Outro fator, já mais profundo e que motiva inclusive a causa mencionada acima, é o medo e insegurança que adotamos como base para nossas ações e decisões. Com medo, buscamos evitar a qualquer custo que algo fora do nosso aceitável nos aconteça, acreditamos na escassez, nos colocamos como concorrentes ou inimigos uns dos outros, não confiamos na vida e vivemos como se não fizermos algo a respeito (mais controle), tudo só pode piorar.
Tudo o que vivemos em nossa vida prática é uma externalização de algum padrão mental/emocional que já trazemos dentro de nós. Assim, em cada momento ou acontecimento que vivemos existem muitas realidades disponíveis, mas os percebemos apenas a partir daquilo que estamos vibrando no momento, ou seja, a partir do nosso aspecto de personalidade que está envolvido ou querendo controlar aquela situação.
Toda tentativa de controle do que ocorre externamente a nós é apenas uma ilusão de controle, pois a vida obedece a leis que estão acima da vontade do nosso ego negativado. Nós não podemos controlar tudo o que nos acontece, podemos tentar nos proteger, mas o que tem que acontecer, sempre acontece. O que trazemos dentro de nós, sempre aflora. Pode parecer algo ruim se julgarmos isso através do medo, mas se olharmos a partir do coração perceberemos o Divino em tudo o que há.
Como individuos e sociedade, nosso psicológico vem sendo trabalhado já há milênios, vagarosamente (no tempo de cada um) nos alinhando com a pureza e perfeição que fomos Criados para ser. Um conflito de crenças e emoções, por exemplo, que antigamente era resolvido em combates, hoje já pode ser resolvido através de um processo judicial ou maneiras mais respeitosas como uma votação ou a diplomacia, por exemplo.
Aos poucos, na medida em que permitimos que mais luz chegue a nós, nossas mentalidades e comportamentos se alinham com o amor, com a aceitação, o perdão, o respeito, a inclusão, a harmonia entre todos, os bons tratos, o equilíbrio com a natureza e, assim, vamos lidando com nossos desequilíbrios emocionais de forma mais suave e os acontecimentos externos não tem mais necessidade de serem tão traumáticos ou catastróficos para equilibrar nossas emoções em desequilíbrio.
Em toda a nossa vida, a ação do Divino sempre esteve presente. Não é o Divino que nos envia dificuldades, estas são nossas próprias criações. O Divino refere-se à nossa parte mais pura e perfeita, nosso referencial para que tudo se equilibre com equanimidade. Assim, enquanto aqui julgamos algo como ruim ou fora das nossas exigências, em um plano superior é apenas um ajuste energético acontecendo, algo que nos permitirá vivermos em maior contentamento e mais próximos do nosso coração.
Assim, muitas coisas não nos chegam exatamente da maneira que queremos, uma vez que são nossos aspectos negativados que estão a exigir. Mas quando aprendemos a focar nossa atenção no Divino e a confiar, percebemos uma ordem Maior atuando, nos amparando e nos provendo de tudo o que precisamos para estarmos bem, vivendo em alegria, paz e conscientes da abundância que existe para nós. Se não estamos criando e alimentando algo contra nós mesmos, a própria vida nos ampara.
Focados em nossa transformação interior na Luz e Amor, confiando e entregando, permitimos que a vida flua sem necessidade de controles, trazendo cura para nossas criações desequilibradas e nos alinhando com o que há de melhor em nós. Sem esforços desnecessários, podemos desfrutar de tudo de bom que cada momento tem a nos oferecer!
Em Paz,
Rodrigo Durante.
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