O relacionamento afetivo

O relacionamento afetivo
Autor Rodrigo Durante - [email protected]
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Ao longo de nossa existência através de inúmeras encarnações, são muitas as nossas experiências em relacionamentos. Neste assunto, trazemos registrados em nós todos os nossos altos e baixos, tanto as emoções boas quanto as ruins que vivenciamos e atribuímos a eles. Com tanta bagagem ancestral sobre isso, não é de se espantar que exista tanta dificuldade de nos relacionarmos, de encontrar um companheiro(a) que seja para sempre, alguém que nos compreenda, nos respeite, nos apoie e esteja na mesma sintonia.

É uma característica do ser humano enquanto consciencialmente imaturo se relacionar a partir do segundo chakra, ou seja, sendo guiado apenas por suas emoções. Assim, são nossos medos, carências e desejos que determinam nossa vida e, consequentemente, o que buscamos na relação. Dessa forma, nossos relacionamentos sempre serão marcados pela manipulação emocional em uma constante troca de obrigações: "eu faço isso por você e você faz aquilo para mim", tal como um bebê se relaciona com sua mãe, "eu choro e você me dá leite, eu rio e você me dá carinho".

Seguindo com nosso crescimento neste padrão onde aprendemos intelectualmente como temos que ser para conseguirmos o que queremos dos outros e da vida, não fomos ensinados a sermos autênticos, a estarmos do nosso próprio lado, a encontrarmos a felicidade em nós mesmos para poder compartilhá-la, a sermos aquilo que queremos do outro e, assim, tão logo entramos em um novo relacionamento afetivo, passamos a atuar como aquele que consegue do outro o que quer, o namorado(a) perfeito(a) que sempre agrada e não corre riscos de ser abandonado.

Nestes relacionamentos, o principal motivo para seu término é quando alguma das partes "não aguenta mais". Ela faz tudo pelo outro mas o outro continua sempre na mesma. Quando termina, o outro leva até um susto, pois para ele estava bom daquele jeito, não sabia que o outro estava se esforçando tanto e sendo infeliz. Isso acontece quando um dos dois não está sendo ele mesmo, mas tentando ser alguém que não é, apenas para agradar e conseguir o que quer.

Como a dimensão emocional é dual, ou seja há sempre uma polaridade oposta a todas as emoções e comportamentos, assim como existem aqueles que amam demais e buscam a si no outro, existem também aqueles com dificuldade de amar, os que não se entregam totalmente à relação, não compartilham do amor como poderiam, com medo de sofrer. Trazem em si muitos traumas de suas perdas anteriores e costumam manter uma certa distância e individualismo exacerbado como forma de proteção.

Para um relacionamento equilibrado, é importante sermos verdadeiros com nós mesmos em primeiro lugar, ser quem realmente somos, sem esforços apenas para agradar ao outro. Quando somos verdadeiramente nós que estamos ali, sabemos que o outro nos ama como somos, não como queremos que ele nos veja. Além disso, quanto mais inteiros estamos, quanto mais amamos a nós mesmos, mais felizes seremos e nossos relacionamentos corresponderão a este padrão. Desta maneira, o outro será alguém que soma e não que subtrai, alguém que vem nos ajudar a expandir e não para preencher vazios.

Enquanto ninguém é perfeito, é importante percebermos que o relacionamento funciona como uma ferramenta de autoconhecimento, onde tudo o que enxergamos no outro são reflexos de nós mesmos e, às vezes, o que exigimos dele é o que não estamos dando para nós. Assim, podemos curar nossas feridas e carências, nos aproximando cada vez mais de quem verdadeiramente somos, muito além dos personagens que inventamos para funcionar na vida.

No geral, o relacionamento afetivo é uma escola, às vezes com difíceis lições, mas com excelentes aprendizados e maravilhosas recompensas também. O carinho, o respeito, a compreensão, o apoio mútuo sem exigência ou manipulação são fundamentais para uma boa e duradoura relação. Sendo fiéis a nós mesmos, sempre estaremos bem e assim nossos relacionamentos corresponderão!

Em Paz,
Rodrigo Durante.



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Conteúdo desenvolvido por: Rodrigo Durante   
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