Até onde vai sua visão?

Até onde vai sua visão?
Autor Bernardino Nilton Nascimento - [email protected]
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O ver e ouvir são grandes prazeres das nossas vidas, porém, não são os únicos. Existem muitos outros que completam nossa história e fazem dela única.
Acima do mundo dos sons e das coisas visíveis, bem acima mesmo do mundo da ciência e da filosofia, há vida num ambiente ainda mais alto, onde existe a verdade, o amor, Deus, energia e a Luz.

O céu nada mais é do que o limite da nossa visão. O azul do céu é como um prisma, seu espectro é dividido em sete cores monocromáticas, eis que surge um arco-íris de cores. A atmosfera faz o mesmo papel do prisma, atuando onde os raios solares colidem com as moléculas de ar, água e poeira e são responsáveis pela dispersão do comprimento de onda azul da luz. Do espaço não se vê o céu azul, em cada planeta deve ter sua cor e seu céu diferente, conforme a formação de suas atmosferas. Nossas visões para o infinito têm um limite, tudo tem seu limite, quando ultrapassado perdemos a visão e passa-se a ter os efeitos das nossas imaginações, que pode ser agradáveis ou não. As surpresas dessa visão nesta escuridão dão medo, toda essa visão ilimitada vai parar nessa escuridão, que serão visíveis conforme nossos pensamentos, atitudes e imaginações.
Um triste e lamentável aspecto com que nos deparamos é o fato de que há pessoas neste mundo que estão totalmente longe, não só do mundo da poesia, da música, da filosofia e da Luz. Formam uma classe que podemos chamar de “cegos à espiritualidade”. Tais pessoas são, muitas vezes, vivas para o ambiente temporal: suas palavras são corretas, são sofisticadas, são bem-sucedidas, vivem folgadamente, são cheias de honra, têm olhos, mas são cegas ao ambiente de amor e prazer da vida em harmonia. São pessoas com visões muito mais limitadas, que a própria visão. 

Mas ninguém se acha em paz enquanto não se encontra numa devida relação com a Luz. A aquisição dessa relação poderia chamar-se “agradável emoção” ou “de volta à Luz da criação”. Essa espécie de conversão significa uma substituição da consciência do ego, pela consciência do amor, uma transformação da personalidade por meio do servir, uma obediência da vontade de ver próximo feliz.  

A verdadeira conversão nada tem a ver com a “elevação” emocional ou com uma aparência moral de ação social. É um duro jogo, uma nova dedicação de si mesmo. O espírito divino deve tornar-se a alma dos nossos pensamentos, a visão do amor ao próximo, os olhos da nossa consciência. A verdade do espírito deve estar aberta e livre ao passarmos a ver e falar.

Só quando nos deparamos com sérios problemas pessoais, problemas de saúde, financeiros, familiares, ou mesmo um conflito interior é que vamos procurar a energia de Deus. A verdade vem à tona em nossa consciência, abrindo caminho para a conversão. Deve estar no fundo do nosso coração a convicção de estarmos sob o poder e influência de um governo mais elevado do que nossa própria vontade, e que em oposição ao ego, ao medo, à tristeza e às reclamações, existe a presença de algo que nos faz sentir feliz diante das boas ações que praticamos. Mas o que importa, diante disso tudo, é a luta travada entre a consciência e a espiritualidade, como Deus é onipotente, nunca vai contra a nossa liberdade. 

Numa crise, sempre vão existir duas energias: a energia do ser materialista e a energia do espírito. Então, o remorso bate em nossa mente, torturando nossa alma, que anseia por paz, que não pode obter por si mesmo. Assim, as crises e conflitos fazem, muitas vezes, com que o ser humano se posicione em um campo solitário e vazio, onde somente a energia de Deus o fará sair dali. Essa visão em direção a Deus ultrapassa o Céu e as escuridões, fornecendo conforto e paz ao espírito.

Foram precisos muitos sacrifícios e séculos para que o ser humano sentisse que o seu vazio interior resulta de ânsia de liberdade que busca o infinito, subjugada ao finito, cuja essência é a tristeza. 

Um novo ser, um novo “Eu” se faz necessário, e podemos nos renovar, e não mais deixar o vazio tomar espaço em nossas almas. Faz-se necessário uma relação que implique em amor, para que nos sintamos verdadeiramente nas alturas e em paz, embriagados de sentimentos nobres diante de nossas vidas, dos nossos espíritos e certos de que, acima do céu, existe uma consciência e uma visão da Luz.

O mundo não pára um segundo. Nossos cérebros, querendo ou não, precisam de descanso, nossos corações precisam de amor e nossa mente de prazer. Precisamos de um tempo diário para meditar e descansar o cérebro, de servir para encher o coração de amor e da alegria para alimentar o prazer. Precisamos nos entregar na plenitude dos momentos, dos instantes e dos segundos, precisamos respirar pausadamente na mesma sintonia do giro da Terra.  

BNN
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Conteúdo desenvolvido por: Bernardino Nilton Nascimento   
"Não seja um investigador de defeitos, seja um descobridor de virtudes"./ "Quando a ansiedade assume a frente, as soluções vão para o final da fila"./ "Quando os ventos do Universo resolve soprar a favor, até os erros dão certo". BNN
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