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O Perdão

O Perdão

por Mauro Kwitko
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O perdão é um atributo dos Espíritos Superiores e é uma verdadeira arte conseguirmos, realmente, perdoar alguém. Geralmente, quando acreditamos estar perdoando, estamos tomando a decisão de afastarmos, para o mais longe possível, o objeto de nossa raiva ou nossa mágoa e, evidentemente, isso está longe do perdão. Muitos afirmam que já perdoaram o seu pai, a sua mãe, o seu ex-marido, a sua ex-esposa etc. Mas, na verdade, apenas decidiram que não querem mais se incomodar com aqueles desafetos. Geralmente, a vontade que temos é a de nos afastarmos de quem não gostamos, de quem nos fez (ou faz) mal, de nos libertarmos. Isso é da natureza humana, mas tal procedimento está muito longe do ato de perdoar.

A libertação em relação à outra pessoa está na mente e não no espaço físico e é a raiva e a mágoa que nos prendem, mesmo que não vejamos quem não gostamos. Para nos libertarmos verdadeiramente de alguém precisamos curar a raiva e a mágoa em nossos pensamentos e sentimentos; mas para isso é necessário perdoar.

Alguns pacientes, nas consultas, perguntam por que devem perdoar se aquela pessoa foi tão má, injusta, irresponsável, agiu de uma maneira desleal e lhe prejudicou tanto, do ponto de vista emocional ou material; enfim, por que perdoar se aquela pessoa não merece? Devemos mostrar-lhes que tudo depende de quem está enxergando e analisando aquela situação: se o seu Eu Encarnado (persona) ou o seu Eu Superior (espiritual). É muitíssimo diferente o raciocínio de um e de outro, pois enquanto o Eu Encarnado apega-se a fatos da vida atual, em conflitos da infância, em acontecimentos recentes, geralmente baseado em dicotomias como "gosto dele(a)" ou "não gosto", "ele(a) não gosta de mim", "ele(a) me fez (faz) mal" etc.

O Eu Superior conhece a história antiga desses conflitos, que geralmente vêm arrastando-se vida após vida, há muito e muito tempo. E sabe que o mais importante não é "gosto ou não gosto", "o que me fez ou faz" e sim a busca da evolução, do crescimento espiritual de cada uma das partes em litígio o que resulta na melhoria dos nossos pensamentos e sentimentos negativos em relação a nossos desafetos.

Nunca devemos esquecer que para aproveitarmos uma encarnação, essa passagem do nosso Espírito pela Terra, os fatos "negativos" (para o Eu Encarnado) servem apenas para mostrar as nossas negatividades. Exemplificando: se um pai foi mau e agressivo com um filho, autoritário, espancador, é mais do que compreensível que esse filho sinta raiva e mágoa. Afinal de contas, é isso que ele pode sentir de um pai que lhe fez isso. Ninguém pode recriminá-lo e obrigá-lo a gostar daquele pai, mesmo com argumentos de que isso já passou, seu pai já está mais velho, já mudou etc. Do ponto de vista do seu Eu Encarnado, sentir raiva e mágoa é o correto, é o justo, qualquer um sentiria isso em seu lugar! Mas o que seu Eu Superior pensa disso? Por que esse Espírito reencarnou como filho daquele Espírito mau e agressivo, o seu "pai"? O que houve entre ambos em encarnações anteriores? É a lei do retorno ou é a continuação do mesmo conflito vilão-vítima? O que cada um dos Espíritos veio purificar em si nessa atual encarnação?

Enquanto o Eu Encarnado desse Espírito que veio com o rótulo de filho, acha-se cheio de razões para sentir raiva e mágoa do Espírito que tem o rótulo de pai, o seu Eu Superior levanta algumas questões para serem analisadas. Em trabalhos de meditação profunda, através de projeção astral, em sessões de regressão e outras técnicas, as explicações podem ser encontradas. Mas como são procedimentos ainda pouco utilizados, pode-se partir para raciocínios teóricos que ajudem o Eu Encarnado a vislumbrar a maneira correta de pensar e de agir, escapando da limitada visão, curta e horizontal, que todos nós comumente utilizamos durante a vida terrena.

Nós não viemos perto de um pai e de uma mãe com os quais não temos nada a ver. Pelo contrário, tendemos a nos aproximar de Espíritos encarnados com os quais temos antigas relações, seja de amor ou de conflitos. Ter vindo como "filho" daquele "pai" mau e agressivo, não foi um azar. Muito pelo contrário, está servindo a uma finalidade e, pelo menos, teoricamente, esse Espírito que veio como filho precisa pensar nessas questões para não desperdiçar sua atual encarnação, baseado nos limitados raciocínios do seu Eu encarnado.

Tudo pode ter sido muito diferente, em vidas passadas, com a atual vítima sendo o vilão e vice-versa. Isso é quase regra quando ambos são agressivos, bravos, violentos.
Eu sempre sugiro a um paciente que tem raiva de um dos pais, que foi agressivo com ele na infância, que pense; já que também tem uma tendência a sentir raiva e irritação, no que pode ter feito com essa pessoa, em outras vidas, há séculos, quando certamente era ainda mais raivoso e agressivo do que é hoje... Quem sabe, ao invés de filho(a) era marido, patrão, feitor, e agora veio como filho daquele para curar a raiva? Mas ainda sente raiva...

Se é um Espírito calmo, pacífico, pode ter vindo para aprender a defender-se, a impor-se, a libertar-se, claro que não na infância quando está à mercê, mas mais tarde, quando cresce e já tem condições de ir fazer sua vida, de afirmar a sua personalidade. Uma das maneiras de melhorarmos uma tendência de submissão, de não-luta, é virmos filho de alguém muito forte e agressivo, o que pode ativar nosso lado guerreiro. Ou é um Espírito superior que veio para ajudar um mais inferior a elevar-se espiritualmente, mas está fazendo isso? Ou está sofrendo? Ambos vieram para um resgate e harmonização mútuos e evoluírem espiritualmente. E o "filho" veio, sabendo quem seria seu "pai", para tentar a mesma coisa. Algum deles está conseguindo melhorar? Está sendo curada a mágoa e a passividade ou a violência e a agressividade congênitas? Algum deles está cumprindo suas metas pré-reencarnatórias ou continuam com seus antigos comportamentos?

O grande trabalho do Espírito encarnado é libertar-se de suas imperfeições, de seus pensamentos e sentimentos negativos, mesmo acreditando que tem razão para senti-los! Mas se nós seguirmos os conselhos do nosso Eu Inferior, sempre acreditaremos ter razão para sentir raiva, mágoa, tristeza, ressentimento, etc.

Mas, então, quando iremos nos libertar dessas negatividades, quando iremos nos purificar? Conclui-se, então, que o importante para o crescimento espiritual não é acreditar ter razão e sim purificar-se. Os conflitos da nossa infância são instrumentos para nossa purificação. Quem entender isso, acelera sua evolução...
Texto Revisado

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Atualizado em 3/30/2006

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