Do livro O poder de todas as escolhas

Do livro O poder de todas as escolhas
Autor Paulo Valzacchi - [email protected]
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Um dia perfeito pode existir.

Um dos capítulos do meu livro, que gostaria de compartilhar com você.

Naquela semana eu sentia o meu ser abrindo, todas as mensagens estavam infiltrando e se fixando dentro de mim, e algo me fortalecia, mais e mais.
Parecia que o Universo estava conspirando a meu favor, pouco a pouco fui me afastando da prostração e do desânimo, no seu lugar brotou uma chama intensa de sede, a sede do aprender, do vivenciar.
Quando mudamos de sintonia, do negativo para o positivo, atraímos igualmente forças que tendem a nos auxiliar em nossa caminhada, comprove isso, faça o teste, a sintonia será tão boa, que você ficará surpreso.
Logo de manhã, sai para ir meditar, seriam apenas 30 minutos, mas naquele dia algo especial estaria reservado.
Ao chegar à casa do mestre fui recebido prontamente, adentrei a sala e para minha surpresa nela havia um senhor sentado em posição de meditação logo ao centro, e vários discípulos ao redor, mestre Chan com um simples gesto de cabeça e olhar, me indicou o lugar para sentar.
O mestre explicou que hoje seria uma meditação especial, que cada um deveria lançar ao vento uma palavra, a primeira que viesse à mente após o toque do sino, e o mestre ao centro discorreria alguns ensinamentos sobre o tema.
Todos nós ficamos em profundo silêncio e assim começou nossa meditação.
Após o primeiro toque, o discípulo lançou a primeira palavra:
Pedra.
O mestre respirou profundamente, e disse que nossa missão era lapidar a pedra bruta que existia dentro de nós, e que existiam duas questões que ajudariam nisso, primeiro, abandonar o que os outros acham de você, e segundo, fortalecer aquilo que você pensa de si.
Eu não sei ao certo se você dá poder ao que os outros pensam de você, mas isso tem uma influencia tremenda em sua vida, tem muitas pessoas que dão tanto poder a isso que deixam de viver.
O segundo discípulo disse:
Sementes.
Existem sementes que trarão infelicidade em sua vida, elas são sementes de ignorância, por isso você precisa ter o conhecimento, para separar o joio do trigo.
Culpa.
Jamais coloque a culpa em alguém, pois isso reflete a pouca experiência que você tem de retirar dos próprios erros a lição de vida, fazendo isso você estará retrocedendo em seu aprendizado.
Será que realmente toda a culpa deve ser atribuída a nós?
Pensei de imediato, com o tempo entendi que, nós temos uma grande parcela em tudo isso, fugir delas, é verdadeiramente passar a responsabilidade para o outro e deixar passar a lição.
O quarto aluno então entoou:
Orgulho
Foi nesse instante que o mestre deu continuidade sobre o ensinamento anterior, dizendo:
Jamais ponha a culpa em si, essa é a semente da inferioridade, disfarça de orgulho, toda a auto-reprovação tem um limite, mas quando ela se torna um muro, nós nos isolamos do mundo e deixamos de rumar ao crescimento.
Naquele instante tudo ficou claro para mim.
Sucesso.
Quando o aluno gritou sucesso, eu fiquei ansioso para ver o que o mestre diria, e para minha surpresa ele declarou:
O sucesso é a grande ilusão.
Muitas pessoas não atentam a esse detalhe, o sucesso não é o fim, o ponto final, se você pensar assim sentirá um grande vazio interior e ele não será completado por nada.
O sucesso é a própria jornada, o sucesso não é alcançar na macieira uma maça, mas sim após pegá-la, sentar-se sobre a sua sombra e saboreá-la docemente, sem preocupações.
Agora era minha vez , minha mente estava aberta, os pensamentos passavam, até o momento que surgiu:
Passado
Não tente esquecer o seu passado, esse é o truque da mente.
Ao invés de tentar esquecer-se do passado, tente lembrar-se do presente, do aqui e do agora.
Tudo esta aqui, o resto passou.

Por fim o mestre Chen emendou:
Calma.
Ao centro o mest
re finalizou:
Calma é um atributo especial das pessoas sensatas, afinal a calma é o tempo exato para que tudo passe pelo crivo da razão antes de chegar a ação.
Manter-se assim é manter-se num estado supremo, cujos frutos através da observação é a própria sabedoria.

Por minutos ficamos em profundo em silencio, ocorreu então um encontro definitivo, que explodiu uma clareza e tranqüilidade tamanha.
O cheiro do incenso abrandava meus sentidos, eu pouco percebia minha carcaça corporal, meus olhos fechados viam apenas uma luz, meus sentidos estavam anestesiados, eu acabará de sentir a plenitude.

Finalizamos a sessão, o mestre Chen tranquilamente nos convidou a uma cerimônia do chá, que revelaria novas questões mais profundas.


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