma. Para que serve isso aqui? Da próxima vez me apresente alguma coisa de relevância, porque não tenho tempo pra esse tipo de coisa!

Ana começou a chorar compulsivamente. Quando se acalmou, disse que já havia feito terapia durante anos, mas que ali durante a dramatização, percebeu que não serviu para nada. Percebeu também que o chefe dela não era tão ruim assim e que ela poderia até encontrar outro pior. O chefe era pouco falante e talvez não soubesse elogiar com muitas palavras, mas também nunca tinha sido bruto com ela ou a humilhado com palavras.

Ela entendeu que estava procurando nele a auto estima que ela mesma não se dava. Ana precisou enfrentar uma persona pior do que aquela, para começar a valorizar o que ela tinha.

A vida faz a mesma coisa com você. Quando você reclama muito e parte para outra sem resolver o assunto, ela te manda uma situação pior.

Use as duas etapas e descubra a real origem do problema em você. Assim que você reconhecer a origem e mudar a sua forma de entender o problema, o problema mudará também, porque a chave da mudança, é sempre você.



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Conteúdo desenvolvido por: Rosana Ferraz Chaves   
Oraculista, sensitiva e escritora. Se dedica aos estudos de anjos, baralhos e tarots antigos, ministra cursos de oráculos, neurolinguística. Desenha mandalas e cria perfumes mágicos em seu atelier. Autora do livro Magid - O encontro com um anjo.
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