Um mundo idealizado... no qual todos agem e se comportam de maneira exemplar, não corruptiva, não distorcida, não ego negativa. Como seria perfeito esse mundo em que as pessoas (e em geral, aquelas que convivem conosco mais de perto: cônjuges, parentes, amigos) adivinhassem nossos pensamentos ou simplesmente conduzissem sua vida pelos mais altos ideais (nossos, né?). Aí é que está o grande problema deste pensamento fantasioso: achar que há algo “errado” para ser consertado na vida do outro ao invés de olhar para a sua vida e ver/ perceber o que realmente depende de você para se transformar. Mudar o outro será sempre uma tarefa impossível! Pois a mudança advém do interior, assim como ensina a Natureza.
A borboleta precisa de força suficiente para quebrar a casca do casulo e voar; o botão em flor precisa estar pronto e ser aquecido pelo Sol, estar bem nutrido para desabrochar... Todo ser na Natureza nos ensina que cada um tem seu tempo, que não adianta se revoltar, se entristecer, se magoar ou se deprimir... Há de se aceitar, amar, ter paciência e nutrir a fé de que a mesma divindade que habita o seu interior, habita também cada ser neste Universo infinito de Deus – por mais que não pareça, que nem lembre um resquício de luz...
A luz existe como uma semente potencial em cada ser, mesmo os que estão submersos nas trevas da consciência.
Tudo há de se ter o seu tempo de florescer, frutificar, desabrochar.
Permitir que o nascimento de cada um venha, sem cobranças, expectativas ou idealizações.
Respeitar o ser interno de cada um é sabedoria pura!
Saber esperar é confiar. Ter fé. Enfim, acreditar no potencial intrínseco da vida que guia cada um ao seu melhor, a cada momento.
