Como cuidamos de um bebê? Com delicadeza, com cuidado e atenção. Quando uma criança está aprendendo a andar, nós a castigamos quando ela cai? Com certeza que não! Ao contrário, a consolamos para aliviar a queda e amorosamente a encorajamos a continuar. Nós a parabenizamos por seu sucesso e nos deliciamos com seu fascínio e inocência. Da mesma forma, devemos ser amáveis conosco nas nossas descobertas de novos aspectos e comportamentos. Novas emoções surgirão e, junto, maneiras mais espontâneas de expressá-las. Permita que elas se aconteçam naturalmente, sem julgá-las.
Nossa busca de plenitude externa sempre é impulsionada pela ilusão de uma carência interna, sendo que, na realidade, o que desejamos é a presença divina, que sempre está lá, nos enchendo até nos completarmos. Quando nos reencontramos com ela, deixamos de ver nossos desejos externos como se fossem a peça que faltava para completar o quebra-cabeça da nossa felicidade.
Quem já experimentou, ainda que por um instante, a experiência do amor-consciência, não quer nada além dessa experiência, para sempre. Basta um momento onde se perceba a perfeição do que é —sem desejar que as coisas sejam diferentes, sem esperar um futuro brilhante e sem culpar o passado por nossa insatisfação— para termos um alívio enorme, que acalma a ladainha incessante de nossa mente desenfreada, nos fazendo querer, naturalmente, que esse momento dure para sempre. No entanto, essas experiências costumam ser passageiras, e rapidamente, passam a ser parte de nossa coleção de anseios e decepções.
Mas estes momentos não têm que ser passageiros. A experiência não para, simplesmente a perdemos de vista quando nos distraímos com o mundo que nos rodeia e com inúmeros pensamentos que rondam nossa mente. Se não olharmos para o céu, não veremos a lua. Da mesma forma, se não olharmos para dentro de nós, não veremos o nosso ser. Mas se desenvolvermos o hábito de manter a atenção em nós mesmos, em meio às atividades da vida diária, estaremos sempre em contato com o nosso ser.
Começaremos a notar a experiência de um silêncio sempre presente. Não me refiro a um silêncio mental – a mente pode seguir com sua falação – estou falando do silêncio que existe atrás dos pensamentos, um silêncio que sempre está lá. A chave consiste simplesmente em parar de “fazer”, o tempo necessário para que se consiga perceber.
Aproveitemos esse tempo em que a vida está nos dando a oportunidade de ficar em casa, para estar mais profundamente em nosso coração, e cultivar o que é natural, saudável e evolutivo: o silêncio e a harmonia que vibram em amor.
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Isha é mestra espiritual reconhecida internacionalmente como embaixadora da paz. Criou um Sistema para a expansão da consciência que permite a auto-cura do corpo, da mente e das emoções. Site oficial www.ishajudd.com E-mail: [email protected] | Mais artigos. Saiba mais sobre você! Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui. |