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Lidando com as oscilações em nosso caminho

Atualizado dia 7/10/2018 2:17:36 PM em Autoconhecimento
por Rodrigo Durante


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É uma característica padrão do ser humano buscar ou ao menos sonhar com algo que solucionará todos seus problemas e tornará sua vida mais fácil. O grande prêmio que resolve nossa vida financeira, a companhia perfeita que amaremos até que a morte nos separe, o emprego perfeito, a verdade máxima da vida que nos libertará.

No entanto, esquecemos de uma das características mais fundamentais da vida neste plano que é a impermanência, vivemos em um estado de constante mudança. O que isso significa na prática?

Significa que se há estabilidade baseada em apoios externos, também há resistência à mudança. Significa que quem não se abre para assimilar as mudanças e não busca a melhor postura para lidar com o que vier, está na verdade limitando seu universo. Quem não amadurece, fica para trás. Quem não evolui, cria inconsciência e sofrimento para si e para todos.

Na vida, é preciso se adaptar à cada momento, buscar mais entendimento, novos pontos de vista, novas maneiras de lidar consigo mesmo e com o mundo. Nem o ser mais iluminado pode se abster de práticas constantes de auto-observação e elevação da consciência, de destruição de suas expectativas e de abertura para mais aceitação do momento presente, de liberação dos padrões mentais que se cristalizam à cada instante e de atualização das funcionalidades de seu ser.

Existe um mecanismo mental oculto muito presente em todos nós, que é a busca por recompensas. Tudo o que fazemos, o fazemos por algum motivo, por algo que queremos em troca. Pouco ou muito, modesto ou arrojado, não importa. Mesmo quem está no caminho da espiritualidade e elevação da consciência não está isento deste estabelecimento de metas. Estes buscam as chaves dos céus ou a iluminação. É comum também nestes meios ouvirmos alguém dizer “me trato deste padrão há tanto tempo, já não aguento mais”, lamentando-se de alguma dificuldade que enfrenta na vida.

Por esta razão digo que a maior causa das oscilações de humor e de estado de espírito que enfrentamos em nosso dia a dia é a constante comparação de onde estamos com onde gostaríamos de estar, daquilo que temos com o que gostaríamos de receber. Se pudermos perceber neste hábito também este mecanismo de busca por recompensas, será muito mais fácil nos desvencilharmos das expectativas ilusórias criadas e nos equilibrarmos na realidade presente.

Acostumamo-nos a viver a partir de regras, deveres e buscas totalmente criadas por nós mesmos, pela nossa imaginação. Nos obrigamos a ser de um jeito e não de outro, a conquistar certas coisas e a evitar outras. Chegamos a um ponto em que tudo na vida tem já uma crença popular, um julgamento, uma rotulação embutida. Dessa forma nos distanciamos da vida real e vivemos cada vez mais uma vida mental, imaginária, totalmente a partir das imagens e rotulações que fazemos de nós mesmos, de tudo e de todos. E é exatamente no imaginário que estão as dificuldades e as maiores oscilações.

A vida real começa a ser melhor percebida não quando estamos fazendo algo específico ou atingimos algum resultado, mas quando estamos totalmente presentes, lidando da melhor maneira possível com qualquer seja a situação que o universo nos traz.

Para melhor aproveitar cada momento, podemos nos perguntar “qual a melhor maneira de lidar com esta situação? Como posso me sentir melhor agora sobre isso?” e observar antes de agir. Se nossa motivação, nosso impulso vem do amor, da confiança, do altruísmo e da sabedoria interior, estamos vivendo em alinhamento com nosso Eu Superior. Mas se o que mais influencia nossas ações e decisões são preocupações, comparações, medos e maquinações mentais, estamos ainda presos em nossa personalidade, nosso ego.

Nosso centro de decisão tem então seu equilíbrio no centro de uma escala vertical oscilante entre Eu Superior e ego e de uma escala horizontal oscilante entre passado e futuro. Mas é apenas e exatamente no momento presente e na neutralidade do observador que podemos nos conhecer melhor e a partir de onde exercemos nosso livre arbítrio.

Este ponto de equilíbrio deveria ser nossa única busca, pois é o único lugar de onde podemos viver a “vida real”. Oscilações no tempo nos prendem na ilusão. Reações baseadas no ego nos prendem na ignorância. Tendências a nos mantermos apenas no espiritual (Eu Superior) criam arrogância e rejeições à matéria. O observador totalmente presente é a única solução, é onde está a paz, a segurança, a confiança e o verdadeiro amor.

A percepção da vida real se revela a quem aprende a aceitar, ao que para de comparar e julgar, ao que se liberta dos mecanismos mentais e sistemas de crença, ao que sabe ver, ouvir e escolher. Até lá, o imaginário será o nosso senhor e dele virão todas as armadilhas que nos prendem nas oscilações emocionais, nos controles e manipulações.

A prática é eterna, não podem haver tréguas. Se a impermanência da vida é o que revela mais e mais de quem somos, a constância é o que nos aproxima da perfeição.

Viva o presente!

Namastê!

Rodrigo Durante.


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