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Compreendendo e libertando-se dos vícios

Compreendendo e libertando-se dos vícios

por Rodrigo Durante
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Não há eufemismos para amenizar o fato de que toda substância externa usada para atingir alguma alteração interna seja uma droga. Para curar doenças, diminuir os efeitos de algum desequilíbrio psicológico, suprir carências ou alterar algum estado de consciência, tanto as substâncias ilícitas quanto as prescritas pelo médico, espiritualmente podem ter os mesmos efeitos alienantes. Em todos os casos, o uso contínuo de alguma substância sempre tem uma característica de limitar a consciência de quem usa.

As manifestações desagradáveis do físico (aqui incluem-se as doenças) não são nada além de desequilíbrios psicológicos e espirituais, questões que com mais consciência simplesmente não existiriam. Então, antes de prosseguirmos, deixo claro que não estou incentivando ninguém a abandonar seu remédio ou qualquer outro tratamento médico, mas sim que busquemos conhecer mais sobre as causas metafísicas das dificuldades que enfrentamos. Isso pode nos ajudar a nos curarmos ou nos equilibrarmos com mais facilidade.

Existem casos de doutrinas religiosas onde algumas substâncias são vistas como “portais para mais percepção”, porém elas trazem somente um outro ponto de vista (desta ou de outra dimensão) sobre algum assunto, quando a verdadeira consciência e busca interior resolveria aquela questão sem a necessidade de droga alguma. Todos somos portadores de ferramentas necessárias para realizar nosso propósito divino, não necessitando de acessórios deste tipo. A prova disso é que não há registros de nenhum ser humano que se iluminou através disso. Ao contrário, há muitos e muitos casos de pessoas que fizeram uso destas substâncias por décadas e não perceberam um grande avanço em sua consciência.

Para evoluirmos um pouco o uso deste termo, podemos então entender como vício algum hábito ou substância mantenedor da inconsciência em nossas vidas. Sendo assim, até o exercício físico e a meditação podem ser considerados vícios, se estes representarem algum preenchimento psicológico patogênico ou necessidade de se fugir de alguma realidade. Há pessoas que fogem da vida material dedicando-se apenas ao espiritual. Há os que usam da pregação das regras morais de sua época para encobrir suas frustrações e desejos reprimidos. Há aqueles que fogem de um contato mais profundo com as causas de sua insegurança e baixa auto-estima dedicando-se ao culto da aparência do corpo físico. Há também, é claro, os que usam as drogas para medicarem suas insatisfações e desequilíbrios.

Portanto, nunca olhemos para um dependente de algum hábito ou substância com julgamento pois, nestes termos, certamente todos já usamos de muitas fugas em nossas vidas. Para nos aprofundarmos um pouco mais no tema “drogas”, é preciso antes de mais nada deixarmos de lado os antigos rótulos e olhar para a questão a partir de dois pontos de vista principais: o da própria substância, que não passa de um remédio e o do usuário, que é quem precisa de mais consciência para encontrar um caminho melhor.

Conhecimento necessário

De fácil acesso e prometendo algo diferente, as drogas ocupam um espaço importante na vida de muitas pessoas.

Ao contrário do que parece para quem usa, as drogas (e aqui incluo também os remédios) são extremamente prejudiciais não só para o corpo físico, mas também para o ser. Mesmo que a ciência veja benefícios em algumas substâncias, ela não tem ainda condições de analisar os fatos de uma perspectiva vibracional superior. As drogas favorecem a inconsciência prendendo seus usuários em padrões recorrentes de insatisfação e desequilíbrio que são importantes para os seres trevosos que as sustentam, pois eles se alimentam destas energias. Você pode usar algo que te traga alívio ou alegria e por isso acredite que isso te faça bem, mas isso não é verdadeiro, pois esta percepção alterada da realidade causa uma inversão de polaridades energéticas em sua vida que traz consequências ruins em diversas áreas como em seus relacionamentos, em sua profissão, em sua prosperidade e, principalmente, no modo de ver a vida e naquilo que você é capaz de produzir e realizar. Em outras palavras, usando drogas você sempre estará funcionando muito abaixo do nível vibratório e de consciência que poderia estar. Sempre, mesmo no auge do efeito de alguma substância, estará muito abaixo do êxtase de sua autorrealização.

Nosso corpo é dotado de mecanismos autorreguladores capazes de se equilibrar e de se curar sozinho. Precisamos apenas aprender a nos relacionarmos melhor com ele. Da mesma forma, precisamos dar mais atenção à nossa alma e ouvir mais nosso coração. O equilíbrio do corpo-mente-espírito garante uma vida saudável e feliz, muito além do que somos capazes de imaginar.

Infelizmente a espiritualidade ainda não é compreendida pelo homem que, principalmente no ocidente, associou-a a religiões. Devido a muitas encarnações na rigidez religiosa, os dogmas servem de gatilho para sensações desagradáveis e muita rejeição de algumas pessoas, o que acaba afastando-as da busca pelo equilíbrio entre corpo-mente-espírito. A verdadeira espiritualidade está além de qualquer filosofia religiosa, pois refere-se pura e simplesmente à nossa interiorização e resgate dos valores do ser. É a autopercepção que gera o autoconhecimento, que posto em prática traz o equilíbrio e alinhamento internos que trazem nossa felicidade e realização.

Da maneira que nossa sociedade evoluiu, acabamos nos viciando em certas emoções. Nós acreditamos que o certo é sentirmos uma coisa e não outra e, assim, somos incentivados a buscar esta coisa com todas as nossas forças. Com o tempo, o centro de nossa consciência baixou para o nível das emoções e a partir delas criamos nossa identidade, aquele que acreditamos que somos. Então hoje, tudo que que vivenciamos passa pelo filtro do emocional. É através das emoções que percebemos, julgamos e rotulamos tudo e todos. Em um próximo momento da nossa humanidade, nosso ponto-focal, o centro de nossa consciência, estará acima do emocional e as emoções não serão nada além de sensações químicas características apenas da experiência terrena. Elas virão e irão com a mesma facilidade, sem nos apegarmos a nenhuma delas. Estamos aos poucos elevando nossa consciência do ego ao coração. O coração funciona em amor incondicional, o que significa aceitação sem julgamentos. Por enquanto, a vida baseada nas emoções ainda depende de julgamentos.

Neste sentido, o que leva as pessoas a procurarem alívio ou acesso a diferentes formas de sentir a vida através de substâncias naturais ou químicas varia de acordo com a necessidade de cada um. Porém percebo um padrão comum entre todos os usuários: uma sensibilidade emocional reprimida, elevadas expectativas frustradas quanto a si mesmo, à família e a vida, alto nível de autocobrança chegando a um excesso de rigidez e até tirania consigo próprio, dificuldade de se adequar ao que é exigido dele, de se adaptar a mudanças, de se expressar a partir do coração e ser quem verdadeiramente é.

Muitas almas encarnadas são já espíritos sábios que estão aqui apenas para equilibrar energias, perdoar, ser perdoado ou mesmo aprender a lidar melhor com o plano material. Muitos destes usam drogas como forma de automedicação, buscando os ajustes necessários para viver um pouco melhor nos momentos ou assuntos onde sentem mais dificuldade de lidar com as poucas ferramentas e capacidades que conhecem.

As drogas entram cedo na vida das pessoas, geralmente na adolescência, pois é um momento onde o propósito de vida de cada um começa a aflorar e é quando temos mais dificuldade em encontrar nosso caminho dentro do mundo que foi apresentado para nós por nossa família, escola e sociedade em geral.

Como planeta, ou melhor, como raça humana, estamos caminhando para um Despertar da Consciência geral, mas enquanto isso não acontece, os conflitos de geração sempre existirão. Sendo assim, a família é um dos principais aliados que poderiam ajudar aos “encarnantes recém-chegados” a se adaptarem ao mundo de forma mais suave, desenvolvendo sua autoconfiança e seus próprios valores sem comparações com outras pessoas e modelos de perfeição.

O Despertar da Consciência trará a muitos a libertação que buscam, embora muitas descobertas neste caminho podem ser, no começo, um pouco chocantes para a mentalidade tão padronizada que arrastamos até hoje. Sabemos bem que no tempo dos nossos avós era diferente e, por isso, temos a ilusão de que mudamos em algo. Porém esta mudança não é tão grande como pensamos, pois mudamos as peças e aparências mas ainda jogamos o mesmo jogo, ainda seguimos as mesmas regras ou, em outras palavras, ainda estamos presos na mesma matriz.

Para os espíritos que entram aqui, este choque do impulso do cumprimento de seu propósito divino e verdadeira expressão de seu ser com o aprisionamento da matriz que nos é imposto pelos nossos pais, educação e sociedade é o que mais gera sofrimento e conflitos cuja solução inconsciente está no uso de alguma substância. Aqui também está a ilusão de que uma família “bem estruturada” evitaria o problema das drogas, já que esta pseudo-estrutura é a própria adequação a uma matriz de controle e submissão a um sistema e a um modo de vida específico.

Estrutura não é isso, ou melhor, não devia ser isso. Compreender que estrutura está mais relacionada com nossa capacidade de criação e uso do nosso livre-arbítrio do que com bases sólidas que nos trarão segurança é fundamental neste processo. A segurança que inadvertidamente buscamos nas estruturas que conhecemos hoje, em um nível superior é nossa capacidade de sermos quem verdadeiramente somos, sem medos, mas com amor e honestidade para com nós mesmos em primeiro lugar. Isto é seguir o próprio coração. Isto é fundamental para a mudança que almejamos no planeta.

As substâncias que chamamos de drogas prometem a mudança de um estado de espírito para outro, que no fundo é o que aquela alma acredita que precisa para cumprir sua missão. Porém, esta ilusão de mudança é apenas momentânea e a necessidade de se manter naquela frequência ou para alívio ou para se equilibrar mais perto do estado de espírito almejado é o que gera a dependência. Sem conhecer outra alternativa, o ser em desequilíbrio “testa” as drogas como uma solução. A sedução de um rápido alívio (além de forças invisíveis que não discutiremos aqui) é o que prende tantos neste hábito. É preciso então muita coragem para olhar para si mesmo com mais honestidade e lidar com seus infortúnios, além de se abrir para conhecer mais formas de transcender esta fase e encontrar seu caminho, seu verdadeiro eu, a sua expressão.

Assim, provamos então que consciência é a chave para a libertação. O entendimento do que estamos buscando em cada substância usada nos dá a oportunidade de nos cuidarmos melhor neste aspecto, tratando com mais facilidade qualquer que seja a falta ou sofrimento que nos aflige.

Descreverei aqui então as principais substâncias usadas, suas causas e efeitos para o ser. Sentindo verdadeiras as minhas palavras, busque ajuda! Busque entender-se, se abra para novas maneiras de enxergar a si mesmo e à vida. Encorajo-o a ser você mesmo. Tudo o que você está passando é importante para seu crescimento, para que você desenvolva a sabedoria e força necessárias para o cumprimento de seu propósito na Terra. Sua história é uma história de amor. Sua presença no plano material é importante para o planeta!

Cigarro, comida etc.

Existem algumas diferenças sutis entre um e outro tipo, mas no geral a causa destes vícios é a mesma. O acúmulo de insatisfações na vida gera um certo desequilíbrio que o fumante e o guloso buscam satisfazer no cigarro e comida.

Com o cigarro o mecanismo do vício é mais nítido, já que, diferente da comida, ninguém precisa de cigarro para sobreviver. Não só pelas substâncias presentes no cigarro, mas também pelo ato e hábito de fumar, é criada uma dependência que não existia para ter na sua satisfação a realização que lhe falta na vida. Com o excesso de comida a mecânica é a mesma.

Uma mentalidade então focada na busca por recompensas em detrimento da gratidão pela própria vida, contentamento e plenitude do ser gera vazios interiores que parecem ser artificialmente supridos por estes vícios. À cada cigarro têm-se a sensação de se estar realizando algo, suprindo uma carência, recebendo um prêmio. Nosso próprio corpo libera a química certa para o alívio e bem-estar que não aprendemos a cultivar internamente. Somado a isso, há também as substâncias presentes no cigarro e comida que condicionam o corpo a esta necessidade. Notem como os poluentes entram pelas duas formas mais físicas por onde absorvemos energia, a respiração e a alimentação. A energia que entra então também é poluída, antinatural e tem efeitos nocivos e limitantes para a consciência e para o complexo corpo-mente-espírito.

Para libertar-se destes hábitos com mais facilidade é preciso uma mudança de valores do que é verdadeiramente importante na vida, aprender a apreciar o simples ato de viver e as pequenas coisas de seu dia a dia. É preciso também reconhecer que se há algum impulso criativo reprimido, é importante dar vazão a ele. Isto pode não ser exatamente como esperamos ou como a sociedade nos diz que é, é preciso então uma mente aberta (sem julgamentos e pontos de vista rígidos) para permitir que o universo nos mostre de que forma podemos aproveitar melhor nosso tempo, energia e potencial.

Quem passa por este desafio com sucesso aprende a estar contente e satisfeito consigo e com a vida, sem necessidades artificiais. Aprende também a incrível arte de deixar ir e de se abrir para o novo.

Álcool

Embora tão tolerado pela sociedade, o álcool é um libertador para o chato autorreprimido. O alcoólatra, quando sóbrio, é extremamente rígido consigo mesmo no sentido de cobrar-se ser algo que não é e, por isso, pode ser rígido também com os outros. É vaidoso e orgulhoso e só se permite ser feliz quando o álcool suprime seu feroz e tirano juiz interno, quando sua opinião sobre quem ele é e quem deveria ser deixa de atormentá-lo. Sem esta autorrepressão, o impulso que está preso é liberto. Isto pode ser destrutivo ou falsamente produtivo para o usuário e para os outros, já que o alcoolizado pode tanto apenas se permitir ficar mais alegre como pode também soltar suas raivas e medos mais profundos.

Dizer que aprecia alguma bebida não é desculpa, pois com apenas um gole o álcool já está agindo em seu corpo-mente-espírito, anestesiando algumas percepções e suprimindo sinapses, atuando assim na forma como você vê a si e ao mundo ao seu redor. Um único gole pode também abrir a pessoa espiritualmente facilitando o acesso de entidades intrusas com as mais variadas intenções.

A libertação desta substância vem através do amor próprio e da autoaceitação incondicional, quando deixamos de tentar corresponder a expectativas nossas ou dos outros e aceitarmos cada aspecto de nós mesmos exatamente do jeito que somos. Com amor e coragem, somos o que somos.

Quem passa por este desafio com sucesso aprende a cobrar-se menos e aceitar mais a si e aos outros do jeito que são, respeitando suas diferenças e assim abrindo-se para novas maneiras de ver a vida.

Maconha

É um anestésico emocional e repressor dos sentidos. É a droga preferida daqueles que tem tantos pontos de vista e julgamentos negativos sobre si, a vida e os outros que não aguentam mais “sentir”. Enquanto a maconha anestesia seus sentidos, o usuário é capaz naquele momento de perceber a vida sem seus sofrimentos autoimpostos, o que pode trazer algum alívio momentâneo.

A maconha funciona como uma depressão profunda, é um mecanismo para não sentir a tristeza dos pontos de vista distorcidos e vitimismo que a pessoa sustenta. Assim como as outras drogas, ela não cura nada do que a pessoa está buscando, apenas encoberta os problemas com uma camada de inconsciência. Passado o efeito, o sofrimento continua lá.

Para se livrar deste vicio é preciso compreender que o peso e estresse que sente não é causado pelos outros, pelo seu trabalho ou pela sociedade, mas por suas próprias interpretações e maneira que lida com tudo isso. É preciso coragem para assumir inteiramente a responsabilidade por si e aprender a distinguir entre o que é produtivo e benéfico para sua vida e o que não traz benefício algum, isto inclui sonhos e metas, pontos de vista e opiniões, hábitos, pensamentos e amigos. Um trabalho minucioso de exercitar a paz interior, alegria e gratidão te ajudarão muito. É importante também buscar elevar sua vibração através de melhores hábitos e atividades físicas e mentais, não apenas procurar fugas.

Quem passa por este desafio com sucesso aprende a olhar para seus próprios sentimentos com calma e coragem e a não ter medo das situações que vida possa lhe apresentar.

Cocaína

É a droga da ilusão do Super Homem, é o oposto da kryptonita. O usuário de cocaína tem altas expectativas sobre si e uma crença profunda de que não é bom o suficiente. Em muitos casos, sente que se não atingir suas próprias metas e não corresponder às expectativas que se impôs não será amado, respeitado ou não será feliz. Devido a uma autorrejeição profunda, tenta constantemente ser mais do que se é. É provável que não se sinta aceito pelos pais, que se compare muito aos outros e sinta sempre que poderia ser melhor do que é. É vaidoso e tenta esconder seus supostos defeitos até dele mesmo. De tanto se menosprezar, gosta de se sentir por cima, de sentir que tem poder e por isso usa esta droga.

É um exercício e tanto admitir fracasso e buscar ajuda. Por isso, para livrar-se deste vício é importante trabalhar a humildade no sentido de amar-se de todo seu coração exatamente do jeito que se é, perdoar-se a aceitar tudo aquilo que rejeita em si. É a partir do fundo do poço que o usuário de cocaína aprenderá o amor próprio, a humildade e a autovalorização.

Com a humildade, deverá descobrir também que suas expectativas e metas são utópicas e ilusórias, além de totalmente desnecessárias para sua felicidade e realização. A verdadeira realização é ser quem verdadeiramente somos, não em atingir metas, ser melhor que os outros ou ter o reconhecimento de alguém.

Quem passa por este desafio com sucesso aprende a amar e valorizar a si mesmo e as coisas simples da vida.

Êxtase

O êxtase é a droga do infeliz e eterno insatisfeito. Traz para o físico a graça que a cocaína traz para o mental. Ele nos desequilibra a ponto de produzir artificialmente uma ilusão da felicidade e prazer que estamos nos negando. O usuário de êxtase normalmente esconde sua insatisfação e passa a vida perseguindo prazeres, uma vez que sua ansiedade e possível depressão não o permitem ser feliz agora.

O efeito bombástico desta substância se deve ao estímulo de certos neurotransmissores, é claro, mas também ao direcionamento de toda nossa atenção para as sensações do físico, assim trazendo o foco do usuário para o momento presente, o que resulta ao mesmo tempo em um alívio dos problemas psicológicos causados pela antecipação negativa da vida e traz esperança de uma vida melhor.

Para livrar-se deste vício é preciso compreender que tudo o que seu corpo produz com esta droga você pode também sentir sem ela, mas que a necessidade de se sentir algo tão forte e concentrado de uma vez é um desequilíbrio causado por tudo aquilo que você mesmo vem se negando.

Quem passa por este desafio com sucesso aprende a libertar-se das crenças limitantes e de seus dogmas pessoais que o impedem de ser feliz com equilíbrio e constância à cada momento. Aprende a reconhecer que a chave para uma vida plena está no reconhecimento de que o melhor que podemos ser ou sentir só existe no aqui-agora e que é tudo uma questão de escolha dos melhores pensamentos e posturas que nos permitem viver isso.

Opiáceos, crack etc.

A morfina, heroína, assim como os derivados de outras drogas como o crack, meth e outras substâncias do gênero são uma fase mais negativamente avançada de outros vícios já descritos aqui. É o que chamo, sem interesse em fazer trocadilhos, de “fim de carreira”.

A negação de si e a ilusão de que o bom da vida é inatingível chegou a um extremo de sofrimento e desesperança. Dói estar vivo, por isso a vontade de quem usa isso muitas vezes é de se destruir, de deixar de existir. E é exatamente isso que estas substâncias promovem, uma interferência profunda nos sentidos e a aceleração da morte do corpo.

Os efeitos tóxicos e autodestrutivos destas substâncias para o corpo-mente-espírito de seus usuários deixam sequelas muitas vezes irreversíveis. São extremamente alienantes, pois tiram do usuário parte de seu livre-arbítrio. A alma já não está mais no corpo, a vida é mantida apenas pelo cordão de prata. Por não aguentar o sofrimento que o ego do usuário se impôs, esta pode estar escondida em algum lugar do astral, universo paralelo ou mesmo ter sido escravizada por alguma entidade trevosa. O corpo começa a deteriorar-se e a consumir a si próprio, buscando apenas mais da droga que inibe seus mais profundos sentidos e ligação com a vida real.

Sendo uma soma de todas as outras drogas, para livrar-se destes vícios é preciso aprender o mesmo que já descrevi anteriormente e aplicar-se com muito afinco em uma mudança drástica de seus valores e visões sobre si e a vida. É preciso compreender profundamente que você é melhor que isso e que tem condições de melhorar.

Quem passa por este desafio com sucesso é verdadeiramente um herói. Pode-se dizer que a foi ao pior lugar do inferno e voltou. Conseguiu superar seus desafios e aprender com eles, sabendo agora quem verdadeiramente é e do que é capaz.

Drogas e suicídio

As drogas estão intimamente ligadas ao suicídio. Não por algo induzido quimicamente por elas, mas por um padrão de falta de amor próprio, de ingratidão e de descontentamento que os usuários de drogas e os potenciais suicidas têm em comum.

É preciso compreender como funciona a dinâmica do corpo-mente-espírito para desistir destas práticas o quanto antes.

O corpo é uma manifestação do espírito. A mente é uma ferramenta para se compreender uma determinada realidade nesta dimensão que estamos experimentando agora neste momento de nossa trajetória e aprendizado. Além do corpo, existe então infinitas frequências que não captamos fisicamente, mas que fazem parte ou chegam a nós através do espírito e da mente. Por isso pensamentos depressivos e de por um fim à nossa existência são comuns, pois como seres humanos, captamos estas energias tão facilmente como aparelhos de rádio captam as ondas de FM.

Existem então equivalentes do nosso corpo em outras dimensões. Quanto mais próximo do físico, mais estas partes nossas se parecem com nosso corpo agora e, quanto mais elevada a vibração destas nossas partes, mais luz e menos forma elas apresentam.

Quando morremos aqui na dimensão física, é apenas o corpo físico que morre, as outras partes do nosso ser continuam vivas. Por isso a morte não é uma fuga e não traz nenhum alívio para o indivíduo. A passagem de um plano para outro ocorreu apenas no nível da consciência, mas o mecanismo mental e emocional continua ativo.

Assim, se a pessoa não aprendeu enquanto encarnado a equilibrar seus pensamentos e emoções em um nível satisfatório, o que encontrará quando desencarnado é apenas mais destes desequilíbrios, revoltas e insatisfações.

O corpo físico representa uma defesa e uma oportunidade de trabalharmos estes desequilíbrios e realizarmos o aprendizado que viemos ter aqui na dimensão material. É uma máquina de transmutação energética daquilo que precisamos superar e equilibrar, enquanto os caminhos que trilhamos baseados em nossas escolhas são nossa própria escola.

Quando desencarnamos, perdemos então esta proteção do corpo físico e estamos muito mais expostos às vibrações na sintonia que estamos vibrando, o que nos leva direto para o meio que mais representa a nossa vibração. Os espíritos que estarão à nossa volta também estão na mesma sintonia, pois sem o físico torna-se cada vez mais complicado a interação vibratória com frequências diferentes.

O que chamamos de umbral não é um lugar que vamos, pois nele já estamos, mesmo quando encarnados. O umbral é como descrevemos a manifestação do psicológico espiritual em determinadas frequências negativas e em desequilíbrio. É como enxergamos estas vibrações do outro lado. Todos estamos conectados com o espírito e suas manifestações em todas as dimensões. Portanto mesmo encarnados podemos já estar no umbral, em um mundo de regeneração ou em um mundo de felicidade, cabendo apenas a nós mesmos utilizar nosso livre-arbítrio para escolhermos melhor onde pretendemos estar.

Existe um plano de vida para todos nós e é importante respeitarmos este fluxo, este caminho. Desta forma, tanto o apego excessivo a certas circunstâncias da vida quanto interrompê-la artificialmente só traz mais sofrimento e dificuldades em nossa trajetória. Há um equilíbrio a se conseguir aqui. O suicídio nunca ajuda ninguém, pelo contrário, agrava ainda mais a situação de nosso espírito que precisa passar por certas situações e aprendizados em seu caminho. A vida é eterna e precisamos aproveitar a oportunidade de estar neste plano material para nos trabalharmos e crescermos em amor e consciência.

É preciso então aprendermos a olhar a vida de uma perspectiva mais abrangente, buscando compreender aquilo que chamamos de “Plano Divino”. Isto não é uma imposição, é a escolha que cada um de nós fizemos antes de solicitar nosso ingresso neste planeta. A vida na Terra é a escola do amor, da liberdade e do equilíbrio. Sem isso, é impossível nossa entrada (ou retorno) em mundos superiores.

Os sofrimentos e desequilíbrios de hoje se devem à nossa inconsciência, são apenas más escolhas no nível do pensamento e da ação. Acreditar ou não nos pensamentos, assim como direcionar seu teor é a primeira lição do livre-arbítrio. Com a prática da auto-observação e melhores escolhas, aprendemos a nos sustentar em um nível vibratório melhor. O amor (próprio), o (auto) perdão e a (auto) aceitação incondicional são as chaves para nosso sucesso.

Lembre-se: na dúvida, escolha sempre você! Escolha o amor, a saúde, escolha a vida!

Conclusão

Em todos os casos descritos, é importante o apoio espiritual intenso e comprometimento com a cura. Esta é sua meta de vida agora, é a escola que você precisa e da qual não pode fugir. Inclusive, buscar o conhecimento que a espiritualidade traz é uma boa maneira de compreender mais sobre si e a vida, o que pode ser um bom começo e apoio no caminho de sua vitória.

Mudar hábitos alimentares para algo mais saudável e desintoxicante, buscar atividades físicas moderadas e sem expectativas, aprender algo novo para alimentar seu intelecto e alguma prática manual para aprender a focar sua mente no momento presente (mais uma vez lembre-se de não se estipular metas inatingíveis, respeite seu corpo e seu ser) são alguns exemplos do que certamente você passará em seu caminho de autotransformação. Outra coisa muito legal, é aprender alguma forma de meditação. E tome bastante água, muita água para ajuda-lo na fase de desintoxicação.

Nos casos mais intensos, o tratamento espiritual ajuda a restaurar a integridade do corpo-mente-espírito. Uma explicação minuciosa do que ocorre “do lado de lá” por causa dos nossos hábitos e desequilíbrios “daqui” precisaria de vários volumes de livros, mas há algo bem simples de se compreender. Precisa haver um resgate de alma, cura de fragmentos de sua personalidade que estão presos em situações do passado desta e de outras vidas, rescisão de votos, contratos e pactos com seres e realidades inferiores, cura de alguns karmas, encaminhamento de entidades, limpeza de magias, encantamentos, remoção de chips e implantes etc.

Além da ajuda espiritual, procure sempre um médico ou centro de apoio especializado. Não tenha vergonha, lembre-se que a vaidade nunca foi sua amiga. Existem muitos grupos de apoio e tratamentos disponíveis para todos, há os que são oferecidos pelo governo, por ONGs e também os particulares. Não caia no erro de achar que para sua cura você precisa de algo que não está disponível para você. O que você mais precisa agora, é de você mesmo!

Tudo o que você precisa já existe dentro de si. O importante agora não é substituir vícios, mas se livrar do que não é mais necessário. Seu corpo-mente-espírito estão sempre prontos para se autocurarem e restaurarem seu equilíbrio interior, se assim você permitir.

O vício, ou a memória do uso da substância, podem ser traiçoeiros, “enfeitando” ou de alguma forma romantizando seu uso. Esteja atento, isto é uma ilusão, podemos chamar de “marketing das trevas”. Faz parte do seu aprendizado também não dar ouvidos a estas tentações.

Recomendo muito também a leitura de meu livro, “Vivendo o Despertar”. Não fala sobre drogas, mas traz muita luz aos pontos de vista e padrões de funcionamento limitantes sobre os quais estamos baseando nossas vidas. É um livro que traz a energia necessária para ajudar a todos em romper com os padrões de limitação e sofrimento que tanto nos afligem.

Namastê!

Rodrigo Durante.


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Atualizado em 7/4/2018

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