Compreendendo e lidando com o sofrimento

Compreendendo e lidando com o sofrimento
Autor Rodrigo Durante - [email protected]
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Existem dois tipos principais de desconforto de onde todos os outros derivam: um é a dor física, o outro é a dor imaginária. Esta última chamamos de sofrimento.

Sendo imaginário, sofrimento então engloba tudo o que nos causa desconforto psicológico como a tristeza, o pesar, a mágoa, o ressentimento, a raiva, o ódio, o medo, a insegurança, a preocupação, a perda, o fracasso, a carência afetiva, a solidão, a escassez, o tédio, o trauma, a revolta, o apego, a aversão, as inferioridades, o ciúme, a inveja, a culpa, a acusação, a vergonha, a humilhação, a invasão, a impotência etc.

Ainda que possamos encontrar justificativas físicas para senti-lo, o sofrimento continua sendo psicológico, pois sua existência depende da nossa escolha, de uma decisão de ver e sentir a vida através de determinado ponto de vista. Assim, insistindo em justificar e provar como verdadeiro determinado ponto de vista baseado em sofrimentos, criamos mentalidades e padrões de comportamento como a depressão, o vitimismo, a (auto)repressão, a (auto)punição, a ganância, as manias, os vícios, a violência etc.

A primeira e principal escolha - muitas vezes inconsciente - que fazemos e que resulta em sofrimento é a rejeição do momento presente, daquilo que acontece ou se apresenta agora a nós, seguido do impulso psicológico de desejar uma outra situação que preferíamos estar vivendo naquele momento. Este estado rejeição distorce nossa percepção da realidade, desviando nossos sentidos para o passado ou futuro, negando o aqui/agora ou simplesmente não nos permitindo estarmos presentes, nos prendendo aos mecanismos de julgamento e exigências do nosso intelecto.

Uma vez habituados a este padrão e funcionando dentro de certas dinâmicas de busca pela paz e felicidade através de pessoas, situações, atividades e conquistas materiais, nos perpetuamos no sofrimento, nunca encontrando a paz e plenitude do ser, que já estão dentro de nós. Para sairmos deste ciclo, é preciso então primeiramente aceitarmos aquilo que outrora rejeitamos, nossa vida, nossa rotina, nossa situação, nossa tarefa, ou seja, a totalidade do momento presente, tal qual ele se apresenta a nós.

A aceitação sem julgamentos ou exigências de como algo deveria ser traz nossa consciência ao aqui/agora, a uma posição de amor incondicional, de acolhimento, confiança e entrega a tudo o que a vida tem para nós. Sem criar resistências, não alimentamos mais sofrimentos e permitimos assim que tudo flua com mais facilidade em nossa vida. Aos poucos, nossas criações em desequilíbrio se completam, ao passo em que nos alinhamos com o ser, passando a atrair e manifestar situações mais favoráveis à expressão do ser.

Com a prática, passamos a perceber nitidamente como somos (e fomos) responsáveis por todo sofrimento que passamos, uma vez que este foi alimentado unicamente por nossa decisão. Assim como escolhemos aceitar e nos libertar das exigências do ego agora, poderíamos ter feito em qualquer outra situação de nossa vida, não nos restando outra alternativa lógica senão perdoar e liberar o que quer que nos prenda ao passado. Da mesma forma, conscientes da perfeição do momento presente, quando não alimentamos expectativas ou exigências de como ele deveria ser, nos libertamos da ansiedade de querer controlar resultados e de determinar o futuro, facilitando nossa entrega e aceitação do momento atual, ajustando nossa percepção da vida e de nós mesmos ao aqui e agora.

Assim, sem sofrimentos criados em nossa imaginação, votamos ao estado natural do nosso ser, sem controles, exigências ou alterações desnecessárias, aproveitando da paz, felicidade, segurança, plenitude, equilíbrio e bem estar que já são nossos!

Em Paz,
Rodrigo Durante.
 
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Conteúdo desenvolvido por: Rodrigo Durante   
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