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O sexo e o amor através dos tempos

O sexo e o amor através dos tempos

por Flávio Bastos
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A seguir, faremos uma breve viagem através da história do relacionamento afetivo íntimo entre humanos, começando na Pré-história e terminando no futuro.

Pré-história
Na Pré-história, as sociedades coletoras, caçadoras nômades, tinham entendimento de que o sexo era algo que gerava prazer. Os tipos sexuais eram representados em esculturas e pinturas como forma de registrar momentos e preferências, além de rituais. Era comum sacerdotes e xamãs se travestirem, pois isso indicava espírito flexível que transpunha o gênero sexual. O sexo era algo entre espíritos que não estabelecia opção por sexualidade, só ocorria assim no caso da procriação.

No paleolítico, a Idade da Pedra lascada, os machos dominantes se casavam com várias mulheres, seguindo o comportamento de animais polígamos, como bisão e veado. Já no neolítico, a Idade da Pedra Polida, a monogamia passa a ser predominante. Nessa época, os homens passaram a domesticar animais. Observando o estilo de vida dos bichos e o papel do macho na procriação, os homens passaram à monogamia.

Antiguidade
Na Antiguidade, os gregos e romanos eram monogâmicos. No Império de Diocleciano, em Roma, a bigamia foi declarada ofensa civil. Mas os grego-romanos descobriram que o amor não é eterno: foi nessa época que surgiu o divórcio. Na Roma Arcaica, as mulheres adúlteras podiam ser condenadas à morte. Isso só mudou após a lei do Imperador Augusto, que trocou a pena pelo exílio.

Na legislação sexual da Roma Antiga, eram puníveis com a morte, o adultério cometido pela esposa, incesto e relação sexual entre uma mulher e um escravo. No estupro, a punição sobrava até para a vítima: se não gritasse por socorro, a virgem poderia ser queimada viva. Entre as penas leves, estava a apreensão de propriedades de quem fizesse sexo anal. No Egito, o adultério era mau negócio: os homens eram castrados e as mulheres ficavam sem o nariz.

Idade Média
No mundo ocidental, por causa da influência da Igreja Católica, tudo que era relacionado ao sexo -exceto a procriação- passou a ser pecado. O único que se dava bem era o senhor feudal: além de colocar cinto de castidade em sua esposa, ele tinha o direito de manter relações sexuais com qualquer noiva em seu feudo na primeira noite do casamento dela. Já no oriente, em países asiáticos, a liberdade sexual era maior. Os homens orientais, por exemplo, tinham quantas mulheres quisessem, desde que conseguissem sustentar todas.

A relação homossexual era chamada sodomia e era crime com pena de morte, além de ser considerada heresia pela Igreja. No Oriente era aceito, mas na surdina. Por exemplo, em exércitos em guerra, era preferível a relação entre soldados do que recorrer a prostitutas. Como os homens não podiam ter prazer com as esposas, com quem transavam só para procriação, a procura por prostitutas era grande. Ao mesmo tempo que eram malvistas pela sociedade e pela Igreja, as profissionais do sexo tinham que doar metade de seus lucros ao clero - foi o que instituiu o Papa Clemente II (1046-1047).

Segundo a suma teológica de São Tomás de Aquino, documento escrito de 1265 a 1273, havia dois tipos de pecado pela luxúria: pecado contra a razão, que incluía a fornicação e o adultério, e o pecado contra a natureza, que eram os pecados que contrariavam o ato sexual. Aí se incluem masturbação, sexo com animais, homossexualidade e a prática antinatural do coito, ou seja, não podia ser feito sexo em orifícios não naturais (boca e ânus) mesmo que fosse entre marido e mulher.

Idade Moderna
No século XVIII, apesar da ameaça de morte por enforcamento a homossexuais, começaram a surgir na surdina vários bordéis masculinos na Inglaterra. Na Era Moderna, tornaram-se comuns livros de contos eróticos e as leis mais humilhavam que puniam. O adultério, por exemplo, era "punido" na França com o desfile dos maridos traídos e das mulheres traidoras. Os homens eram obrigados a montar um asno e passear pela cidade usando chifres, e as mulheres adúlteras também tinham que montar em um asno, besuntadas de mel e cobertas de penas, com um cesto na cabeça.

COMENTÁRIO
Independente do gênero sexual que nos identifica ou a orientação sexual que escolhemos para as nossas relações afetivas íntimas, tanto a monogamia como a poligamia representam uma associação da influência cultural da época, região ou país ao qual pertencemos, com o modelo emocional-comportamental que trazemos de vidas passadas.

Neste contexto multimilenar, existe a história da humanidade e o histórico do indivíduo em sua época e meio social. Um passado repleto de experiências no âmbito afetivo que, se somadas, representam a caminhada do homem na direção do significado do amor e sexo em suas muitas vidas. Jornadas nas quais os dramas ainda superam a permanente sensação de felicidade.

No entanto, estamos no processo de aprendizagem, e as sessões regressivas de memória têm demonstrado que sentimento de posse, ciúme doentio, dependência emocional e sexo compulsivo, entre outros, podem ter as suas raízes bem fincadas num pretérito que vai além da vida intrauterina do indivíduo dotado de inteligência.

Contudo, no mundo ocidental estamos evoluindo, pois passamos da condenação sumária para a aceitação. A mentalidade está mudando, e a gradual mudança cultural e comportamental começa a estimular as pessoas ao questionamento e à reflexão sobre a importância -e significado- do binômio amor-sexo em nossas vidas.

Hoje, na práxis psicoterapêutica, temos uma referência para os casos que envolvem insatisfação e conflito nos relacionamentos amorosos, que são os "papéis" que os parceiros, independente de gênero ou opção sexual, devem desempenhar na vida real. Papéis que reúnem sentimentos de bem-querer de um pai, uma mãe e de um amigo ou amiga, em íntima relação com o papel de amante onde o desejo e o prazer se completam. A associação destas funções na vida cotidiana da parceria é fator de equilíbrio no relacionamento. A falta representa fator de desarmonia relacional, geradora de conflito.

Sobre o futuro das relações sexuais, as previsões variam desde um mundo em que humanos e robôs conviverão num planeta parecido com o presente, mas com algumas mudanças de comportamento. Segundo o pesquisador britânico David Levy, especialista em Inteligência Artificial e autor do livro "Love and sex with robots" (Amor e sexo com robôs), o sexo entre homens e robôs deve ocorrer em menos de 50 anos. "Muitas pessoas solitárias não têm ninguém com quem fazer sexo, a não ser que paguem por isso. Essas pessoas seriam as maiores beneficiárias do sexo com robôs", registrou Levy em seu livro.

Segundo estudos da Universidade Emory, nos Estados Unidos, a boa notícia para os tímidos é que, no futuro, a paquera pode ser facilitada por poções de amor à base de hormônios encontrados em alguns mamíferos. A oxitocina, liberada no parto, estimula o cérebro a adotar comportamentos carinhosos, e a vasopressina está relacionada à fidelidade. Se os cientistas conseguirem sintetizá-las. o vidrinho do amor poderá ser vendido em farmácias.

Umberto Veronesi, oncologista e pesquisador italiano, previu que a disseminação de métodos de reprodução artificial fará com que, no futuro, o sexo seja apenas recreativo e voltado a não fazer bebês. Por isso, segundo Veronesi, a humanidade caminha para a bissexualidade, ou seja, como fariam sexo só por prazer, homens e mulheres não teriam porque transar só com o sexo oposto.

Portanto, numa perspectiva futurista, é provável que se confirme a afirmação do psicanalista austríaco William Reich, quando registrou que todos deveriam saber que o desejo sexual por outras pessoas constitui parte natural da pulsão sexual. 

Texto Revisado

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Atualizado em 11/28/2015

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