Breve crônica do futuro

Breve crônica do futuro
Autor Adriana Garibaldi - [email protected]
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Hoje vi o sol nascer no horizonte resplandecente de beleza, após uma noite de estrelas.

O vento fresco do amanhecer movendo as folhas das árvores molhadas de orvalho cantava uma harmoniosa melodia embalando as planícies, rios e cachoeiras, convidando animais e humanos ao despertar.

As pessoas andam menos inquietas, menos ansiosas... Já não correm atras de mil futilidades sem importância real. Vejo-as circularem pelas ruas sem pressa, sem atropelarem umas as outras.

As águas dos rios ficaram limpas e os peixes de todas as espécies voltaram a aparecer nos mares.

A natureza se refez após longo tempo de desafios nos quais os seres humanos precisaram ficar em casa, recolhidos para se curar. Muitos deles meditando e orando, outros  lendo livros ou escrevendo, pintando quadros, ouvindo música, dançando ou se exercitando, cozinhando e arrumando gavetas, removendo coisas inúteis e o lixo acumulado em suas mentes. Aprenderam a abraçar sua sombra e a sanarem suas feridas, encontrando novas maneiras de viver de forma mais simples.

Quando tudo acabou e a pandemia foi controlada, todos saíram das casas e se olharam nos olhos, longe das telas dos seus celulares. Abraçaram-se e choraram por aqueles que tinham partido.

Avós e filhos voltaram a se reunir, enquanto as crianças riam e brincavam alegremente.

A pressa desenfreada de outros tempos deu lugar a reflexão e ao compromisso para consigo e para com a sociedade.

Os humanos por fim deram-se as mãos e pararam de guerrear uns com os outros, voltando-se para a cura do vírus e esse foi o primeiro passo para a mudança.

Os perturbadores dias de quarentena em que tudo começou, foram ficando para trás. Lembranças difíceis que os habitantes da Terra nunca haveriam de esquecer.

Concordo que foi um duro aprendizado, no entanto, necessário, que me trouxe também muita tristeza, mas sempre soube o quanto seria importante.

Tinham sido dias de limites. De introspeção e de medo, onde as pessoas foram postas à prova, através de duros e penosos acontecimentos, obrigadas a reaprenderem a viver e a serem solidárias.

Com a ausência de pessoas perturbadas, doentes e em desequilíbrio aos poucos também eu, o Planeta, fui me curando. O vírus foi cedendo terreno ao amor e a doença foi encerrando seu papel de levar consciência às mentes dos seres humanos.

Era hora de seguirem em frente com passos resolutos. A torre das ilusões onde seus egos tinham-se refugiado acabou desmoronando.

Era o momento de reconstruir tudo a partir do zero, com novos alicerces.

Os seres humanos sabiam que não poderiam escorregar novamente nos mesmos erros do passado. Agora, eles tinham despertado... Não podiam voltar a ficar adormecidos.

Foi assim que tudo recomeçou, mas essa é uma outra história que ainda precisará ser contada.

Planeta Terra
Texto Revisado
 


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