O Brilho da alma

O Brilho da alma
Autor Paulo Tavarez - [email protected]
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O diamante já é um diamante, mesmo quando está escondido no manto terrestre ou mesmo sob o lodo de um pântano, nada vai mudar a sua natureza. O homem pode fazer o seu brilho refulgir através de um processo de lapidação, mas isso não significa que o diamante era menos diamante antes da ação do homem. 

Tudo isso serve de analogia, pois o homem também é um diamante, embora creia-se, muitas vezes, ser algo sem muito valor, justamente por estar envolvido com sentimentos e emoções de baixa qualidade, mas na verdade, toda a sua essência permanece a mesma, intacta. 

O seu Espírito sempre esteve pronto, a fraqueza, o tempo todo, pertenceu à carne. Toda a beleza, todo o brilho, toda a plenitude sonhada pelo homem, embora ele não saiba, já fazem parte da sua Verdadeira Natureza, são alguns de seus atributos. 

Acontece que tudo aquilo que se move ou que vibra, também está inserido em um processo de lapidação, desde o mineral até o hominal, pois cada pedra, cada planta, cada bicho, enfim, cada filho do carbono ou do amoníaco estão submetidos às mesmas Leis.

A Natureza é a grande artesã e ela não tem pressa, não dá saltos, pois mudanças são lentas e gradativas e são processadas sob a égide da eternidade.

Existem duas formas de lidar com isso: ou nos revoltamos com a realidade e nos refugiamos em um mundo ilusório criado pela mente (Matrix), ou aceitamos a nossa condição e nos entregamos à essa lapidação da Natureza. 

Acredito que quanto mais rápido possível deixarmos de lutar contra a realidade, mais aceleramos esse processo de lapidação.  

Deixar de lutar, portanto, implica em aceitar a vida como ela é, as pessoas como elas são, as experiências como surgirem, assim por diante. Tudo deve ser tratado como uma Graça recebida, tudo deve ser aceito como aprendizado, tudo deve ser reverenciado como a Vontade do Pai, mas, para isso, serão necessárias algumas ações da nossa parte. Teremos que ter humildade, confiança, alegria, coragem, perseverança, serenidade e renúncia. Virtudes, essas, que são indispensáveis para fazer a nossa alma brilhar. 

Por não aceitar o Eu, que é uma instância real, o homem cria o ego, que é um personagem ilusório construído a partir dos seus próprios desejos. 

Quando ele se vê diante do martelo da lapidação, ele foge, com isso, mergulha na escuridão do abismo, volta para o útero da terra e tenta construir a sua realização em meio às trevas. Não percebe que está apenas atrasando o processo e construindo mais sofrimento para si. 

Parece um contrassenso: o homem não gosta da realidade e vive em busca da realização, sem perceber que realizar é tornar real.  

O homem precisa voltar para a casa do Pai, voltar para a realidade, renunciar os desejos e acordar. Quanto sofrimento será necessário para isso? 
Texto Revisado


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Conteúdo desenvolvido por: Paulo Tavarez   
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