Somos gerados numa bolha intra-uterina, onde a nossa consciência encontra-se "anestesiada" pelas leis que regem a vida. À medida que nascemos para um novo desafio na dimensão física, as etapas de desenvolvimento da criança se encarregam de fazer o indivíduo recuperar o seu eu que é um somatório de experiências de muitas vidas do espírito imortal. Essa bagagem trazemos de forma inconsciente, mas que se revela com o passar do tempo através de atitudes e comportamento, indicando o nosso caráter.
No entanto, independente desse fluxo natural da vida, certos espíritos que em outras vidas experenciaram a libertação das amarras que os prendiam ao convencionalismo de suas existências, desde crianças apresentam um comportamento expansivo, atípico para as suas faixas etárias. São geralmente as crianças denominadas "superdotadas", ou ainda "expansivas, diferentes".
Outras, a maioria, segue seu processo de desenvolvimento em um ambiente familiar ou escolar sem serem devidamente estimuladas para se desenvolverem além do paradigma cultural adotado pela sociedade. Paradigma que limita o campo de crescimento baseado no conceito de "normalidade comportamental". Essa condição leva ao comportamento conformista do futuro adulto, que tende a não ultrapassar a "perigosa" fronteira estabelecida na infância pela influência dos agentes da experiência educativa.
O conformismo constroi uma bolha de proteção ao redor do indivíduo, tornando-o adaptado a um estado de coisas que impede uma tomada de decisões mais arrojada para a sua vida. Esse impedimento é limitante para a sua inerente capacidade de expansão da consciência, e pode tornar-se nocivo à medida que tal comportamento agrega patologias como a depressão gerada pelo sentimento de insatisfação e pelo medo (bloqueio) da mudança.
A personalidade congênita é a personalidade que o espírito carrega durante várias reencarnações e que se manifesta numa experiência regressiva dentro de um processo terapêutico. Como a influência da educação parental "pesa" sobre o indivíduo-criança, a atual encarnação pode reprimir ou abrir um canal para a expansão consciencial se manifestar através das artes ou outras áreas do conhecimento.
Na experiência como psicoterapeuta intedimensional, invariavelmente, deparava-me com situações regressivas em que o paciente passara por experiência traumática na infância, bloqueando, dessa forma, o fluxo expancionista que começara em vida passada. Em outras situações, ocorreu o contrário: a influência materna ou paterna foi decisiva para que o fluxo não fosse interrompido, mas ativado para novas experiências libertadoras.
Contudo, o mais importante é o indivíduo adulto investir na expansão de seu conhecimento. Porque uma vez adquirida, essa bagagem jamais será perdida. Por aí se explica as crianças-prodígio dotadas de um excepcional nível de aptidão para as artes ou para desbravar o desconhecido através da ciência.
Já, o indivíduo retraído, fechado em seu casulo existencial, pode manter-se dessa maneira até o final de sua vida, mas perde tempo de expandir, de manifestar a vida através de suas inúmeras matizes de conhecimento e evolução.
As diferenças de níveis conscienciais explicam as diferenças individuais e a consciência que tende a se expandir ou retrair, leva consigo as características inerentes ao seu estado de evolução. Uns ficam estacionados num mundo próprio, acompanhados de vicios comportamentais, enquanto que outros exploram um mundo desconhecido com sede de conhecimento. Por esse motivo, a marca da retração ou da expansão são de fundamental importância para a escalada evolutiva do indivíduo inteligente e demais seres vivos do planeta Terra.
Vida é energia. A tendência da energia é expandir limites. Portanto, para nós, energia é consciência, é expansão que vai ao encontro do incomensurável, do desconhecido. Nesse movimento vital e consciencial, naturalmente acompanhamos o cosmos que se expande infinitamente.
Albert Einstein, autor da frase: "A mente que se abre a uma nova ideia, jamais voltará ao seu tamanho original", nos dá uma ideia da importância de nos abrirmos para novas experiências no campo do conhecimento e do aprendizado. Dessa forma, chegaremos mais perto de um Deus Uno representado como Fonte de amor, verdade, justiça e sabedoria.
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Flavio Bastos é criador intuitivo da Psicoterapia Interdimensional (PI) e psicanalista clínico. Outros cursos: Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), Psicoterapia Reencarnacionista e Terapia de Regressão, Capacitação em Dependência Química, Hipnose e Auto-hipnose, e Dimensão Espiritual na Psicologia e Psicoterapia. E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |
