Conflitos do século XXI

Conflitos do século XXI
Autor Leandro José Severgnini - [email protected]
Facebook   E-mail   Whatsapp


As guerras sempre foram motivo de preocupação para a humanidade e, desde a segunda guerra mundial, boa parte do planeta permanece com medo de que algo possa desencadear uma terceira guerra mundial. É um medo legítimo, afinal, se tal fato ocorrer (com os arsenais de alta tecnologia que existem hoje) haveria a possibilidade de uma extinção da raça humana. Infelizmente, não se pode descartar tal hipótese. Porém, desde que a segunda guerra chegou ao fim, parece que os ânimos foram acalmados - com exceção de alguns conflitos de menor proporção. Isso significa que a humanidade deu um grande salto moral em sua evolução? Eu gostaria de responder que sim, mas me parece que a resposta mais adequada é um sonoro NÃO!

No último fim de semana tivemos um exemplo disso com o resultado das eleições. Como toda e qualquer disputa eleitoral, sempre há parcela de indivíduos que ficam satisfeitos e uma parte insatisfeita. Até aí tudo bem, faz parte do sistema vigente. Mas sinceramente, não creio que eu seja capaz de compreender a motivação para as discórdias e inimizades que são criadas diante das circunstâncias. A situação torna-se ainda mais lamentável nas redes sociais, onde é incrivelmente fácil encontrar pessoas que nunca se viram tornando-se inimigos ferrenhos; famílias divididas, amizades desfeitas, corações tomados de ódio por algo que simplesmente não está ao nosso controle. Ainda há quem sugira uma divisão do país onde cada parte seria governada pelo suposto eleito. Mas peraí, mais divisões? A humanidade já não está exageradamente dividida?

No início deste texto, fiz uma introdução falando das guerras, pois me parece que a motivação de muitos é o mesmo instinto possessivo e orgulho que motivou guerras, perseguições e invasões desde eras remotas, e que hoje traduz-se nas batalhas por ideais políticos, religiosos e esportistas. O sentimento humanitário praticamente não existe! É perfeitamente aceitável que aqueles que sintam prejudicados manifestem seu descontentamento, mas me parece inadmissível isso seja motivo para preconceitos regionais e propostas de exclusão territorial. Se olharmos com sinceridade para dentro de nós, veremos que é somente o orgulho que nos motiva a julgar que nossos ideais são nobres e o nosso povo é o mais puro.

Não sou a favor do comunismo, nem do capitalismo, tampouco do socialismo e nem qualquer outro "ismo". Sou apenas a favor do amor! Não creio que sem ele sejamos capazes de um dia acabar com conflitos de qualquer natureza. Ainda vou além e digo que duvido muito que qualquer presidente(a), um dia seja capaz de mudar um país se não estiver devotado ao amor. Não se trata de princípios ou de partidos políticos, trata-se de consciência. Há quem diga que o poder corrompe e pode ser verdade. Mas ele só vai corromper quem já é autocorrompido. E, sinceramente, duvido muito que alguém que seja devotado ao amor humanitário possa conter em seu coração qualquer tipo de corrupção. Se quisermos mudar a realidade que nos cerca, precisamos começar mudando a nós mesmos. Quando cada um tomar a responsabilidade de mudar a si mesmo, certamente teremos um país transformado.

Leandro Severgnini



Gostou?    Sim    Não   

starstarstarstarstar Avaliação: 5 | Votos: 12



Compartilhe Facebook   E-mail   Whatsapp
foto-autor
Conteúdo desenvolvido por: Leandro José Severgnini   
Palestrante espiritualista e escritor. Autor dos livros intitulados "Dias de Luta, Dias de Glória", "Liberdade - Nada Menos Que Tudo" e "Em busca do infinito".
E-mail: [email protected] | Mais artigos.

Saiba mais sobre você!
Descubra sobre Autoconhecimento clicando aqui.