Síndrome de colecionismo - Quando a desordem fica fora de controle

 Síndrome de colecionismo - Quando a desordem fica fora de controle
Autor Sandra Brack - [email protected]
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Trabalhando com organização, conheci o Dr. David Tolin e,  através dele, o comportamento obsessivo-compulsivo no ato de guardar coisas de todos os tipos.

Quando isso acontece com moderação é geralmente normal, mas um impulso saudável pode ir longe demais e torna-se o que alguns especialistas consideram um transtorno clínico obsessivo-compulsivo ou síndrome de colecionismo.

O hábito de reunir e armazenar grande número de objetos que podem ou não ser úteis faz com que essas pessoas encontrem dificuldades para descartar coisas que são inúteis.

Isto não é excentricidade ou falha de caráter, não é preguiça, negligência criminosa ou não entender as responsabilidades da vida,   é mais grave e mais dificil de controlar do que imaginamos.

É, de fato, uma doença neuropsiquiátrica, que pode levar a consequências trágicas.

Infelizmente no Brasil não temos muitas informações sobre este transtorno. Nos Estados Unidos, uma casa pode ser interditada pelo governo, um pai ou uma mãe podem perder a guarda de seus filhos pela péssima qualidade de vida oferecida a eles, em consequência de um grande acúmulo de objetos e a desordem resultante disso. Basta uma denúncia de um vizinho.

Passei a pesquisar sobre o assunto, até porque a presença de um organizador na hora de uma interdição é importante.

Espero que este artigo seja um alerta, pois este transtorno pode atingir qualquer idade, e a preocupação do governo americano é com as crianças que convivem com um colecionista.

Normalmente, colecionistas compulsivos costumam ter dificuldade para classificar itens,  tomar decisões, não se preocupam se os objetos estão à vista, como uma roupa em cima de uma mesa, no chão, limpa ou suja. Isso vai se empilhando aqui e ali, virando com o tempo uma montanha de lixo perigoso.

Como perigoso? Poeira, bolor, mofo e fezes de roedores comumente encontrados em ambientes de desordem extrema podem resultar em alergias, que por sua vez podem causar irritação, dores de cabeça ou problemas respiratórios. Pessoas idosas podem se ferir ao sofrer uma queda no meio de tanta coisa acumulada.

Com o passar dos anos, o acúmulo atinge um nível tal que a sala e, posteriormente, toda a residência estão cheias de lixo, tornando-se difícil até se locomover no ambiente.

Outro comportamento encontrado é o acúmulo de comida com datas vencidas, em armários ou geladeiras. Mais um perigo. Na linha de raciocínio de um colecionista, esses alimentos podem ser consumidos.

Muitas vezes os familiares sentem raiva e ressentimento do comportamento aparentemente inexplicável de um colecionista.

A limpeza forçada é muito arriscada. É comum familiares tentarem resolver o problema de forma escondida ou sem permissão do afetado pela síndrome. Nunca façam isso sem o acompanhamento de um especialista, psicólogo ou psiquiatra que esteja  tratando da pessoa envolvida, e procurem fazê-lo com a parceria de um organizador experiente no assunto.

Lembrem-se,  o apoio da família e amigos podem ser úteis no controle da doença.

Assim como em qualquer outro transtorno psicológico, colecionistas compulsivos não percebem que sofrem de um transtorno, e acreditam que a acumulação é útil e inofensiva.


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Conteúdo desenvolvido pelo Autor Sandra Brack   
Sou Personal Organizer. Trabalho com assessoria para pessoas que por diversos motivos não conseguem tempo para se organizar.Pesquisas comprovam que um espaço desorganizado, pode causar desordem mental, stresse, irritação e até depressão. Recupere o controle do seu tempo e espaço, com as dicas e soluções aqui postadas. Bem vindo
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